sexta-feira, 29 de junho de 2018

dan2010: Bodas de Ouro!!! Tudo parece que foi ontem.

dan2010: Bodas de Ouro!!! Tudo parece que foi ontem.: Minha família em "Bodas de Ouro". Não se configura o matrimônio (sacramento da Igreja Católica) como se uma sociedade, mas no ...

Bodas de Ouro!!! Tudo parece que foi ontem.

Minha família em "Bodas de Ouro". Não se configura o matrimônio (sacramento da Igreja Católica) como se uma sociedade, mas no contexto, família modificou-se no decorrer da história, tornando-se grupos socialmente instituídos pela união dos seres, tendo seu início registrado na pré-história, onde ao homem era delegada a função de satisfazer a necessidade da prole, e a mulher indefesa em termos físicos, unia-se ao homem por questão de sobrevivência e defesa pessoal.
Hoje, as mulheres assumiram também a tarefa do sustento familiar, mas... com cinco filhos...
Quando conheci aquela menina com apenas 16 anos cheia de viço e sonhos, coincidindo com o inicio de minha vida universitária, coube a ela viver o restante de sua adolescência e a fase de sua juventude como tal, uma vez que eu trilhava a universidade, já adulto e ela terminava o então Ginasial.
Foi no baile do bicho que a pedi em namoro – não foi uma cantada -, foi algo que parecia que tinha que acontecer. Constituímos o início de uma família a partir de um 29 de junho que ora completa-se 50 anos. Alegrias e percalços, labutas e obstáculos quase intransponíveis... Ufa! Pensava jamais vencer, mas uma família com cinco filhos onde imperou o pacto laboral, a ela coube a árdua tarefa de cuidar da casa e a mim, o sustento da família. Tudo parecia que acontecia como deveria acontecer.
As crianças cresciam e com elas os problemas de uma família com sete pessoas. Nada foi fácil, mas cada um compenetrados da labuta, tivemos formados, duas médicas, uma publicitária e pedagoga que virou professora, uma farmacêutica e um, o caçula, em Técnicas em Informática. Vieram os netos e netas e nossa casa passou a ser a casa das sete mulheres e cinco homens. Bianca, nossa primeira neta já está seguindo para o terceiro ano do Ibilce com sua paixão pela “genética” o João Pedro iniciou sua faculdade em busca da formação em designer aliando à sua habilidade em “desenhos”, Paulo se encaminha em busca do sonho de ser médico, Gabriel no colegial e Ana Clara ainda no Fundamental. Olha! Pensei que não terminaria a exposição da história da “tribo” dentre todos/as cinco moram conosco e cinco em suas casas, porém todos e todas em Rio Preto – Graças a Deus! E assim, chegamos aos 50 anos no que se denomina “Bodas de Ouro”.
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quinta-feira, 28 de junho de 2018

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dan2010: Celeridade pra Lula e lentidão para os demais. Abs...: A celeridade do processo contra Lula ( Sérgio Moro decretou a prisão de Lula tão logo recebeu notificação da decisão de indeferimento do ha...

Celeridade pra Lula e lentidão para os demais. Absurdo!

A celeridade do processo contra Lula (Sérgio Moro decretou a prisão de Lula tão logo recebeu notificação da decisão de indeferimento do habeas corpus, mesmo sabendo que ainda era possível recorrer). Desde a denúncia à execução da pena transcorreram menos de dois anos. Contrasta de forma escandalosa com a lentidão de ações judiciais contra Temer e outros políticos da direita brasileira. Acatou-se a quebra do sigilo telefônico Temer embora tenha sido suspensa logo em seguida, a pedido da PGR. Não há como argumentar que essa inação foi bloqueada por manobras do poder político porque não se conhece igual ativismo do judiciário na denúncia dessas manobras e em procurar ultrapassá-las. Anota-se, também, o caso Eduardo Azeredo, tucano mineiro, preso já no limite da prescrição.
Mais há ainda outros questionamentos: 

1º. Qual a legitimidade social e política do poder judicial para restringir direitos e liberdades fundamentais consagrados constitucionalmente? 

2º. Como pode um cidadão ou a sociedade ficar à mercê de um poder que diz ter razões legais que a lei desconhece? 

3º. Que confiança pode merecer um sistema judicial que cede a pressões militares ao ameaçarem com um golpe se a decisão fosse contrária à de suas preferencias? 

4º. Ou sujeito às pressões estrangeiras( documentadas),
pelas ameaças de interferência do Departamento de Justiça, da Cia e do FBI dos EUA no sentido de agilizar a condenação e a consequente prisão de Lula?

Alfio Bogdan - Físico e Professor. 




quarta-feira, 27 de junho de 2018

dan2010: AEPET responde em oficio a Roberto Marinho. Docume...

dan2010: AEPET responde em oficio a Roberto Marinho. Docume...: Prezado sr. ROBERTO IRINEU MARINHO Presidente de O GLOBO Senhor Presidente, "Nossa entidade, de âmbito nacional, reúne mais de 4000 ...

AEPET responde em oficio a Roberto Marinho. Documento histórico.

