sábado, 28 de dezembro de 2013

dan2010: Pois é, o que mais precisam para agirem?

dan2010: Pois é, o que mais precisam para agirem?: Confira a matéria da Istoé na íntegra: Arquivo Alstom Chegam ao Brasil documentos da Suíça sobre o esquema de corrupção que originou o ...

Pois é, o que mais precisam para agirem?

Confira a matéria da Istoé na íntegra:
Arquivo Alstom
Chegam ao Brasil documentos da Suíça sobre o esquema de corrupção que originou o escândalo do Metrô paulista. São provas de que políticos do PSDB receberam propina da multinacional francesa em troca de contratos na área de energia
Pedro Marcondes de Moura
O PSDB paulista começará 2014 da mesma forma que terminou 2013: enrolado em um escândalo de corrupção. De acordo com promotores e procuradores ouvidos por ISTOÉ, em fevereiro está prevista a chegada ao Brasil de uma leva de documentos até então em posse de autoridades suíças. Eles comprovam, segundo os investigadores, o pagamento de propina pela multinacional francesa Alstom para obtenção de contratos com estatais da área de energia. A papelada inclui registros bancários e movimentações financeiras feitas no país europeu por suspeitos de se beneficiarem do esquema, como Robson Marinho, chefe da Casa Civil durante o governo Covas, e Jorge Fagali Neto, ex-diretor dos Correios do governo Fernando Henrique Cardoso. Até agora, dez pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal. Entre elas está o tucano Andrea Matarazzo, secretário estadual de José Serra e Mário Covas. O Ministério Público paulista e o Ministério Público Federal esperam a nova leva de documentos há três anos. Em agosto, quando estavam em vias de ser enviados, Robson Marinho e Fagali Neto ingressaram na Justiça suíça para impedir que as informações sobre suas contas chegassem às mãos dos responsáveis por investigar o caso no Brasil. Recentemente, no entanto, o pedido foi negado. Agora só falta a autorização do juiz do Tribunal Penal de Bellinzona, na Suíça, para que os papéis desembarquem no País.
Marinho foi alçado por Covas ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP). No exercício da função, teria julgado regulares contratos da Alstom em troca de suborno. Além de viajar com despesas pagas, Marinho recebeu, de acordo com promotores, US$ 1 milhão em propina em uma conta na Suíça, bloqueada pela Justiça. Seu patrimônio é extenso – inclui até uma ilha em Paraty, no Rio de Janeiro. Em uma leva de documentos já enviada, as suas iniciais (RM) aparecem em um memorando da Alstom que identifica os beneficiários da propina. Os indícios de seu envolvimento chamam a atenção. Em um trecho do documento em francês, RM aparece como "ex secretaire du governeur" ou ex-secretário do governador. Já outro diz que o dinheiro é destinado ao "le tribunal de comptes", Tribunal de Contas.

O desembarque dos documentos deve complicar também a situação de Jorge Fagali Neto. Ex-secretário de Transportes e diretor dos Correios na gestão FHC, ele é acusado de usar o seu trânsito no tucanato para favorecer a Alstom. Para tanto, recebeu da empresa cerca de 7,5 milhões de euros, no banco Safdié, na Suíça. O dinheiro, que está bloqueado, veio de outra conta no país: a Marília, aberta sob o número 18.626 no Multi Commercial Bank, atual Leumi Private Bank. Como ISTOÉ mostrou, ela foi usada para abastecer o esquema. Pelo envolvimento com a máfia do setor elétrico, Fagali foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, entre outros crimes. As informações suíças devem dar mais subsídios às acusações. Irmão do ex-presidente do Metrô na gestão Serra, Fagali é alvo de suspeitas de ter operado também na área de transporte sobre trilhos com a Alstom e também com a multinacional Siemens. E-mails entregues por uma ex-secretária dele ao MP mostram sua proximidade com lobistas, servidores paulistas, políticos e empresas envolvidas no esquema disseminado nas sucessivas gestões do PSDB.
Alfio Bogdan

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

dan2010: O materialismo do Papai Noel e a espiritualidade d...

dan2010: O materialismo do Papai Noel e a espiritualidade d...: Natal de 2013 por Leonardo Boff Um dia, o Filho de Deus quis saber como andavam as crianças que outrora, quando andou entre nós,“as toc...

