sábado, 30 de abril de 2011

lula por Veríssimo

Luis Fernando Verissimo: sobre Lula, FHC e a classe média

Diálogo urbano, no meio de um engarrafamento. Carro a carro.
— É nisso que deu, oito anos de governo Lula. Este caos. Todo o mundo com carro, e todos os carros na rua ao mesmo tempo. Não tem mais hora de pique, agora é pique o dia inteiro. Foram criar a tal nova classe média e o resultado está aí: ninguém consegue mais se mexer.

E não é só o trânsito. As lojas estão cheias. Há filas para comprar em toda parte. E vá tentar viajar de avião. Até para o exterior — tudo lotado. Um inferno. Será que não previram isto? Será que ninguém se deu conta dos efeitos que uma distribuição de renda irresponsável teria sobre a população e a economia? Que botar dinheiro na mão das pessoas só criaria esta confusão?

Razão tinha quem dizia que um governo do PT seria um desastre, que era melhor emigrar. Quem pode viver em meio a uma euforia assim? E o pior: a nova classe média não sabe consumir. Não está acostumada a comprar certas coisas. Já vi gente apertando secador de cabelo e lepitopi como e fosse manga na feira.

É constrangedor. E as ruas estão cheias de motoristas novatos com seu primeiro carro, com acesso ao seu primeiro acelerador e ao seu primeiro delírio de velocidade. O perigo só não é maior porque o trânsito não anda. É por isso que eu sou contra o Lula, contra o que ele e o PT fizeram com este país. Viver no Brasil ficou insuportável.
— A nova classe média nos descaracterizou?

— Exatamente. Nós não éramos assim. Nós nunca fomos assim. Lula acabou com o que tínhamos de mais nosso, que era a pirâmide social. Uma coisa antiga, sólida, estruturada… (criou-se o losango = corte transversal  de duas pirâmides justapostas pelas bases -- os vértices opostos são os mais mais e os mais menos)

— Buuu para o Lula, então?

— Buuu para o Lula!
— E buuu para o Fernando Henrique?
— Buuu para o… Como, “buuu para o Fernando Henrique”?!
— Não é o que estão dizendo? Que tudo que está aí começou com o Fernando Henrique? Que só o que o Lula fez foi continuar o que já tinha sido começado? Que o governo Lula foi irrelevante?
— Sim. Não. Quer dizer…
— Se você concorda que o governo Lula foi apenas o governo Fernando Henrique de barba, está dizendo que o verdadeiro culpado do caos é o Fernando Henrique.
Claro que não. Se o responsável fosse o Fernando Henrique eu não chamaria de caos, nem seria contra.
— Por quê?
— Porque um é um e o outro é outro, e eu prefiro o outro.
Então você não acha que Lula foi irrelevante e só continuou o que o Fernando Henrique começou, como dizem os que defendem o Fernando Henrique?
Acho, mas……………
Nesse momento o trânsito começou a andar e o diálogo acabou.


obs.: Pense em duas pirâmides coladas por suas base, teríamos os vértices opostos pela base. Estes vértices simbolizam os mais abastados lá no alto e o mais miseráveis lá em baixo e no meio a nova classe média surgida no governo Lula. O corte transversal ao longo da altura das pirâmides nos oferece um losango
Fonte: Conversa Afiada - PHA




                                                                                                                













sexta-feira, 29 de abril de 2011

Semideuses!!!

Sabe tudo, o Napoleão!
Alfio Bogdan
O ministro Napoleão Maia, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), “maiou” o ferro. Esperava-se uma no cravo e outra na ferradura, mas, “qual o que” o habeas corpus (HC) veio libertar a procuradora Deborah e o Jorgão. Corporativismo? Onde?

Isto tudo porque nosso sistema prisional é tão precário que mantém presos incontáveis cidadãos que de há muito aguardam o alvará de soltura, uma vez cumpridas suas penas e outros tantos que sequer foram julgados. A simulação de desequilíbrio mental sob orientação de um psiquiatra valeu a liberdade. 