Prezado sr. ROBERTO IRINEU MARINHO
Presidente de O GLOBO
Senhor Presidente,
"Nossa entidade, de âmbito nacional, reúne mais de 4000 associados de diferentes formações universitárias com profissionais do SISTEMA PETROBRÁS, tem 57 anos de história, dedicada à defesa da PETROBRÁS, de seu CORPO TÉCNICO e da SOBERANIA NACIONAL.
No passado, nos dirigimos a O GLOBO, para levar esclarecimentos, contribuições e nossas opiniões ao debate de temas importantes para o país. Em divergências de opinião com O GLOBO, muitas vezes tivemos acolhidas as nossas ponderações, por orientação do sr. ROBERTO MARINHO.
Mais recentemente, verificamos a mesma orientação, em correspondências enviadas a V.Sa.
Estas considerações nos motivam a comentar o editorial de O GLOBO, 4ª feira, 20.06.2018.
A editorialista expressa visão equivocada quando se refere ao "PADRÃO COLONIAL DO SETOR PETRÓLEO". O Brasil tem, graças ao trabalho da PETROBRÁS e dos brasileiros, uma moderna e pujante indústria petrolífera. Embora nova, com apenas 63 anos, numa indústria de 180 anos, a PETROBRÁS já está entre as 10 maiores petroleiras do mundo. O Brasil tem produção e reservas crescentes, superando três milhões de barris diários de óleo equivalente. É líder mundial na produção em águas profundas. A descoberta do PRÉ-SAL é uma das maiores do mundo, nos últimos 40 anos.
O país tem uma empresa estatal, forte e respeitada.
Quanto ao "intervencionismo estatal, dirigismo", tão estigmatizado pelo articulista, o controle estatal é a norma na indústria do petróleo. Consideradas as 5 maiores petroleiras do mundo, 4 são estatais e entre as 20, são 13. Esta intervenção dos Estados Nacionais tende a crescer, imposta pela importância estratégica do petróleo.
A competência da PETROBRÁS é indiscutível e pode ser aferida por parâmetros internacionais. Ela é reconhecida mundialmente, inclusive por suas concorrentes e pela obtenção de sucessivos prêmios, outorgados por organizações de grande prestígio como a OTC.
Sobre a corrupção, sempre lamentável e intolerável, toda a Nação sabe que a PETROBRÁS - CASA DE GENTE SÉRIA -  MOVIDA POR PATRIOTISMO, CIENTE DE SUA MISSÃO, foi vítima de empresários desonestos, políticos corruptos e executivos de aluguel que não souberam honrar a história da Companhia.
Tem absoluta razão o GLOBO quando se manifesta contrário à exportação de óleo cru e importação de derivados. Acrescento, nenhum país do mundo se desenvolveu exportando matéria primas por multinacionais estrangeiras.
Ocorre que as causas de tal situação não são aquelas descritas no editorial de O Globo “o estatismo dirigista” “à corrupção sistêmica” a falta de “definição e execução de um programa estratégico eficiente para o processamento do óleo do pré-sal”.
O parque de refino da PETROBRÁS está ocioso, no 1º trimestre deste ano com 28% de capacidade instalada ociosa, em consequência da política de preços inaugurada pelo sr. PEDRO PARENTE em outubro de 2016 e que culminou com a recente crise de abastecimento com a greve dos caminhoneiros. Os preços altos no mercado interno, alinhados as flutuações internacionais e dependentes do preço externo do petróleo e da cotação do Real diante do Dólar desestabilizaram a economia nacional e trouxeram prejuízos também à PETROBRÁS.
A estatal passou a praticar preços mais altos que os internacionais, apesar de produzir e refinar seu petróleo no Brasil. Os preços altos, em especial do diesel, tornaram lucrativos os negócios da cadeia de importação de combustíveis que puderam, a partir de então, ocupar o mercado da PETROBRÁS vendendo, com garantia de lucratividade, diesel no mercado brasileiro. O resultado foi o encalhe do diesel brasileiro nas refinarias, o que limitou a capacidade de produção das nossas refinarias, chegando a 30% de ociosidade.
A política de preços é a responsável pela exportação de petróleo cru, enquanto se importa derivados e o parque de refino da PETROBRÁS é mantido ocioso. Perdem os brasileiros que pagam mais caro, perde a PETROBRÁS com redução do seu mercado, ganham os refinadores dos EUA, os “traders” multinacionais e distribuidores privados concorrentes da estatal que ocupam cerca de 30% do mercado brasileiro. Temos capacidade de produzir e abastecer praticamente todo o mercado interno, mas a política de preços prejudica o Brasil, é a política que denunciamos desde dezembro de 2017 como “America first!”, os Estados Unidos primeiro!
Erros do passado não justificam erros mais recentes, na gestão do sr. PEDRO PARENTE, mantidas pelo sr. IVAN MONTEIRO, que decidiu por REDUZIR DRASTICAMENTE investimentos no Abastecimento e Refino, limitando-se, tão somente, ao custeio de gastos de manutenção. Equívoco, erro, ainda maior, é a venda anunciada de refinarias já em operação. Na verdade, uma alienação às empresas estrangeiras do mercado brasileiro de derivados, sétimo maior do mundo.
Por que os grupos privados não investem no setor? Não há qualquer impedimento legal, desde a Lei 9478/97, portanto, há mais de 20 anos.
A construção de novas refinarias, ao contrário da venda das que já se encontram em operação, geraria serviços de engenharia, aquisição de materiais e equipamentos, empregos, renda, aumento na produção de refinados, estimulando a nossa economia, hoje em forte depressão.
Se grupos privados não investem, que a PETROBRÁS faça os investimentos! A Nação não pode ficar no aguardo dos interesses e conveniências estrangeiros, como no passado, quando apregoavam não haver petróleo no Brasil e os brasileiros tiveram que, partindo do nada, criar a pujante indústria que aí está.
É descabida a exigência de preços internacionais como condição para os investimentos no refino. Ainda mais estranho é o desejo de impedir qualquer ação do Estado Brasileiro no setor. O que desejam? O acesso ao sétimo maior mercado do mundo e a renúncia do Brasil, a qualquer tipo de controle sobre setor estratégico de nossa economia? Quanto à afirmação de que "a PETROBRÁS chegou a ter a maior dívida corporativa do planeta sem nenhum resultado", também cabem esclarecimentos. Somente no período de 2010/2014 foram investidos mais de US$ 200,00 bilhões, o que permitiu desenvolver as acumulações do pré-sal, descobertas em 2006, cujas reservas podem superar 100 bilhões de barris.
Dívida perfeitamente administrável para uma companhia que, entre 2012 e 2017, tem entre 13,5 e US$ 25 bilhões de caixa, geração operacional de caixa sempre superior aos US$ 25 bilhões por ano e índice de liquidez corrente sempre superior a 1,5. Além de perspectiva de aumento da produção e acesso ao mercado brasileiro que, além de grande, de enorme potencial de crescimento.
As reservas do pré-sal já produzem mais de 1,0 milhão de barris/dia, superam 50% da produção nacional, nível alcançado em tempo recorde, quando comparado com áreas semelhantes como o Golfo do México e o Mar do Norte. Nesta indústria, é sabido que os projetos têm prazo de maturação que podem chegar até 10 anos ou mais. Os resultados aí estão. O próprio GLOBO reconhece que a produção crescerá, extraordinariamente, nos próximos anos.
Na certeza de que estes esclarecimentos merecerão a melhor atenção do ilustre presidente, sendo levados ao conhecimento dos leitores de O GLOBO, renovamos nossas
Atenciosas Saudações,
Felipe Coutinho
Presidente

AEPET - Associação dos Engenheiros da PETROBRÁS"== www.aepet.org.br

domingo, 24 de junho de 2018

dan2010: "Verme" para um e "Merda" para outro

dan2010: "Verme" para um e "Merda" para outro: Saulo Ramos, para um dos membros do stf, chamou-o de Juiz de merda e Wilson Ramos para outro membro chamou-o de verme. Bom Dia!!! Gente boa...