O materialismo do Papai Noel e a espiritualidade do Menino Jesus

Natal de 2013
por Leonardo Boff
Um dia, o Filho de Deus quis saber como andavam as crianças que outrora, quando andou entre nós,“as tocava e as abençoava” e que dissera:”deixai vir a mim as criancinhas porque delas é o Reino de Deus”(Lucas 18, 15-16).

À semelhança dos mitos antigos, montou num raio celeste e chegou à Terra, umas semanas antes do Natal. Assumiu a forma de um gari que limpava as ruas. Assim podia ver melhor os passantes, as lojas todas iluminadas e cheias de objetos embrulhados para presentes e principalmente seus irmãos e irmãs menores que perambulavam por aí, mal vestidos e muitos com forme, pedindo esmolas. =►Entristeceu-se sobremaneira, porque verificou que quase ninguém seguira as palavras que deixou ditas:”quem receber qualquer uma destas crianças em meu nome é a mim que recebe(Marcos 9,37).

E viu também que já ninguém falava do Menino Jesus que vinha, escondido, trazer na noite de Natal, presentes para todas as crianças. O seu lugar foi ocupado por um velhinho bonachão, vestido de vermelho com um saco às costas e com longas barbas que toda hora grita bobamente: ”Oh, Oh, Oh…olhem o Papai Noel aqui. Sim, pelas ruas e dentro das grandes lojas lá estava ele, abraçando crianças e tirando do saco presentes que os pais os haviam comprado e colocado lá dentro. Diz-se que  veio de longe, da Finlândia, montado num trenó puxado por renas. As pessoas haviam esquecido de outro velhinho, este verdadeiramente bom: São Nicolau. De família rica, dava pelo Natal presentes às crianças pobres dizendo que era o Menino Jesus que lhes estava enviando. Disso tudo ninguém falava. Só se falava do Papai Noel, inventado há mais de cem anos.
Tão triste como ver crianças abandonadas nas ruas, foi perceber como elas eram enganadas, seduzidas pelas luzes e pelo brilho dos presentes, dos brinquedos e de mil outros objetos que os pais e as mães costumam comprar como presentes para serem distribuídos por ocasião da ceia do Natal.

Propagandas se gritam em voz alta, muitas enganosas, suscitando o desejo nas crianças que depois correm para os pais, suplicando-lhes para que comprem o que viram. O Menino Jesus travestido de gari, deu-se conta de que aquilo que os anjos cantaram de noite pelos campos de Belém ”eis que vos anuncio uma alegria para todo o povo porque nasceu-vos hoje um Salvador…glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa-vontade(Lucas 2, 10-14) não significava mais nada. =►O amor tinham sido substituído pelos objetos e a jovialidade de Deus que se fez criança, tinha desaparecido em nome do prazer de consumir.

Triste, tomou outro raio celeste e antes de voltar ao céu deixou escrita uma cartinha para as crianças. Foi encontrada debaixo da porta das casas e especialmente dos casebres dos morros da cidade, chamadas de favelas. Ai o Menino Jesus escreveu:

Meus queridos irmãozinhos e irmãzinhas,
Se vocês olhando o presépio e virem lá o Menino Jesus e se encherem de fé de que ele é o Filho de Deus Pai  que se fez um menino, menino qual um de nós e que Ele é o Deus-irmão que está sempre conosco;
Se vocês conseguirem ver nos outros meninos e meninas, especialmente nos pobrezinhos, a presença escondida do Menino Jesus nascendo dentro deles; Se vocês fizerem renascer a criança escondida nos seus pais e nas pessoas adultas para que surja nelas o amor, a ternura, o carinho, o cuidado e a amizade  no lugar de muitos presentes; Se vocês ao olharem para o presépio descobrirem Jesus pobremente vestido, quase nuzinho, e lembrarem de tantas crianças igualmente pobres e mal vestidas e sofrerem no fundo do coração por esta situação desumana e se decidirem já agora, quando grandes, mudar estas coisas para que nunca mais haja crianças chorando de fome e de frio; Se vocês repararem nos três reis magos com os presentes para o Menino Jesus e pensarem que até os reis, os grandes deste mundo e os sábios reconheceram a grandeza escondida desse pequeno Menino que choraminga em cima das palhinhas; Se vocês, ao verem no presépio todos aqueles animais, como as ovelhas, o boi e a vaquinha pensarem que o universo inteiro é também iluminado pela Menino Jesus e que todos, galáxias, estrelas, sois, a Terra  e outros seres da natureza e nós mesmos formamos a grande Casa de Deus; Se vocês olharem para o alto e virem a estrela com sua cauda e recordarem que sempre há uma Estrela como a de Belém sobre vocês,  iluminando-os e mostrando-lhes os melhores caminhos;
Se vocês  aguçarem bem os ouvidos e escutarem a partir dos sentidos interiores, uma música celestial como aquela dos anjos nos campos de Belém que anunciavam paz na terra,
Então saibam que sou eu, o Menino Jesus, que  está chegando de novo e renovando o Natal. Estarei sempre perto de vocês, caminhando com vocês, chorando com vocês e brincando com vocês até aquele dia em que chegaremos todos, humanidade e universo, à Casa do Pai e Mãe de infinita bondade para sermos juntos eternamente felizes como uma grande família reunida.