Pois é, as coisas continuam: há os que, juntando um montão de provas, prendem e os habitantes do Olimpo, os semi-deuses, libertam. O fértil Dr. Tarado está longe da prisão sem cumprir ao menos um dos 278 anos da condenação. O ar que o HC alimenta os ricos, falta aos pobres.

Deborah, entre as acusações, tem aquela de fraude processual, pois teria simulado insanidade mental para não ser responsabilizada pelos crimes. Seguramente, os vídeos vistos por nós, pobres mortais, não são os vistos pelos semi-deuses. Daí o HC, repito: que é como o ar que se respira, no dizer do Gilmar Dantas. 

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Carta!!!



A derrota precisa, queira ou não o missivista Ruiz – 27/04, pág.2 do Diario da Região --, de justificativas. Sempre haverá alguém ou algum. Batem cabeças os 4% que reprovam Lula e o PT, mas, de quem é a culpa pela terceira derrota para presidente?

Diante dos “bodes” que insistem impor como justificativas cabe uma pergunta: Onde estiveram de 64 a 85? No exército de dedos-duros? Denunciem, mas com provas irrefutáveis, os governantes petistas e não com besteirinhas.

Se é que sabem de algo e se calam, ai está um tremendo desserviço à Pátria Amada.  Avocar atitude do falecido, Pedro Collor, antes de hilário, é desrespeito à sua memória e de sua família. Aquele episódio, para quem dele se inteirou, antes de ter sido político, foi familiar. 
Ruiz, já começa a dar nos nervos dos quase 90% dos apoiadores de Lula e Dilma. Todo dia, toda oportunidade, você não se cansa de tamanha baboseira? No tempo de moleque, que infelizmente não volta mais, falaríamos que vc era chato. Você até parece que não sei, meu!!! Pô!
Alfio Bogdan

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ainda o PIG - Partido da Imprensa Golpista

Abert - associação brasileira de emissora de radio e televisão, a representar os senhores da mídia, não titubeou e foi ao judiciário com vistas a desobrigar as associadas quanto à transmissão  da "A Voz do Brasil".A lógica é a de que, hoje, a única fonte de informação de cerca 80 milhões de brasileiros que gravitam pelas periferias dos grandes núcleo urbanos, nas áreas rurais e nos pequenos e médios municípios. Estou seguro que  face à atualização e sentido dados aos editoriais com verdadeiro cunho jornalístico, esta programação passou a ser um   verdadeiro instrumento de fiscalização popular.

Por exemplo: é pela "Voz do Brasil" que, com sua comunicação ao país, informa aos pequenos e médios municípios, a chegada de recursos para a merenda escolar, do Fundeb, dos repasses oficiais, dos programas da Agricultura Familiar, da Previdência Social etc".


Lógico que o PIG, a serviço dos senhores poderosos da mídia brasileira, que se resumem em poucas familias, não tem interesse no crescimento ou manutenção desta forma de comunicação e isto ficou "patente" nas últimas eleições, incluindo, a periferia da Grande São Paulo onde os tucanos sentiram a queda de suas influências, e é exatamente onde FHC pretende seja invadida (razão de ser do PIG) contra o domínio do Partido dos Trabalhadores. 


Democracia!!!

Democracia!
Alfio Bogdan
Nos últimos oito anos, avançamos muito no combate à fome e à desigualdade social, mas, ainda estamos carentes de um projeto para o Brasil do futuro. Qual será o destino da nossa nova classe média?" Necessário tenhamos um projeto para estes milhões de brasileiros que ascenderam socialmente. E este projeto não virá de nenhum laboratório, mas, sim da prática e da luta diárias. O partido dos trabalhadores saiu na frente dos tucanos sendo estes detentores de simpatia de perto dos, digamos 4%.