"Verme" para um e "Merda" para outro

Saulo Ramos, para um dos membros do stf, chamou-o de Juiz de merda e Wilson Ramos para outro membro chamou-o de verme.
Bom Dia!!! Gente boa e amiga, assumamos o esgarçamento do tecido social expondo a podridão do material fétido e purulento. Pois bem, temos dous momentos, mas o desabafo foi o mesmo. Duas situações, uma sob os auspícios de Wilson Ramos Filho e outra de Saulo Ramos. O primeiro está no twitter e outro em um seu livro deste, “Código da Vida” (ed. Planeta):
O ministro Edson Fachin, do STF, perdeu o respeito até daqueles que eram seus amigos; nesta noite, advogado Wilson Ramos Filho, o Xixo, que lecionou com Fachin na UFPR desabafou no Twitter, depois que o ministro do STF mandou arquivar ação que poderia dar liberdade ao ex-presidente Lula; Xixo o chama de "verme"; "O princípio da 'colegialidade' só vale contra a gente. O verme impede que seus pares apreciem a matéria", disse o advogado em sua página no Twitter; ele já havia escrito um artigo em que, sem citar o nome, dizia: "Meu amigo morreu".
(...) Noutro giro, a história está relatada no livro “Código da Vida”, de Saulo Ramos, ex-ministro da Justiça responsável pela nomeação de Celso de Mello para o STF no governo Sarney. 
— Espere um pouco. Deixe-me ver se compreendi bem. Você votou contra o Sarney porque a Folha de S. Paulo noticiou que você votaria a favor?
— Sim.
— E se o Sarney já não houvesse ganhado, quando chegou sua vez de votar, você, nesse caso, votaria a favor dele?
— Exatamente. O senhor entendeu?
— Entendi. Entendi que você é um juiz de merda! Bati o telefone e nunca mais falei com ele.” 
10 DE ABRIL DE 2018, 
Após voto contrário a HC de Lula, advogado escreve texto a Fachin: “Meu amigo morreu”
"Não foi uma morte súbita. Mas muito me entristeceu. A morte tem dessas coisas, ainda que esperada ao cabo de longa enfermidade", escreveu o advogado
Apesar de não citar o nome, o professor de direito, Wilson Ramos Filho, amigo de Edson Fachin, publicou desabafo, nesta terça-feira (10), dirigido ao ministro do STF. O texto foi escrito no dia 5 último, quando o Habeas Corpus preventivo de Lula foi julgado, com o voto contrário de Fachin.
Após relembrar mais de 40 anos de amizade, o advogado escreveu: “Não foi uma morte súbita. Mas muito me entristeceu. A morte tem dessas coisas, ainda que esperada ao cabo de longa enfermidade”. Leia o texto completo abaixo.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Uma análise sensível

Por Maria Fernanda Arruda jornalista, escritora e ativista política
Herdamos das caravelas o canibalismo. A lábia de Vieira ensinou-nos a assinar promissórias e perdoou-nos as artimanhas das promiscuidades. Aprendemos a arte da subsistência. Vivemos senzalas. A Casa Grande é a nossa miragem de foro e securas. Somos individualmente furiosos. Coletivamente engolimos a fúria e matamos feridas e fomes com o receituário dos encantamentos e novelas de horário nobre. 
Antropófagos de Porto Seguro a Brasília. Apóstolos anestesiados das ribeiras do Chuí até as margens miradas do Pico da Bandeira. Lula está preso e é e deve ser candidato em outubro à espera de um quase rearranjo nos espinhos do sistema desfolhado. É nosso empenho, nosso símbolo. Por que cavoucar buracos em espantalhos. A convivência ou a antropofagia? 
A água fervente das contradições dá-nos o gás do tempo de recomeço, ainda não destila rupturas. Não há derrota na sabedoria nem veneno nas alianças programadas se soubermos encorpar nossas fragilizadas forças. 
Nada de crenças no bigode; o possível num programa escriturado e assinado. Aos mais irredutíveis, propor firma reconhecida em cartório. 
Nada de antropofagia, pelo menos isso. Aqui e acolá há resistências pontuais sem horário marcado com possibilidades de resiliência. Quando empunharemos Oswald para superação de nossas vocações acadêmicas sem fardas, sem feridas, sem os do lado de lá? 
Somos dívidas e divisões, pelotões em guerra por postos de comando, guaritas vazias. Amantes de padrões teóricos e ismos, olhamos os erros dos outros sem compreender os nossos. Ou unificamos nossos trajetos ou evangelicamente amontoamos brasas para cozinhar nossas dispersões em banho-maria. Ou continuaremos devorando o que restou de Caramuru?
Alfio Bogdan - Físico e Professor.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

dan2010: A pilantragem continua Brasil a fora !

dan2010: A pilantragem continua Brasil a fora !: Todos políticos militantes do sistema neoliberal pretendendo esmagar a possibilidade a uma vida digna, colocam-se como inimigos dos trabal...

A pilantragem continua Brasil a fora !


Todos políticos militantes do sistema neoliberal pretendendo esmagar a possibilidade a uma vida digna, colocam-se como inimigos dos trabalhadores e defensores dos interesses dos ricos — não pairam dúvidas. Sua adaptação às novas tecnologias lhes permite aplicá-las seletivamente como que se tecnocracia fosse; expropriando-nos das mesmas, apropriam-se da “mais-valia” cognitiva.
         A deterioração, a corrupção dos procedimentos judiciais chegaram a tal ponto, que a tortura, a coação, a chantagem, os sequestros listam-se como recursos corriqueiros, usuais, de que lançam mão alguns promotores, juízes, policiais federais, devidamente acostados pelo Ministério Público Federal e pela organização da Polícia Federal. Ainda agora registra-se o “sequestro” ocorrido no sítio de Atibaia, sem a presença de advogado, sem comunicação a ninguém, que levou à denuncia pelo Deputado Federal Pimenta, no plenário da Câmara Federal.
         Paulo Pimenta informou que a força-tarefa da Lava Jato coagiu uma mulher e seu filho de 8 anos ao tomar depoimento dela sem mandato, sem presença de advogado, às 6h da manhã e dentro do sítio cuja propriedade é falsamente atribuída ao ex-presidente Lula. “Isso é sequestro. É coação de testemunha”. 
         Noutro giro, Galvão Bueno corrobora o que estamos a falar, pois no jogo “Russia X Arabia Saudita”, o Jogador Smolov desistia da jogada sempre que se percebia impedido, o que levou o narrador crendo-se inimputável, representante da tirania, a sair-se com esta: “Smolov devia dar continuidade à jogada, pois vai que o juiz não veja”... Estamos transformando-nos num país das barbáries.
          Nota: A atitude do Galvão Bueno exprime de modo reluzente a crença na impunidade da Rede Globo à qual representa no mundo esportivo. É assim mesmo que agem os senhores feudais e seus vassalos. Vassalagem a toda hora e em qualquer lugar, assim como os coxinhas a tratarem as moças da Rússia como se estrangeiras em suas próprias casas. 
Alfio Bogdan

quarta-feira, 20 de junho de 2018

dan2010: Min. Barroso aliado de Moro?

dan2010: Min. Barroso aliado de Moro?: "Os jornais  O Globo  e  Valor Econômico  da família Marinho abriram duas páginas hoje (20) para o ministro Luís Roberto Barroso, do S...

Min. Barroso aliado de Moro?