Belém, 25 de dezembro do ano 1.

Assinado: Menino Jesus

Alfio Bogdan - Feliz Natal 

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

dan2010: 2013, o ano das grandes derrotas???

dan2010: 2013, o ano das grandes derrotas???: Miguel do Rosário  no Blog O Cafezinho   O ano de 2013 foi curioso para o Brasil. Todos saíram derrotados. A Globo perdeu audiência e ...

2013, o ano das grandes derrotas???

 no Blog O Cafezinho 


O ano de 2013 foi curioso para o Brasil. Todos saíram derrotados. A Globo perdeu audiência e foi pega sonegando imposto. O PT viu seus melhores quadros serem presos, um deles (justamente aquele mais traumatizado por quatro anos de tortura na ditadura) foi novamente preso e torturado – desta vez, psicologicamente, de forma ainda mais sádica e cruel, por sete ou oito anos. Genoíno sempre repete para os amigos que a tortura moral inflingida pela mídia é muito pior do que a tortura física da ditadura; porque vai direto na sua alma.
Os blogs também perderam. Ficaram imprensados entre um governo assustado e a loucura revolucionária (?) das ruas.
As ruas… As ruas também perderam. Depois de mostrar seus enormes pés, as ruas não conseguiram revelar uma cabeça. A lógica do espetáculo rapidamente prevaleceu. Tornou-se uma diversão de final de tarde. Os jovens na rua sem saber porque estavam na rua. Os policiais, também perdidos. E o helicóptero da Globo sobrevoando e tentando vender audiência. Ao final, incêndios, quebra quebra e audiência em alta da Globonews.
A própria Mídia Ninja, que alça os píncaros da fama e ganha ares de ferramenta revolucionária, termina desempenhando o melancólico papel de parasita do caos (ela só ganha audiência se há quebra-quebra, violências e fogo). E o Fora do Eixo, entidade por trás da Mídia Ninja, se tornou saco de pancadas de coxinhas virtuais.
A imprensa perdeu muito. As ruas foram agressivas contra as mídias tradicionais. Jornalistas eram quase linchados em meio à turba de coxinhas enfurecidos. Quer dizer, nem só coxinhas. Houve cenas épicas, como a de um sujeito que flagrou o repórter da Globo forjando um protesto contra a Dilma. O repórter pediu para uma senhora segurar uma plaqueta contra a presidente. Um homem (um sindicalista) viu a cena e protestou contra aquela fraude sem vergonha, na cara de todo mundo. Foi um boca a boca memorável, que encerrou com o repórter saindo de fininho, sob uma saraivada de xingamentos e cantorias anti-mídia. Tudo filmado por um celular.
>> Aliás, as manifestações de rua tiveram um caráter anti-mídia que a própria mídia, naturalmente, até hoje trata de esconder com unhas e dentes. A Globo pediu desculpas envergonhadas por ter dado “apoio editorial” à ditadura…
>>> Houve protestos de todo o tipo. Foi algo tão grande que é difícil enxergar de perto. « Ouvi muita gente caçoar do Arnaldo Jabor, que logo após as primeiras manifestações declarou que os garotos nas ruas não valiam nem 20 centavos. Dias depois, ele muda totalmente de ideia e começa a tecer loas aos protestos ».
Bem, eu não critiquei o Jabor por mudar de ideia. Bem aventurados os capazes de mudar, diria o profeta. O problema está na razão pela qual mudamos, que nem sempre é louvável.
Eu mesmo me portei igual ao Arnaldo Jabor, só que às avessas. Quando ele criticou, eu elogiei. Quando ele passou a elogiar, eu passei a criticar.
Porque aconteceu uma coisa sinistra, que os coxinhas e os black blocs não perceberam. Em questão de dias, a mídia se adaptou à nova realidade e iniciou uma estratégia de manipulação que chegou facilmente às ruas. Se a pauta dos protestos era difusa, a Globo oferecia a solução para todos os seus problemas. O foco é a corrupção, foi o título de um post de Merval Pereira no auge dos protestos. A mídia também conseguiu transformar a PEC 37, que regulamentava o poder de investigação do Ministério Público, em alvo dos manifestantes. A PEC 33, que impunha limites ao STF, sumiu do mapa.
Com certeza, entre as primeiras e as últimas manifestações, houve reunião emergencial de barões da imprensa e caciques de oposição, provavelmente em alguma sala de luxo no instituto millenium. Eles tomaram decisões rápidas, o que é a grande vantagem de centros de comando enxutos, unificados e com orçamento infinito. >> Não estou falando da cúpula do partido comunista chinês, mas do grupinho de endinheirados que domina a mídia brasileira. >>> Duas ou três famílias de banqueiros, três ou quatro famílias donas das principais infra-estruturas de mídia no país, e pronto, tem-se um bloco de poder avassalador. O STF é o mais fácil de dominar, porque são poucos, mas o neocoronelismo midiático que vivemos alcança todos os setores, com ênfase nas classes A e B, onde figura a elite do serviço público e das empresas privadas.
Depreendemos um 2014 bastante trabalhoso onde deveremos nos organizar seguindo uma linha de atuação quase que hirarquica, por que não dizê-la hirarquica
Para continuar a leitura acesse: www.ocafezinho.com
Alfio Bogdan