Serão aqueles milhões de brasileiros os futuros conservadores?”.  Neste sentido, a participação popular é que pode funcionar como este laboratório”. Pois bem, do RS virá ao demais Brasil o exemplo de um sistema estadual de democracia participativa. Sem medo de ser feliz, porém, será por “arregaçarmos as mangas” que teremos a realização da democracia participativa diferentemente do seu enterro como queria o Congresso do governo FHC.

Finalmente vai ao luxuoso festival da estatueta o jardim Gramacho que virou lixão e mais artisticamente, meu “lixo Extraordinário”. Mais precisamente ainda, não apenas forte concorrente à cobiçada desta estatueta do mundo da arte/fantasia, mas, mostrar ao mundo que o reciclado é fonte de muito emprego e ambiente de vida como diz o orgulhoso diretor da associação dos 'catadores': Ainda não foi desta vez!  

sábado, 16 de abril de 2011

radiação eletromagnética e seus efeitos no ser humano

Nova pesquisa mostra correlação entre casos de morte por câncer e localização das antenas de telefonia celular.
Tese de doutorado da engenheira Adilza Condessa Dode defendida na UFMG, no final de março, revela que há fortes evidências entre mortes por câncer e localização de antenas de celulares em Belo Horizonte. A pesquisa confirma resultados de estudos realizados na Alemanha e em Israel.
Com base no geoprocessamento da cidade, a pesquisa constatou que mais de 80% das pessoas que morreram de cânceres relacionados à radiação eletromagnética – emitida pelos celulares – moravam a cerca de 500 metros de distância de alguma antena.
A tese é tema da edição do Boletim UFMG que circula na segunda-feira, 12 de abril.
Níveis seguros?
Há níveis seguros de radiação para a saúde humana? “Esse é exatamente o problema: até agora, ninguém sabe quais os limites de uso inócuos à saúde”, explica Adilza Dode, ao destacar que os padrões permitidos no Brasil são os mesmos adotados pela Comissão Internacional de Proteção Contra Radiações Não-Ionizantes (Icnirp), normatizados em legislação federal de maio de 2009. Para a pesquisadora, esses padrões são inadequados. “Eles foram redigidos com o olhar da tecnologia, da eficiência e da redução de custos, e não com base em estudos epidemiológicos”, assegura.
Entre os 22.543 casos de morte por câncer ocorridos em Belo Horizonte de 1996 a 2006, Adilza Dode selecionou 4.924, cujos tipos – próstata, mama, pulmão, rins, fígado, por exemplo – são reconhecidos na literatura científica como relacionados à radiação eletromagnética.
Na fase seguinte do estudo, elaborou metodologia inédita, utilizando o geoprocessamento da cidade, para descobrir a que distância das antenas moravam as 4.924 pessoas que morreram no período. “A até 500 metros de distância das antenas, encontrei 81,37% dos casos de óbitos por neoplasias”, conta a pesquisadora, professora do Centro Universitário Izabela Hendrix e da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.
Não somos contra a telefonia celular, mas queremos que o Brasil adote o princípio da precaução, até que novas descobertas científicas sejam reconhecidas como critério para estabelecer ou modificar padrões de exposição humana à radiação não ionizante”, diz a pesquisadora.
Recomendações
Em um capítulo de sua tese, ela lista uma série de recomendações. Entre elas, a de que o Brasil adote os limites já seguidos por países como a Suíça. Sugere, ainda, que o governo não permita transmissão de sinal de tecnologias sem fio para creches, escolas, casas de repouso, residências e hospitais; crie infraestrutura para medir e monitorar os campos eletromagnéticos provenientes das estações de telecomunicação e desestimule ou proíba o uso de celulares por crianças e pré-adolescentes.
Componente da banca que avaliou a tese de Adilza Dode, o professor Francisco de Assis Ferreira Tejo, do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande, afirma que a tese desenvolvida por Adilza Dode "deve ser um marco para que a sociedade brasileira e o Ministério Público comecem a se debruçar sobre a questão dos efeitos biológicos dos campos eletromagnéticos".
A tese Mortalidade por neoplasias e telefonia celular em Belo Horizonte, Minas Gerais foi defendida em 26 de março de 2010, junto ao Programa de Doutorado em Saneamento, Meio Ambiente, e Recursos Hídricos (Desa) da Escola e Engenharia da UFMG, e teve como orientadora a professora Mônica Maria Diniz Leão, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, da Escola de Engenharia e co-orientadora a professora Waleska Teixeira Caiaffa, do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina.