"Os jornais O Globo e Valor Econômico da família Marinho abriram duas páginas hoje (20) para o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, com o objetivo de salvar Sérgio Moro da vala de descrédito em que ele e a Operação Lava Jato se enfiaram e pressionar o Supremo para evitar que a Corte decida-se por libertar Lula no próximo dia 26. É uma situação curiosa na qual ministro da suprema corte torna-se porta-voz de um juiz de primeira instância sob patrocínio do grande oligopólio de comunicação do país.
As frases de Barroso destacadas pelos jornais dos Marinho são exemplares:  "Sobre a atuação do juiz Sergio Moro, acho que ele é um juiz competente, técnico, sério e que serviu muito bem ao país. Já estive em mais de um evento com ele e não acho que seja uma pessoa deslumbrada. Pelo contrário, acho que é uma pessoa séria e discreta. Todos nós estamos sujeitos a erros, não estou dizendo que ele acerte sempre, porque ninguém acerta sempre. Mas acho que ele, sobretudo fora do Brasil, passou a desempenhar um pouco o papel simbólico do enfrentamento da corrupção em um Estado em que ela havia se tornado sistêmica. Acho que esse símbolo é relevante".
O texto publicado em O Globo e reproduzido no Valor Econômico é todo escrito de maneira editorializada e busca caracterizar a Operação Lava Jato aos moldes de um conto de fadas, onde Moro faz o papel de herói na luta contra os "maus", o PT. Diz a reportagem: "Principalmente depois de ter condenado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Moro tornou-se alvo de dirigentes do PT e militantes do partido". 
As duas páginas dedicadas a Barroso têm, no fim das contas, o objetivo de pressionar a Segunda Turma do STF (da qual Barroso não faz parte) para que não tome uma decisão pela liberdade de Lula no julgamento marcado para a próxima terça (26). Presidido por Ricardo Lewandowski, o colegiado é composto também por Edson Fachin (relator da Lava Jato no STF), Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello. Barroso, na reportagem, faz uma dança cínica com os  repórteres. Primeiro diz que "não vou opinar sobre o mérito do julgamento de colegas na próxima semana e, a seguir, entra no mérito (!). Leia:
"Barroso evitou comentar o caso da condenação de Lula, mas reforçou que a sentença foi confirmada por três desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que analisaram o recurso apresentado pela defesa do ex-presidente. 'No caso específico do presidente Lula, não vou opinar sobre o mérito, porque não li e não opino sobre o mérito de decisões que não passaram sob a minha jurisdição. Apenas lembraria que ela [decisão] foi revista em tribunal por três juízes igualmente sérios e competentes. Não estou dizendo que ela está correta ou não está correta, até porque erros acontecem na vida, inclusive erros no Judiciário. Mas a decisão dele [Moro] foi confirmada pelo tribunal superior por unanimidade', destacou."
Porta-voz de Moro, Barroso não se furtou a criticar abertamente os ministros do STF, no mesmo espírito "conto de fadas" da Globo: "A opinião positiva sobre Moro, adverte, não se estende a todos os colegas de Corte: 'No Supremo também existe uma divisão entre os que desejam empurrar a história, acreditando que estamos criando um novo país, uma nova ordem, e os que têm pactos profundos com a velha ordem. Portanto, todo processo de transformação vive resistências. E essas pessoas da velha ordem têm aliados em toda parte.'"
Os próximos dias serão de uma guerra aberta, com as Organizações Globo pressionando e chantageando os ministros do STF para impedir que Lula seja libertado. A campanha mobiliza todos os veículos e noticiários do grupo, a começar pelo Jornal Nacional, e deve se radicalizar depois da derrota de Moro, dos Marinho e do Barroso nos 5 a 0 que, na noite de ontem, inocentou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, depois de dois anos de campanha aberta e agressiva contra ela movida pelo consórcio Marinho/Moro."  "publicação do Brasil247".
Alfio Bogdn - Físico e Porfessor - 

terça-feira, 12 de junho de 2018

dan2010: Anamatra alerta para as formas de trabalho infanti...

dan2010: Anamatra alerta para as formas de trabalho infanti...: 2,7 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos trabalham irregularmente no país Criado em 2002 pela Organização Internacional...

Anamatra alerta para as formas de trabalho infantil



2,7 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos trabalham irregularmente no país
Criado em 2002 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, comemorado no dia 12 de junho, tem como objetivo alertar a população para o fato de milhões de crianças serem obrigadas a trabalhar. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2016, no Brasil, 2,7 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos trabalham irregularmente.
No Brasil, a data foi instituída como Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil pela Lei Nº 11.542/2007. As mobilizações e campanhas anuais são coordenadas pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), integrado pela Anamatra, em parceria com os fóruns estaduais.
O presidente da Anamatra, Guilherme Feliciano, lembra que o trabalho infantil é uma chaga aberta no tecido social brasileiro e que o número de 2,7 milhões de crianças e adolescentes trabalhando no Brasil representa quase 2% do total mundial, que chega a 152 milhões de pessoas, segundo a OIT. “O país infelizmente abriga todas as quatro modalidades previstas na Convenção 182 da OIT, que trata das piores formas de trabalho infantil, o que deve nos colocar a todos em uma situação de alerta e predispostos a reverter esse quadro funesto. Já é tempo, inclusive, de se pensar a responsabilidade civil objetiva do Estado, quando falham, por incapacidade estrutural, os conselhos tutelares e as fiscalizações do trabalho na tarefa de erradicar tais piores formas”.
Trabalho artístico e esportivo - Para  diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Anamatra, Luciana Conforti, apesar de o foco no combate ao trabalho infantil ser direcionado às piores formas desse tipo de trabalho, os serviços socialmente aceitos, pelo suposto glamour que os envolvem, como o trabalho infantil artístico e o trabalho infantil desportivo, também estão entre as preocupações da Anamatra. "O acompanhamento, a limitação e o estabelecimento de regras próprias são essenciais para a garantia da integridade física e psicossocial, a fim de que o crescimento e desenvolvimento das crianças e jovens, como cidadãos plenos, não sejam prejudicados", completa. 
Campanha - Em 2018, a campanha de promoção do Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, organizada pelo FNPETI adotou o slogan "não proteger a criança é condenar o futuro” e tem como tema as piores formas de trabalho infantil. Clique aqui e saiba mais sobre a Campanha.    
Alfio Bogdan - Físico e Professor
https://www.anamatra.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=26573:brasil-abriga-todas-as-piores-formas-de-trabalho-infantil-alerta-anamatra&catid=2:noticias

segunda-feira, 11 de junho de 2018

dan2010: Procuradores abandonam evento face à presença de M...

dan2010: Procuradores abandonam evento face à presença de M...: Paradoxo na economia: “a gente sabe o que funciona e estamos fazendo exatamente o contrário” Publicação Original no SUL 21 Paradoxo ...

Procuradores abandonam evento face à presença de Moro.