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

dan2010: DITADURA JUDICIAL E IPTU

dan2010: DITADURA JUDICIAL E IPTU: Pressão contra Haddad envolve soberania popular e democracia     Muitas vezes, os  golpes contra a democracia são  movimentos óbvi...

DITADURA JUDICIAL E IPTU


Pressão contra Haddad envolve soberania popular e democracia

  Muitas vezes, os  golpes contra a democracia são  movimentos óbvios e visíveis, ilustrados por tanques de guerra, baionetas e generais. Vivemos tempos em que a consciência democrática dos povos rejeita ataques frontais a seus direitos e é capaz de sair às ruas para defender  conquistas históricas e permanentes.
   São tempos de judicialização, quando forças conservadoras, sem voto, batem a porta dos  tribunais para ameaçar a soberania popular, ignoram a vontade do cidadão e procuram resolver, às suas costas,  o que é melhor para um país, um Estado, uma cidade. 
   A Constituição diz, no artigo 1, que todos os poderes emanam do povo, e são exercidos através de representantes eleitos – ou diretamente, na forma da lei.
   Penso nisso diante da mais recente cena do Superior Tribunal Federal. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, eleito de forma límpida e clara em 2012, foi obrigado a apresentar recurso para Joaquim Barbosa anular uma liminar da Justiça de São Paulo que proíbe a cobrança do aumento no IPTU, principal fonte de recursos da prefeitura da maior cidade do país.
   Vamos combinar: já é absurdo que um prefeito que recebeu 55% dos votos no segundo turno seja obrigado a fazer uma caravana até Brasília para fazer valer seu direito de definir como pretende governar São Paulo.
   É ainda mais absurdo, no entanto, que a palavra final fique com a Justiça.
   Não há nenhum aspecto, neste debate, que envolva matéria constitucional. Do ponto de vista eleitoral, Haddad pode estar até ajudando a colocar uma pedra na reeleição de Dilma Rousseff, como acreditam tantos petistas de olho em 2014, mas este é um debate entre o prefeito e seu partido.
    A questão aqui envolve princípios e nunca é demais lembrar a visão que explica que os bons princípios são aqueles que podem ser defendidos inclusive quando contrariam nossos interesses.
   O IPTU é um imposto tradicional das cidades brasileiras, com alíquotas que sobem e descem de acordo com as prioridades de cada prefeito. Minha opinião é que o STF tem obrigação de devolver o assunto a quem foi eleito para isso – o prefeito e a Câmara de Vereadores, que já tomou posição a favor do aumento, também.
   Essa situação elimina o mais maroto dos argumentos favoráveis a judicialização, aquele que admite que é um caminho errado, mas diz que a Justiça só entra em cena por causa da omissão dos demais poderes.
     Qualquer passo em falso, nessa matéria, representará um ataque à vontade popular.
     O recurso alternativo, de cozinhar o assunto numa sopa de oportunidades durante meses sem fim, será, na prática, uma forma de atender a pressão contra o aumento do IPTU, privando a cidade de recursos que o prefeito julga serem necessários – foi ele o escolhido por 3,3 milhões de eleitores para resolver isso.
     Ao dar a liminar contra o aumento, o Tribunal de Justiça de São Paulo alegou, como causa principal, a “falta de debate público” sobre o tema.
    Desculpe mas pensei que isso tinha ocorrido na eleição. Quer dizer que tivemos o horário político, os debates eleitorais em todos os canais de TV e é possível alegar que “faltou debate?” 
     Depois de protestos de junho, onde a questão do transporte coletivo teve um destaque óbvio, será razoável bloquear receitas para investimentos que, por caminhos diversos, irão enfrentar este problema?