democracia a toda prova

Temos em Brasília - DF, no Congresso Nacional a fúria do resto do "período de chumbo" e lá está porque teve voto para tanto, mas, o Bolsonaro tem a estupidez como forma de comunicação. Dias destes diante de deputada por pouco não a agrediu com "uma tapa" no rosto dela, porém chegou a empurrá-la com a mão. Homem de temperamento violento tem, agora, a noção exata da "encrenca em que se meteu", disse o Dep.  Vacareza. Sei não, mas Bolsonaro já foi denunciado à comissão de ética da Câmara. Os cinco dias de prazo já se foram. Vamos ver como ficará esta história. Movimentos sociais movimentam navegadores e por enquanto temos: Salve o Brasil do Bosonaro 72 mil assinaturas; FaceBook com 26 mil contra o racismo de Bolsonaro; Avaaz com  81 mil assinaturas e alguns outros movimentos colhendo abaixo-assinados virtuais. Eis ai o trabalho da internet que tanto defendemos. Vamos verificar como terminará esta atitude racista e homofóbica do violento Dep. Jair Bosonaro.  

terça-feira, 12 de abril de 2011

sabe tudo!!!!

Fausto De Sanctis não quis falar sobre o julgamento do STJ quanto ao Castelo de Areia, mas não deixou por menos ao falar sobre a dualidade de tratamento no sistema criminal quanto aos pobres e aos ricos. Como quem conhece falou sobre o Supremo Tribunal Federal ter legitimado interceptações após denúncias anônimas e prorrogações de interceptações por longos prazos.

Agora as coisas tomam conotações estranhas, pois, não se pode comprometer a imagem da Justiça com dualidade ao tratar diferentemente pobres e ricos. “Tudo o que é feito é sempre interpretado de maneira favorável às teses provenientes daqueles que lucram muito com elas”. Disse Dr. Fausto em uma entrevista cuidadosa.

Noutro giro, a Dilma não foi apenas mulher eleita presidenta, foi a primeira mulher a tal feito. Da guerrilha do Araguaia, passando pelos porões do Doi-Cod, sob as garras do demoníaco Delpo Fleury, restou viva. A tudo isto superou chegando à presidência e nestes 100 dias fez mais, muito mais que o próprio Lula. Ainda agora está na China “peitando” (desculpe-me) o governo e empresários de lá. Determinação é aquilo e isto.

domingo, 3 de abril de 2011

31 de março - 1º de abril - lembranças de que?

lembranças?
Alfio Bogdan
Antes dos casos das fichas sujas vêm os da anistia e do Opportunity” que ainda não nos deixam em paz com nossos sentimentos. Neste caso, do Dantas, o magistrado De Sanctis, titular da 6ª Vara Criminal de São Paulo, hoje elevado à função de desembargador no TRF 3ª Região e mais recentemente levado a deixar de julgar Crimes. Dessarte é levado longe de Dantas. Intencionado?

Em rota de colisão com nomes de expressão na economia paulistana e brasileira, juntou-se em rota de colisão com Gilmar Mendes aquele que libertou, com 2 HCs – em menos de 24 horas – Dantas et caterva. Não sei a razão temporal, mas sim o significado dos instrumentos mencionados. Vou com a indignação de muitos juristas.

No caso da anistia o STF acabou por livrar os torturadores cujos crimes são imprescritíveis, segundo renomados juristas. Recentemente veio à tona declaração de Lucena um advogado de Rondonia: “O sujeito amarrado, algemado e o executor puxava o gatilho e matava”. “Tinha gente que não resistia meia hora no pau de arara: contava tudo”. Há razão para  comemoração?


sábado, 2 de abril de 2011

De olhos opacos no turbilhão do mundo


Ah, Aleluia quanta estupidez, Você poderia dormir sem esta. Agradecemos pelo exemplar trabalho de outro autodidata - como ele mesmos e define - Leia Santayana  e vê se aprimora seus conhecimento de sociologia ciência na qual Lula dá um banho nos letrados.