Paradoxo na economia: “a gente sabe o que funciona e estamos fazendo exatamente o contrário”
Publicação Original no SUL 21

Paradoxo na economia: “a gente sabe o que funciona e estamos fazendo exatamente o contrário”
Ladislau Dowbor: “O neoliberalismo navega nos conceitos da eficiência e da competitividade. Isso é uma balela”.
Marco Weissheimer  |  novembro 20, 2017
“Estamos destruindo o planeta em proveito de uma minoria, enquanto os recursos necessários ao desenvolvimento sustentável e equilibrado são esterilizados pelo sistema financeiro mundial. (…) Quando oito indivíduos são donos de mais riqueza do que a metade da população mundial, enquanto 800 milhões de pessoas passam fome, achar que o sistema está dando certo é prova de cegueira mental avançada”. Essa é uma das teses centrais do novo livro do economista Ladislau Dowbor, “A era do capital improdutivo. A nova arquitetura do poder: dominação financeira, seqüestro da democracia e destruição do planeta” (Outras Palavras/Autonomia Literária), que analisa a captura dos processos produtivos e políticos da sociedade mundial pelo capital financeiro.
Na avaliação do professor titular de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o neoliberalismo repousa sobre “balelas” e a concentração de renda e de riqueza no planeta atingiu níveis obscenos. Em entrevista ao Sul21, Dowbor fala sobre o seu novo livro e sobre os desdobramentos dessa hegemonia do capital especulativo no Brasil. O déficit no Brasil, defende o economista, não foi criado por gastos públicos, mas sim pelo desvio dos gastos públicos para os bancos no serviço da dívida pública:
“Muito curiosamente, o teto de gastos paralisa as atividades próprias do Estado em educação, saúde, segurança, etc., mas libera a continuidade da transferência de recursos públicos para os bancos. O Brasil tem, hoje, cerca de 60 milhões de adultos que estão negativados. Essas pessoas não conseguem pagar suas contas relativas a comprar anteriores e, muito menos, efetuar novas compras. E as empresas também estão endividadas. Esse sistema é absolutamente inviável”.
Sul21: O que é, exatamente, o capital improdutivo, conceito central do teu novo livro?
Livro analisa nova arquitetura do poder econômico e político no mundo. (Divulgação)
 Ladislau Dowbor: Nós devemos distinguir o investimento, produtor de bens e serviços, que desenvolve atividades econômicas, da aplicação financeira. São dois campos distintos. No Brasil, se confunde, voluntariamente, investimento e aplicação financeira. Quando você compra títulos do Tesouro, faz especulações sobre moedas ou compra ações poderá até ganhar bastante dinheiro, movimentar um monte de papeis, sem que, com isso, apareça sequer um par de sapatos, uma bicicleta ou uma escola a mais no país. Você não gerou nada. Se você ganhou bastante, está se apropriando do que outra pessoa perdeu. Se você previu que o dólar ia subir, comprou na baixa e ele subiu, quem te vendeu perdeu dinheiro.
Toda essa esfera de aplicações financeiras é essencialmente especulativa, não contribuindo para o processo produtivo. O que contribui para o processo produtivo é o investimento que financia atividades que geram bens, serviços, empregos, impostos e que fazem a economia girar. Falamos de capital improdutivo quando passa a render mais você aplicar em papeis do que investir em alguma coisa. No mundo, hoje, o PIB correspondente à produção de bens e serviços aumenta em média algo entre 2 e 2,5% ao ano, enquanto que o rendimento dos papeis aumenta cerca de 7% ao ano. A explicação é muito simples. O dinheiro vai para onde rende mais. Gerou-se um sistema em que você ganha mais dinheiro simplesmente teclando no computador do que efetivamente produzindo. Isso é a expansão do capital improdutivo.
Há uma segunda questão importante. O capital especulativo e as aplicações financeiras passam a funcionar em um processo de progressão geométrica. Um bilionário que aplica seu dinheiro a 5% ao ano ganhará 137 mil dólares por dia. Ele não consegue gastar tudo e esse dinheiro é reaplicado, fazendo com que, a cada dia, o juro sobre o estoque de recursos aumente. Temos aí uma expansão que, em termos financeiros, se chama efeito bola de neve. Esse efeito faz com que grandes fortunas passam a ter muito mais dinheiro do que conseguem gastar sem precisar desenvolver nenhuma atividade de produção concreta de bens e serviços. Ou seja, ele não está sendo útil para a sociedade.
Harvey (David Harvey) tem razão. Esse capital deixa de ser capital e passa a ser patrimônio, pois não entra no processo produtivo como um elemento dinamizador. Isso deforma radicalmente a economia. Conforme cálculo feito pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), quando você faz uma transferência de renda por meio de um programa como o Bolsa Família, para cada real investido ele vai gerar R$ 1,78 de aumento do PIB. Isso acontece porque você colocou o dinheiro na mão de alguém que não vai fazer aplicação financeira ou comprar letras do Tesouro, mas sim que vai consumir. Esse consumo vai incrementar a atividade do comerciante, que vai encomendar mais do produtor, o que vai gerar mais emprego, em um efeito econômico multiplicador. O essencial da deformação que vivemos é esse deslocamento da forma de remuneração do capital produtivo relativamente à sua apropriação pelo sistema financeiro.
 “Temos uma expansão das capacidades de produzir, mas não da produção efetivamente”. (Foto: Maia Rubim/Sul21)
Sul21: Enquanto isso, produtos seguem sendo produzidos. Não deixamos de produzir sapatos, automóveis, roupas e tudo mais. Há um capital produtivo que segue participando da produção. Como ele se relaciona com o capital improdutivo e como um sistema com essas características pode sobreviver? Se aplicar no sistema financeiro é mais rentável, porque um produtor de calçados seguirá fabricando calçados?
Ladislau Dowbor: Nas últimas décadas, tivemos avanços tecnológicos fenomenais. Hoje produzimos automóveis com muito mais rapidez e menor custo, utilizando inclusive robôs e coisas do gênero. Na agricultura, temos a expansão da chamada agricultura de precisão, onde a aplicação de novas tecnologias também permite um aumento de produtividade fantástico. Ou seja, nós temos uma expansão das capacidades de produzir, mas não da produção efetivamente porque esta vai depender do destino final do produto. Um empresário, se não tem para quem vender, por mais que os sapatos que ele produz sejam úteis, ele fecha.
Então, o equilíbrio de remuneração das diversas atividades é vital para uma economia funcionar. Se você tem um dos atores que se apropria de muito mais renda do que os outros, acaba travando o processo como um todo. É muito interessante pegar o exemplo da reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial. A Europa criou o Estado de Bem Estar, passando a remunerar os trabalhadores proporcionalmente ao aumento da produtividade. Na Alemanha, por exemplo, todo aumento da produtividade de uma empresa é revertido automaticamente em aumento de salário. E o aumento da produção gera mais mercado. Há um equilíbrio no conjunto do sistema.