   Nem nos tempos de George Bush, pai, aquele presidente dos EUA que mandou a população fixar o olho em seu lábios enquanto ele dizia vagarosamente não-haverá-mais-impostos durante a campanha, para mudar de ideia depois da posse na Casa Branca ouviu-se um argumento desses. Tão subjetivo, digamos assim.
    O debate sobre impostos maiores e menores faz parte do cotidiano político das democracias e, salvo nas ditaduras, sempre foi resolvido pelo eleitor. Fernando Henrique Cardoso fez a carga tributária subir de 24% do PIB para 35%. Foi assim que seu governo conseguiu manter o célebre equilíbrio fiscal. O  Supremo não deu um pio, nem poderia nem deveria.
   Dilma Rousseff desonerou vários setores da economia. Nos Estados  municípios, governadores e prefeitos criam e eliminam incentivos fiscais. É possível debater a oportunidade de cada uma dessas medidas. Mas seria absurdo questionar o direito de autoridades eleitas de resolver uma questão fundamental do funcionamento do Estado.
  O Estado do bem-estar europeu não foi construído com recursos espirituais, mas com  impostos retirados dos mais ricos – inclusive sobre grandes fortunas – para beneficiar os mais pobres. Imagine se eles fossem bater as portas dos tribunais para revogar as decisões? Como mostra o grande pensador Tony Judt, a Europa estaria nos braços negros do fascismo até hoje.  
  A contra revolução conservadora patrocinada por Ronald Reagan, nos EUA, tinha como base o corte de impostos da classe média alta e dos ricos. Ninguém foi à  Corte Suprema por causa disso. Podemos até não gostar, mas era  o voto que naquele momento dava autoridade a Reagan.  O mesmo aconteceu na Inglaterra, nos anos de Margareth Thatcher. A população chegou a fazer uma revolta popular quando ela criou uma taxa que tungava fundo no orçamento da população dos bairros mais pobres – a palavra final coube ao eleitor.
   A  questão do IPTU paulistano foi levada ao Supremo por esses caminhos que sempre são percorridos por quem não tem respaldo na vontade popular. Não foi por acaso de Haddad mencionou a eliminação da CPMF, ocorrida no segundo mandato do governo Lula.
   Naquele momento, a mesma FIESP já presidida pelo mesmo Paulo Skaf participou da operação que acabou com a CPMF através do Congresso. A ação nada teve de democrática. Os deputados tinham medo de não conseguir reeleger-se no pleito seguinte depois de apoiar uma medida tão perniciosa para a população mais pobre e queriam dinheiro para mudar de lado. Foi um escândalo, conforme apurou a Polícia Federal na Operação Castelo de Areia.
     Com base na investigação do caixa 2 de uma das maiores empreiteiras do país, descobriu-se o pagamento de  propinas imensas a uma larga fatia do Congresso. Feito o serviço com os parlamentares, chegou a hora de pedir ajuda a Justiça para se impedir a punição dos responsáveis.
    Havia montanhas de diálogos gravados, comprometedores e vergonhosos. Mas as principais peças de acusação foram anuladas, pois haviam sido obtidas sem autorização judicial. Resultado: o STF anulou as provas e ficou tudo por isso mesmo. Está certo? Está, por mais que seja chato admitir isso. A democracia tem seus rituais, e um deles informa que os direitos dos cidadãos, mesmo aqueles acusados de crimes gravíssimos, devem ser respeitados.
   E é em nome dos mesmos rituais que ( putz! ) ajudaram a salvar até aqueles tubarões que derrubaram a CPMF, mas em função de uma causa muito melhor, que se deve devolver as prerrogativas democráticas a quem tem o direito de falar pelo povo.
A alternativa é a ditadura judicial. Este é um sistema que até pode conviver com algumas franquias democráticas mas, toda vez em que os ricos e poderosos se consideram atingidos em seus direitos, oferece acesso especial e personalizado para revogar medidas que não são de seu interesse.
Originalmente por Paulo Moreira Leite.
alfio bogdan