Mauro Santayana


O engenheiro baiano José Carlos Aleluia enviou carta ao Reitor da Universidade de Coimbra, protestando contra a concessão do título de Doutor Honoris-Causa ao operário Luis Inácio da Silva, que, com o apelido afetivo de Lula, presidiu ao Brasil durante oito anos. Sem mandato, Aleluia mantém contatos com seus eleitores, mediante um site na Internet.

Ele foi um oposicionista inquieto, ocupando, sempre que podia, a tribuna, no ataque ao governo passado, dentro da linha sem rumo e sem prumo do DEM. Aleluia considera uma ofensa às instituições acadêmicas o titulo concedido a Lula, e faz referência elogiosa à mesma homenagem prestada ao professor Miguel Reale. Esqueceu-se, é certo, de outros brasileiros honrados pela vetusta universidade, como Tancredo Neves. Não é preciso conhecer a teoria de Freud para compreender a escolha da memória de Aleluia.

O título universitário é, hoje,  licença profissional corporativa. O senhor Aleluia está diplomado para exercer o ofício de engenheiro. A Universidade o preparou para entender das ciências físicas, e é provável que ele seja  profissional competente, tanto é assim que ministra aulas. O título universitário certifica que o graduado estudou tal ou qual matéria, mas não faz dele um sábio. O conhecimento adquirido na universidade é importante, mas não é tudo. Volto a citar, porque a idéia deve ser repetida, os versos de um escritor mais identificado com a direita do que com a esquerda, T.S. Elliot, nos quais ele mostra a diferença entre ser informado, conhecer e saber: Where is the wisdom we have lost in knowledge? Where is the knowledge we have lost in information?
O título de Doutor Honoris-Causa, sabe bem disso o engenheiro Aleluia, não é  licença profissional, mas o reconhecimento de um saber, construído ao longo do tempo, tenha o agraciado ou não freqüentado a universidade. O papel da Universidade não deveria ser o que vem desempenhando – o de conferir certificados de preparação técnica -, mas o de abrir caminho à busca do saber. O Senador Christovam Buarque, com a autoridade de quem foi reitor da UNB, disse certa vez que a Universidade ideal será aquela que não expeça diplomas.  

Lula, com os seus defeitos, e não são poucos, é um doutor em política. Um chefe de Estado não administra cifras, não faz cálculos estruturais, não prolata sentenças, nem deve escrever seus próprios discursos. Cabe-lhe liderar os povos e conduzir os estados, e isso dele exige muito mais do que qualquer formação escolar:  exige a sabedoria que desconfia do conhecimento, e o conhecimento que se esquiva das informações não confiáveis.

A universidade é uma instituição relativamente nova na História. Ela não foi necessária para que os homens, com Demócrito, intuíssem a física atômica; com Pitágoras e Euclides, riscassem no solo  figuras geométricas e delas abstraíssem os teoremas matemáticos; e muito menos para que Fídias fosse o genial arquiteto e  engenheiro das obras da Acrópole e o escultor que foi. Mais ainda:  as maiores revoluções intelectuais e sociais do mundo não dependeram das universidades, embora nelas se tenham formado grandes pensadores – e sua importância, como centro de reflexões e pesquisas, seja insubstituível. O preconceito de classe contra Lula sela os olhos de Aleluia e os torna opacos.

Solidário o meu autodidatismo com o de Lula, quero lembrar o grande escritor norte-americano Ralph Waldo Emerson: um talento pode formar-se na obscuridade, mas um caráter só se forma no turbilhão do mundo.

É no turbilhão do mundo que se forma o caráter dos grandes homens.

Fonte: Conversa afiada