Por outro lado, os impostos gerados neste processo são utilizados como salário indireto. Na Alemanha, você tem escola pública gratuita, universidade pública e gratuita. Há escolas privadas, mas, mesmo nestas, o professor é pago pelo Estado. Isso é considerado um investimento nas pessoas. Esse salário indireto é extremamente importante. As pessoas não vivem só com sua renda que entra no bolso. O canadense tem um salário inferior ao americano, mas ele tem a creche, a escola e o hospital de graça, tem piscinas em todas as escolas. Ou seja, o imposto, ao contrário do que ocorre no Brasil, onde ele é chamado de gasto, é transformado em salário indireto, em um investimento nas pessoas.
“O paradoxo é esse: a gente sabe o que funciona e estamos fazendo exatamente o contrário”. (Foto: Maia Rubim/Sul21)
Esse modelo gera bem estar e é muito mais produtivo do que planos de saúde e coisas do gênero. Quando você faz saúde pública, por exemplo, se concentra em evitar as doenças. Já o sistema privado de saúde está interessado na doença. Ele é a indústria da doença. Se você vai em países como Suécia, França, Alemanha ou Canadá, verá um sistema de saúde que está preocupado com a qualidade da água, com a ausência de agrotóxicos nos alimentos e com a diminuição de emissão de gases pelos veículos nas cidades, para citar apenas essas três coisas. Ou seja, está preocupado com o conjunto dos elementos que geram a doença. O resultado é muito interessante. No Canadá, por exemplo, você gasta 3.400 dólares/ano por pessoa em saúde. Nos Estados Unidos, é mais do dobro disso. No entanto, a saúde média da população do Canadá é incomparavelmente superior. É simplesmente mais produtivo.
Quando você canaliza os recursos de maneira adequada, consegue-se esse tipo de resultado. Destinar recursos para a saúde pública, para a pequena e media empresa, para reforçar o salário mínimo e dinamizar o consumo de bens simples: tudo isso é organização econômica e social que chamamos de governança. O governo é a máquina administrativa. Governança é fazer o conjunto funcionar.
No caso do Brasil, quando um dos grupos sociais, como o setor financeiro, se torna muito mais poderoso do que os milhões de pequenos e médios produtores e passa a apropriar dos recursos destes, por meio de juros, e do próprio governo, por meio de leis que, por exemplo, os isentam de impostos, temos uma deformação sistêmica e o processo trava.
Além do que ocorreu na Europa, podemos citar o exemplo do New Deal, nos Estados Unidos, ou o que foi feito na Coréia do Sul. Todos eles se basearam em não enriquecer os ricos, mas em desenvolver salário direto forte para a população, o que gera demanda para as empresas, e impostos elevados, mas orientados para investimentos em infraestruturas que barateiam os processos produtivos e em políticas nas áreas de educação, saúde e cultura. Esse investimento nas pessoas aumenta a produtividade do sistema como um todo. O paradoxo é esse: a gente sabe o que funciona e estamos fazendo exatamente o contrário.
Sul21: No seu livro você aponta que esse processo de deformação sistêmica da economia mundial anda de mãos dadas com o fenômeno da captura da esfera da política pelo sistema financeiro. Esse diagnóstico parece apontar para um cenário bastante sombrio quanto ao futuro da democracia, não?
“Temos um endividamento generalizado dos governos no mundo com os grandes bancos”. (Foto: Maia Rubim/Sul21)
 Ladislau Dowbor: Você veja o desastre hoje nos Estados Unidos. Donald Trump se elegeu dizendo que a Hillary Clinton era ligada ao sistema financeiro. Eleito, quem ele nomeou para chefiar a sua equipe econômica? O presidente do Goldman Sachs, o maior banco mundial. No Brasil, em nome da resolução de problemas econômicos, tivemos um Joaquim Levy na Fazenda e hoje temos um banqueiro comandando o Banco Central e um banqueiro no Ministério da Fazenda. Na França, tivemos o peso do sistema financeiro depositado na candidatura de Macron.
Temos, de modo geral, um endividamento generalizado dos governos no mundo que os colocam numa relação de dependência com os grandes bancos, donos da dívida. Há uma mudança dos equilíbrios políticos no planeta. Estávamos acostumados com a ideia de que, numa democracia, você elege pessoas que representam os anseios da população. No entanto, hoje, há um desgarramento entre o processo político da eleição e o processo econômico. Não basta a democracia política. Se você não tem também democracia econômica, o sistema simplesmente não funciona. Escrevi um livro chamado “Democracia econômica”, já publicado em várias línguas, que ajuda a entender esse processo (Conheça as obras de Ladislau Dowbor, disponíveis em sua página).
Voltando ao argumento central: onde o sistema funciona? Ele funciona quando se tem uma forte organização dos fluxos dos recursos financeiros para reforçar a capacidade de compra das populações e a capacidade do Estado fazer investimentos em infraestrutura e fazer políticas sociais. Esse processo dinamiza as atividades, aumenta o volume de impostos tanto pelo consumo quanto pela atividade empresarial e pelos empregos gerados. Esses impostos fecham a conta sem gerar um déficit. O déficit no Brasil não foi criado por gastos públicos, mas sim pelo desvio dos gastos públicos para os bancos no serviço da dívida pública. Muito curiosamente, o teto de gastos paralisa as atividades próprias do Estado em educação, saúde, segurança, etc., mas libera a continuidade da transferência de recursos públicos para os bancos.
Sul21: Apesar da crise de 2007-2008, o neoliberalismo segue sendo hegemônico e parece estar apoiado em algumas ideias que se enraizaram no senso comum. Em uma das primeiras edições do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, o economista Francisco Louçã disse que a esquerda precisava ter algumas ideias fortes para enfrentar a força ideológica do neoliberalismo. Que ideias poderiam ser estas, na sua opinião?
“O Brasil tem, hoje, cerca de 60 milhões de adultos que estão negativados”. Ladislau Dowbor: O neoliberalismo navega nos conceitos da eficiência e da competitividade. Isso é uma balela. Ele está, na verdade, drenando a capacidade produtiva da sociedade ao se apoderar de recursos que poderiam ser investidos nas empresas e nas pessoas. O Brasil tem, hoje, cerca de 60 milhões de adultos que estão negativados. Essas pessoas não conseguem pagar suas contas relativas a comprar anteriores e, muito menos, efetuar novas compras. As empresas também estão endividadas.
A ideia que embasa o funcionamento desse sistema é simples. Se você vai comprar um fogão em uma loja, encontrará um preço a vista – 420 reais digamos – e um preço a prazo que é o dobro disso. Esse fogão saiu da fábrica a 200 reais, pagou 40% de imposto e tem o ganho da loja que o está vendendo por 420. Mas, na verdade, eles querem vender a 840 reais. A grande massa da população, enganada pela prestação que cabe no bolso e pelo juro apresentado ao mês, acaba pagando 840 reais por esse fogão. O cidadão que não tem capacidade de comprar a vista vai pagar 840 reais por um fogão de 200.
Esse sistema é absolutamente inviável, pois esteriliza a capacidade de reinvestimento da empresa, que está ganhando muito pouco, e a capacidade de compra da população. No meio desse processo, há um intermediário que tem um ganho imenso. É uma economia de intermediários não produtivos.
Buscar um novo equilíbrio significa taxar fortemente o capital improdutivo e reduzir os impostos sobre o consumo. Não é preciso aumentar a carga tributária. Basta começar a cobrar dos improdutivos e desonerar as atividades que dinamizam a economia.
Alfio Bogdan - Físico e Professor.