domingo, 15 de dezembro de 2013

dan2010: Inútil tentativa de comparar o PT com o Nazismo Al...

dan2010: Inútil tentativa de comparar o PT com o Nazismo Al...: Como se trata de uma besta humana cujo interesse era aproveitar-se de tudo à sua disposição, Hitler associou-se a um pequeno grupo naciona...

Inútil tentativa de comparar o PT com o Nazismo Alemão

Como se trata de uma besta humana cujo interesse era aproveitar-se de tudo à sua disposição, Hitler associou-se a um pequeno grupo nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães, que mais tarde se tornou o Partido Nacional-Socialista Alemão – nada a ver com o socialismo - (nazista).

Em 1921, tornou-se líder dos nazistas, preso, durante os meses que passou ao lado de Rudolph Hess, Hitler ditou o "Mein Kampf" (Minha Luta), um manifesto político no qual detalhou sua sanha, a auto-suficiência econômica. Suprimir o sindicalismo e o comunismo, e exterminar a minoria judaica eram seus objetivos.

Uma vez como chefe do governo (1933), Hitler criou uma DITADURA UNIPARTIDÁRIA, após assumir a presidência  do Reich Alemão, começou o rearmamento, a despeito do Tratado de Versalhes, e em sua expansão, anexou a Áustria em 1938 e subjugou a Tchecoslováquia.

Como vemos, mencionar o “partido dos trabalhadores alemães” foi de uma maldade absoluta. Nada havia de democracia nesta besta humana. Há que se afirmar que o nosso PT nada tem a ver com aquele trampolim usado pela besta. Vivemos internamente o maior exemplo e prática de DEMOCRACIA e isto restou demonstrada no Processo de Eleições Diretas  2013 onde compareceram mais de 400 mil filiados de um total de mais de 1 milhão. 

De 12 a 14 de dezembro realizamos o 5º Congresso - Luiz Gushiken – Marcelo Déda onde concluímos sobre o legado e futuro do projeto democrático e popular.

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em sessão solene convocada por seu presidente, o deputado Adriano Diogo (PT), entrega nesta sexta-feira o 17° Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos a representantes da sociedade civil ligados a veículos de comunicação alternativa que combateram a ditadura militar. A premiação ocorre no Plenário Juscelino Kubitschek, às 19h, durante solenidade que lembrará os 45 anos do AI-5.


O jornalista Raimundo Pereira, do Movimento, D. Angélico Sandalo Bernardino, de O São Paulo e Grita Povo, ligados à igreja católica progressista, o editor do jornal O Berro, de Ribeirão Preto, Vanderley Caixe (in memoriam), Áurea Moretti e Madre Maurina (in memoriam), apoiadoras de O Berro, serão os grandes homenageados da noite.
alfio bogdan -15-12-13.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

dan2010: Conceitos...

dan2010: Conceitos...: Dentro do campo da ética, um dos conceitos mais importantes é o de sujeito ético ou sujeito moral como aquele que tem consciência de si, q...

Conceitos...

Dentro do campo da ética, um dos conceitos mais importantes é o de sujeito ético ou sujeito moral como aquele que tem consciência de si, que é dotado de vontade e de autonomia.  “Para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício”  (CHAUI, 2004, p. 308). 

A ética sempre ocupou um lugar de relevância nas diversas áreas humanas, como na política, nos relacionamentos humanos e nas tomadas de decisões individuais. No entanto, percebe-se que, atualmente, a ética está em evidência e no centro dos debates, trazendo novas reflexões e reformulações.

s}Desta forma, nota-se a presença da ética, por exemplo, quando se trata do exercício de uma profissão como ética profissional; no mundo dos negócios é denominada de ética empresarial; no caso da interface entre medicina, biologia e valores humanos é concebida como bioética, dentre outras áreas em que a ética tornou-se imprescindível por envolver a reflexão sobre os fundamentos da vida moral e da conduta humana.|r

s}Como a ética diz respeito ao ser humano, ela está relacionada à própria história da humanidade e se faz presente nas diversas sociedades humanas.
Como reflexão e estudo dos sistemas morais, a ética possui uma história.

—>Nesse sentido, a ética tem concepções distintas conforme a época, a sociedade e de acordo com visões de diversos filósofos.

Certa vez um grego disse: “O pensamento é o passeio da alma”. Com isso quis dizer que o pensamento é a maneira como nosso espírito parece sair de dentro de si mesmo e percorrer o mundo para conhecê-lo. Assim como no passeio levamos nosso corpo a toda parte, no pensamento levamos nossa alma a toda parte e mais longe do que o corpo, pois a alma não encontra obstáculos físicos para seu caminhar. 

Como podemos verificar, à medida que se aprofunda nos temas para discussões mais claras, vemos a necessidade de maior rigor nos conceitos daqueles instrumentos tão e facilmente utilizado no cotidiano, seguramente, distanciando no seu conteúdo científico - o cotidiano simplifica o que a ciência delonga.  
Alfio Bogdan

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

dan2010: Rever a Lei da Anistia - Uma visão segundo Mandela...

dan2010: Rever a Lei da Anistia - Uma visão segundo Mandela...: Interessantes as ocorrências no Brasil uma vez que nossas coisas são sempre piores que as vindas de fora segundo alguns poucos brasileiros/...

Rever a Lei da Anistia - Uma visão segundo Mandela

Interessantes as ocorrências no Brasil uma vez que nossas coisas são sempre piores que as vindas de fora segundo alguns poucos brasileiros/as. Vivemos um frenesi ululante sobre o “herói”, o grande líder, o negro que pôs o apartheid  por terra, o magnânimo Mandela!  
—>Vamos lá: Em 1944, Mandela aderiu ao Congresso Nacional Africano (ANC) — amplo movimento de libertação e, por não haver estrutura de partido, acabou por associá-lo ao “Partido comunista sul-africano”. Após o massacre de Sharperville fundou o movimento armado conhecido por (MK) preconizando a luta contra o governo racista sul-africano.

s}O MK multiplicou, então, os atos de sabotagem contra os símbolos e as instituições do apartheid, preservando ao mesmo tempo as vidas humanas, lançou com êxito uma greve geral e preparou o terreno para a luta armada com o treinamento militar de seus membros. 

s} “Nossa opção preferida sempre foi a de encontrar uma solução pacífica para o conflito”. Embora pacifista, “não via solução que não armada, dizia sempre”. “O governo do apartheid nos obrigou a pegar em armas”.  Leitor contumaz de Mao Tse Tung  e admirador das façanhas revolucionárias de Che Guevara não tardou em abraçá-las como inspiração.

—>A vida do Che é uma inspiração para todo ser humano que ama a liberdade. Sempre honraremos sua memória". Como podemos verificar, em relação às coisas nacionais, há preconceitos, e estes advêm de intelectualóides pela forma de se expressarem na mídia e nas redes sociais.

Alfio Bogdan

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

dan2010: Inevitável rediscutir Lei da Anistia?

dan2010: Inevitável rediscutir Lei da Anistia?: Pedro Dallari afirmou que o tema ainda está em aberto e que revelações no relatório final da comissão vão provocar revisão da lei EVAND...

Inevitável rediscutir Lei da Anistia?


Pedro Dallari afirmou que o tema ainda está em aberto e que revelações no relatório final da comissão vão provocar revisão da lei
EVANDRO ÉBOLI  Publicado:29/11/13

BRASÍLIA - siDefensor da punição para agentes do Estado que cometeram violações na ditadura, o jurista Pedro Dallari, coordenador da Comissão Nacional da Verdade, afirmou na tarde desta sexta-feira que será inevitável a rediscussão da Lei de Anistia. Em evento sobre os arquivos do Poder Judiciário, Dallari disse que as revelações que serão feitas no relatório final da comissão, em 2014, vão provocar o debate sobre a revisão da lei.