dan2010: Neruda está com Lula!

dan2010: Neruda está com Lula!: Uma das mentes mais brilhantes da intelectualidade do Brasil que a empresta ao PT, traz para nosso raciocínio esta beleza extraída do bril...

Neruda está com Lula!


Uma das mentes mais brilhantes da intelectualidade do Brasil que a empresta ao PT, traz para nosso raciocínio esta beleza extraída do brilhante discurso de Pablo Neruda, Uma longa viagem na memória e na poesia. 

          Sul 21 - Neruda está com Lula.



Tarso Genro | junho 11, 2018

Libertem Lula e deixem o país em paz! A miséria política, jurídica e moral  – para não falar na miséria econômica – na qual o bloco liberal-rentista jogou o nosso país, terá consequências dramáticas, para as novas gerações de brasileiros. Ao embarcar na canoa furada do neoliberalismo, pela qual bastaria reduzir o “tamanho” do estado, cortar os subsídios para o desenvolvimento, ajustar o orçamento sonegando recursos para saúde-educação-segurança, privatizar bens públicos e falsificar o combate à corrupção -ao embarcar nesta canoa – os setores (majoritários) das classes dominantes brasileiras lideraram um vasto movimento político baseado em ilusões. E na natureza, onde os mais fortes no mercado sobreviveriam como “espécies” naturais superiores.
Estas ilusões foram cientificamente manipuladas pelo oligopólio da mídia e seus especialistas de proveta, até criar a “máxima ilusão”, que caracterizou as correntes fascistas, em diversas épocas da História:  primeiro, que bastaria tirar a esquerda do Governo (no caso o PT) para o país andar; segundo, que as soluções são simples; terceiro, que o “político” e os “políticos”, são desnecessários para redimir a nação dos seus erros: bastaria instrumentalizar alguns cretinos, colocando-os à frente do poder e “nós operaremos com técnicos competentes”, para fazer as coisas andar, no mercado e na vida.
Se tivessem algum senso limitado de História teriam considerado que – mesmo dentro de uma democracia capitalista típica – as esquerdas sempre foram necessárias para, representando  partes importantes da sociedade comporem  um sentido de nação, pois ela é o espaço cultural, econômico e territorial, no qual os projetos democráticos se realizam;  teriam concebido, estes grupos golpistas – ingênuos ou não – que nada é “simples” em política e economia, e que a visão simplista para o enfrentamento da complexidade social, leva para desastres complexos e tragédias sociais dramáticas; teriam entendido, estes “chefes” – escondidos nos escaninhos do oligopólio da mídia e nos armários dos partidos tradicionais – que a instrumentalização de “cretinos”, para assumirem postos de governo, já vem comprometida pela própria eliminação do espaço da política, feita no próprio episódio cretino do golpe.
A necessidade de libertação do Presidente Lula é o que simboliza, nos dias de hoje, a decadência e a senilidade do Golpe, bem como representa a possibilidade de – se libertado por uma decisão do Supremo a qualquer momento - começarmos a encaminhar o retorno à normalidade política do país, à retomada do contencioso democrático,  a elisão da Guerra Civil não declarada, que  já está em andamento no Rio de Janeiro e na periferia de outras grandes cidades. A radicalização do processo político pela via autoritária – no contexto atual – só beneficia aqueles que querem fazer do país um laboratório do fascismo pós-moderno, que transforma o ódio de classe em política de Estado e a informação, em mercadoria, para a formação de pessoas que não pensam e espumam ódio – por todos os poros – contra quem não tem as mesmas opiniões.
No discurso “Uma longa viagem na memória e na poesia” – quando Pablo Neruda recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1971- o poeta narrou a sua travessia dos Andes – décadas antes – em fuga como perseguido político. O brilho costumeiro das suas metáforas, ao narrar travessia de rios caudalosos, gargantas de montanhas batidas pelo vento gelado, penhascos ameaçadores, chega a momentos de beleza absoluta, nos quais o poeta flagra quando a “natureza” e o “humano”,  se fundem e se separam, como se fizessem uma antevisão do futuro.
Assim diz Neruda, no seu mais brilhante parágrafo, daquele discurso misto de epopeia e poesia:
 “A cada lado do rastro contemplei – naquela desolação selvagem – algo parecido como uma construção humana”. É o que estamos contemplando nas ruínas do naturalismo de mercado, imposto pelo dogma liberal, que o golpismo pós-moderno nos fez herdar: uma terrível construção humana, na qual se confundem a volta pobreza extrema, a submissão completa do Estado e da Política aos mercados financeiros, a dilapidação criminosa dos nossos recursos naturais e a ascensão da brutalidade fascista como viabilidade eleitoral.

Libertem Lula e deixem o país em paz!. Caso isso não ocorra, o Brasil provavelmente terá um Presidente ilegítimo – no próximo período – e o país poderá mergulhar numa longa noite de agonia, cujos desfechos são imprevisíveis. E o nosso rastro deixará uma desolação selvagem, como construção humana, onde só os mais fortes e os mais ricos -os poucos – sufocarão a vida e voz de milhões. Lula hoje, com seus defeitos, grandezas, brilhos e limites, é o Brasil aprisionado. Libertem Lula e deixem o país em paz!
(*) Tarso Genro foi Governador do Estado do Rio Grande do Sul, prefeito de Porto Alegre, Ministro da Justiça, Ministro da Educação e Ministro das Relações Institucionais do Brasil.
alfio Bogdan - Físico e Professor.

sábado, 9 de junho de 2018

dan2010: A pertinácia de uma mulher bela de conhecimento po...

dan2010: A pertinácia de uma mulher bela de conhecimento po...: A insustentável leveza de Gleisi Hoffmann | 9 de Junho de 2018   – A direita fascista não se irrita com a senadora Gleisi Hoffmann ap...

A pertinácia de uma mulher bela de conhecimento político...


 A direita fascista não se irrita com a senadora Gleisi Hoffmann apenas por sua incansável luta pela redemocratização do país. O que mais dói na direita fascista brasileira é sua insustentável leveza do ser. Eu poderia dizer que a "leveza" de Gleisi tem a ver com o fato de ela ser magra, esbelta e extremamente bonita, mas isso soaria antiquado e diversionista. 
Gleisi é magra, esbelta, linda. Sua elegância incomoda. Mas sua luta intransigente pela redemocratização do país e sua garra diante da situação inédita de terra arrasada, liderando o maior partido popular do Brasil (passa de 2,1 milhões de filiados/as) e sendo a transmutação da voz do maior líder político da história a elevam a uma nova categoria. 
Gleisi foi eleita presidente do PT com o apoio maciço do partido. A bênção de Lula, no entanto, deixou-a em uma posição de liderança pouco comum para um partido com tantos quadros e correntes. Gleisi é uma quase unanimidade porque ela aceitou o desafio de conduzir o partido nessa travessia dolorosa do golpe. Gleisi exerce talvez o papel mais importante que jamais um líder do PT exerceu.
Hoje, ela traduz e encarna o partido, a luta das mulheres, a luta pela democracia, a luta pela liberdade de Lula. Gleisi inspira, Gleisi encanta, Gleisi grita para todo o país todos os dias que a democracia vai voltar e vai voltar com as cifras da felicidade que habitam todo o espectro da esquerda nesse momento histórico. O país, não se enganem, corre um risco absolutamente inédito de perder o que lhe resta de identidade, a identidade de seu povo, não os mitos criados pela elite e que, estes sim, foram sendo perdidos após quatro governos extremamente democráticos. O país corre o risco de fragmentar sua soberania de maneira irrecuperável. O tombo institucional foi muito grande. Moro, FHC e poder judiciário como artífices de um ataque estrangeiro sem precedentes não representam o exotismo de um país carnavalesco e avacalhado apenas. É um parasitismo sério e com DNA subscrito: o DNA do mercado e dos EUA, no bojo da política imperialista sem limites e no limite de seu enfraquecimento (sabemos da China e do esfacelamento da sociedade americana diante de sua contradições e da saturação histórica de seu poder). De sorte - ou falta de - que estamos diante da mais dramática situação política e social da história do país. As riquezas naturais - depois do povo, o nosso maior patrimônio - estão sendo entregues de maneira torpe e ilegítima. A própria população está sendo jogada contra si através da Rede Globo e os gritos de separatismo ecoam perigosos nos centros financeiros e até acadêmicos.O Brasil não derrete como sempre derreteu, com suas instituições periodicamente falimentares e sua elite constantemente pusilânime e golpista. O Brasil derrete em sua soberania básica e em sua auto compreensão residual de país. É por isso que Gleisi Hoffmann encarna uma das mais emblemáticas líderes políticas da nossa história, já, neste momento em que ela surge como catalisador político e núcleo irradiador de decisões, sendo a voz em liberdade que Lula encontrou para exercer sua crescente e eterna ascendência sobre o povo brasileiro. 
Gleisi não é um "instrumento" de Lula, embora isso fosse também digno de honraria histórica. Até porque Lula, assim como a esquerda legítima, não entende as pessoas como vetores instrumentais, visão dominante no espectro da direita darwinista brasileira
Gleisi é persona, é dicção, é inteligência, é transparência, é coragem, é articulação, é o espírito incansável que não se intimida com o assédio misógino do poder judiciário nem com o jogo baixo da contra informação fake do jornalismo de guerra. Gleisi é, neste momento, o norte do país, seu destino e suas circunstâncias. O Brasil do futuro passa por Gleisi Hoffmann. Não foi à toa que Lula a escolheu e nela depositou toda a sua verve e inteligência política. Lula, mais uma vez, sabe com o que está lidando em termos de estatura espiritual e em termos de lealdade visceral. É bonito ver a relação profunda e intensa que Lula e Gleisi construíram juntos. 
Gleisi, portanto, passou a incomodar muito, quase tanto quanto Lula. Senadores tucanos e políticos golpistas em geral a temem, porque sabem da dimensão de sua palavra, investida de legitimidade e investida do discurso e do ethos de Lula. Gleisi não nega a origem nem o gênero. Lutou por Dilma como uma guerreira da mesma estatura da presidente legítima. Foram dois ícones na luta contra o impeachment sem crime. É evidente e admirável o quanto Gleisi e a própria Dilma cresceram após o impeachment. Hoje, ambas mal conseguem disfarçar o sorriso pleno da imensa vitória moral que lhes abastece a alma. Sorriso acompanhado de luta. Na noite de ontem em Contagem, enquanto sites fascistas espalhavam memes sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal, de pautar seu julgamento, Gleisi sorria. Sorria e empunhava sua força política e sua beleza insuportável para o horrendo golpe e seus machos velhos e feios. 
Sorria livre, leve e solta.
“Só é grave aquilo que é necessário, só tem valor aquilo que pesa.”“’Tem de ser assim’, Tomas repetia para si mesmo, mas logo começou a ter dúvidas: teria mesmo de ser?”“Mas o homem, porque não tem senão uma vida, não tem nenhuma possibilidade de verificar a hipótese através de experimentos, de maneira que não saberá nunca se errou ou acertou ao obedecer a um sentimento.”“…será que um acontecimento não se torna mais importante e carregado de significados quando depende de um número maior de circunstâncias fortuitas?”“Mas o amor nascente aguçou nela a percepção da beleza, e ela jamais esquecerá essa música. Toda vez que a ouvir, tudo o que acontecer em torno dela, nesse momento, ficará impregnado com seu brilho.
Do artista austríaco Christian Schloe
“Aquele que deseja continuamente ‘elevar-se’ deve esperar um dia pela vertigem. O que é a vertigem? O medo de cair? Mas porque sentimos vertigem num mirante cercado por uma balaustrada? A vertigem não é o medo de cair, é outra coisa. É a voz do vazio embaixo de nós, que nos atrai e nos envolve, é o desejo da queda do qual logo nos defendemos aterrorizados.”
“Mas era justamente o fraco que deveria saber ser forte e partir…”
“Aquilo que não é consequência de uma escolha não pode ser considerado como mérito ou fracasso. Diante de uma condição que nos é imposta, é preciso, pensa Sabina, encontrar a atitude certa. Parecia-lhe tão absurdo insurgir-se contra o fato de ter nascido mulher quanto glorificar-se disso.”
“Por mais cruel que tenha sido a vida, no cemitério sempre existe a mesma serenidade.”
“São precisamente as perguntas para as quais não existem respostas que marcam os limites das possibilidades humanas e que traçam as fronteiras da nossa existência.”“Os regimes criminosos não foram feitos por criminosos mas por entusiastas convencidos de terem descoberto o único caminho para o paraíso. Defendiam corajosamente esse caminho, executando, por isso, centenas de pessoas. Mais tarde ficou claro como o dia que o paraíso não existia e que, portanto, os entusiastas eram assassinos.”Clique na imagem para conhecer o livro.“Quando nos defrontamos com alguém que é amável, atencioso e delicado, é muito difícil ficar convencido a cada instante de que nada do que é dito é verdadeiro, de que nada é sincero. Para duvidar (contínua e sistematicamente, sem um segundo de hesitação), é necessário um esforço gigantesco e muita prática.”“Já havia compreendido que as pessoas se alegravam tanto com a humilhação moral do próximo, que jamais abriam mão desse prazer ouvindo explicações.”“No começo do Gênese está escrito que Deus criou o homem para reinar sobre os pássaros, os peixes e os animais. É claro, o Gênese foi escrito por um homem e não por um cavalo.”“Não estava certo de ter agido bem, mas estava certo de ter agido como queria.
Alfio Bogdan -Físico e Professor