si- A Lei de Anistia é um tema delicado. Tenho uma opinião pessoal sobre. A Comissão da Verdade não tem papel jurisdicional. Ela identifica os fatos e os contextualiza. Também estamos identificando autorias. Não passamos daí. Não apuramos responsabilidade. Envolve ampla defesa, contraditório. Ocorreu muita monstruosidade. Será inevitável a rediscussão da Lei de Anistia, por conta desse trabalho - disse Pedro Dallari, no evento no STJ.
- Os dados que dispomos demonstram as graves violações de direitos humanos praticadas naquele período. A discussão sobre a Lei de Anistia se deu em todos os países
- Na medida que o relatório revela que os dados que dispomos são evidentes no sentido de demonstrar um quadro muito grave de violações de direitos humanos é natural essa discussão na sociedade. Em todos os países da América Latina houve esse processo.
siPedro Dallari acredita que haverá um cenário favorável à discussão da revisão da lei, inclusive pelo fato de 2014 ser aniversário de 50 anos do golpe militar. Foi perguntado a ele se a declaração do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter demonstrado simpatia pela revisão da lei e o fato de o assunto não estar esgotado no STF podem impulsionar esse debate.

si- Sem dúvida nenhuma. O simples fato de o procurador-geral da República (Rodrigo Janot) trazer o assunto à discussão mostra que o assunto está em aberto na sociedade. E será o ano que se completará 50 anos do golpe. Naturalmente a sociedade irá refletir sobre isso.


siO novo coordenador da Comissão da Verdade revelou qual será o formato do relatório final do grupo, a ser apresentado em 2014, no final dos trabalhos. —>O texto final será dividido em seis partes, assim divididos: a primeira será a descrição do trabalho e conceitos; quatro partes serão dedicadas a relação das estruturas comprometidas com graves violações de direitos humanos, estruturas físicas onde se deram; identificação das práticas, métodos de torturas, desaparecimento, mortes e prisões; identificação das vítimas e dos agentes do Estado que cometeram esses atos; como o assunto foi tratado na imprensa,no Legislativo, no Judiciário; e, a parte final, com conclusões e recomendações.
alfio bogdan

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

dan2010: Enquanto a mídia pratica toda sorte de intriga con...

dan2010: Enquanto a mídia pratica toda sorte de intriga con...: Dilma cresce e oposição encolhe Por Renato Rabelo, em seu  blog : A pesquisa publicada neste domingo pelo jornal Folha de São Paulo mos...

Enquanto a mídia pratica toda sorte de intriga contra Dilma, mais ele cresce.

Dilma cresce e oposição encolhe
Por Renato Rabelo, em seu blog:

A pesquisa publicada neste domingo pelo jornal Folha de São Paulo mostra que Dilma e Lula lideram a corrida presidencial em todos os cenários mais prováveis para 2014 – o Datafolha testou nove combinações de nomes.

—>A presidente pontua de 41% a 47%, dependendo de quem são seus adversários. Lula oscila de 52% a 56%.
O Datafolha entrevistou 4.557 pessoas em 194 municípios na quinta e na sexta-feira. 
—>A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Entre todas as simulações com os nomes dos pré-candidatos, o cenário que parece mais provável hoje é também aquele em que Dilma está mais bem colocada. Ela tem 47% contra 19% de Aécio Neves (PSDB) e 11% de Eduardo Campos (PSB). Em outubro, ela pontuava 42%. O tucano tinha 21% e o socialista, 15%.

s}Nesse cenário, o percentual de eleitores que vota em branco, nulo ou que se diz indeciso ficou inalterado em 23%, de outubro até agora. Ou seja, a petista cresceu extraindo votos dos dois adversários diretos nesse período. Ganharia no primeiro turno.

s}A presidente só não venceria hoje a eleição na primeira votação nos cenários em que Marina Silva aparece como candidata. Ocorre que a ex-senadora se filiou ao PSB e não é certo que vá concorrer como cabeça de chapa nas eleições do ano que vem.

s}Numa das simulações, a petista fica com 41% contra 43% dos outros dois adversários somados (Marina registra 24% e José Serra 19%). Mas Dilma está se recuperando. Em outubro, tinha 37%, contra 28% de Marina e 20% de Serra.

s}O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, testado num dos cenários, aparece com 15%, numericamente em segundo lugar. Dilma, com 44%, venceria no primeiro turno. Aécio teria 14%. Campos, 9%.”^s

Alfio Bogdan