sexta-feira, 30 de novembro de 2018
dan2010: CARTA AO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT
dan2010: CARTA AO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT: Companheiras e companheiros, Do fundo do meu coração, agradeço por tudo o que fizeram neste processo eleitoral tão difícil que vivemos...
dan2010: CARTA AO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT
dan2010: CARTA AO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT: Companheiras e companheiros, Do fundo do meu coração, agradeço por tudo o que fizeram neste processo eleitoral tão difícil que vivemos...
CARTA AO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT
Companheiras
e companheiros,
Do fundo
do meu coração, agradeço por tudo o que fizeram neste processo eleitoral tão
difícil que vivemos, absolutamente fora da normalidade democrática. Quero que
levem meu abraço e minha gratidão a cada militante do nosso partido, pela
generosidade e coragem diante da mais sórdida campanha que já se fez contra um
partido político neste país.
Agradeço
à companheira Gleisi Hoffmann e a toda a nossa direção nacional, por terem
mantido o PT unido em tempos tão difíceis; por terem sustentado minha
candidatura até as últimas consequências e por terem se engajado totalmente,
com muita força, na candidatura do companheiro Fernando Haddad.
Agradeço
ao companheiro Fernando Haddad por ter se entregado de corpo e alma à missão
que lhe confiamos. Ele enfrentou com dignidade as mentiras, a violência e o
preconceito. Saiu das eleições como um líder brasileiro reconhecido
internacionalmente.
Agradeço à companheira Manuela D’Ávila
e aos partidos que nos acompanharam com muita lealdade nessa jornada.
Saúdo os quatro governadores que elegemos,
em especial a companheira Fátima Bezerra, e também os que não conseguiram a
reeleição, mas não desistiram da luta nem dos nossos ideais. Saúdo os senadores
e deputados eleitos e todos os que, generosamente, se lançaram candidatos,
fortalecendo a votação em nossa legenda.
A luta extraordinária de vocês nos levou a alcançar 47
milhões de votos no segundo turno. Apesar de toda perseguição, de todas as
tramoias que fizeram contra nós, o PT continua sendo o maior e mais importante
partido popular deste país. E isso nos coloca diante de imensas
responsabilidades.
O povo brasileiro nos deu a missão de manter
acesa a chama da esperança, o que significa a defesa da democracia, do
patrimônio nacional, dos direitos dos trabalhadores e do povo que mais precisa.
Tudo isso está ameaçado pelo futuro governo, que tem como objetivo aprofundar
os retrocessos implantados por Michel Temer a partir do golpe que derrubou a
companheira Dilma Rousseff em 2016.
Esta
não foi uma eleição normal. O povo brasileiro foi proibido de votar em quem
desejava, de acordo com todas as pesquisas. Fui condenado e preso, numa farsa
judicial que escandalizou juristas do mundo inteiro, para me afastar do
processo eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral rasgou a lei e desobedeceu
uma determinação da ONU, reconhecida soberanamente em tratado internacional,
para impedir minha candidatura às vésperas da eleição.
Nosso adversário criou uma indústria de mentiras no
submundo da internet, orientada por agentes dos Estados Unidos e financiada por
um caixa dois de dimensões desconhecidas, mas certamente gigantescas. É
simplesmente vergonhoso para o país e para a Justiça Eleitoral que suas contas
de campanha tenham sido aprovadas diante de tantas evidências de fraude e
corrupção. É mais uma prova da seletividade de um sistema judicial que persegue
o PT.
Se
alguém tinha dúvidas sobre o engajamento político de Sergio Moro contra mim e
contra nosso partido, ele as dissipou ao aceitar ser ministro da Justiça de um
governo que ajudou a eleger com sua atuação parcial. Moro não se transformou no
político que dizia não ser. Simplesmente saiu do armário em que escondia sua
verdadeira natureza.
Eu
não tenho dúvida de que a máquina do Ministério da Justiça vai aprofundar a
perseguição ao PT e aos movimentos sociais, valendo-se dos métodos arbitrários
e ilegais da Lava Jato. Até porque Jair Bolsonaro tem um único propósito em
mente, que é continuar atacando o PT. Ele não desceu do palanque e não pretende
descer. Temos de nos preparar para novos ataques, que já começaram, como vimos
nas novas ações, operações e denúncias arranjadas que vieram neste primeiro mês
depois das eleições.
Jair
Bolsonaro se apresentou ao país como um candidato antissistema, mas na verdade
ele é o pior representante desse sistema. Foi apoiado pelos banqueiros, pelos
donos da fortuna; foi protegido pela Rede Globo e pela mídia, foi patrocinado
pelos latifundiários, foi bancado pelo Departamento de Estado norte-americano e
pelo governo Trump, foi apoiado pelo que há de mais atrasado no Congresso
Nacional, foi favorecido pelo que há de mais reacionário no sistema judicial e
no Ministério Público, foi o verdadeiro candidato do governo Temer.
Não teve
coragem de participar de debates no segundo turno, de confrontar conosco suas
ideias para a economia, o desenvolvimento, a geração de empregos, as políticas
sociais, a política externa. E vai executar um programa ultraliberal, de
entreguismo e privatização, que não foi apresentado aos eleitores e muito menos
aprovado nas urnas.
Ele explorou o desespero das pessoas com a violência; a
indignação com a corrupção e a decepção com os políticos. Mas não tem respostas
concretas para nenhum desses desafios. Primeiro porque a proposta dele para
segurança é armar as pessoas, o que só vai aumentar a violência. Segundo,
porque Sergio Moro e a Lava Jato premiaram os corruptos e corruptores da
Petrobrás. A maioria está solta ou em prisão domiciliar, gozando as fortunas
que roubaram. E por fim, Bolsonaro é, de fato, o representante do sistema
político tradicional, que controla a economia e as instituições no país.
As mesmas pessoas que elegeram Bolsonaro vão julgá-lo
todos os dias, pelas promessas que não vai cumprir e pelo que vai acontecer em
nosso país. Temos de estar preparados para continuar construindo, junto com o
povo, as verdadeiras soluções para o Brasil, pois acredito que, por mais que
queiram, não vão conseguir destruir nosso país.
O PT nasceu na oposição, para defender a democracia e os
direitos do povo, em tempos ainda mais difíceis que os de hoje. É isso que
temos de voltar a fazer agora, com o respaldo dos nossos 47 milhões de votos,
com a responsabilidade de sermos o maior partido político do país.
E como diz a companheira Gleisi, não temos de pedir
desculpas por sermos grandes, se foi o eleitor que assim decidiu. Queremos e
devemos atuar em conjunto com todas as forças da esquerda, da centro-esquerda e
do campo democrático, num exercício cotidiano de resistência.
Temos de voltar às ruas, às fábricas, aos bairros e
favelas, falar a linguagem do povo, nos reconectar com as bases, como disse o
Mano Brown. Não podemos ter medo do futuro porque aprendemos que o impossível
não existe.
Até o dia do nosso reencontro, fiquem com um grande
abraço do
Luiz Inácio Lula da Silva
terça-feira, 27 de novembro de 2018
Eduardo Vieira Martins ao colunista de O Globo Merval Pereira:
Carta do Médico da Fiocruz, Eduardo Vieira Martins
ao colunista de O Globo Merval Pereira:
Merval,
Trabalho há 45 anos na área de
saúde pública tendo trabalhado na Secretaria de Saúde de Minas Gerais e na
Fundação Oswaldo Cruz.
Posso lhe afirmar que conheço bem
os sistemas de saúde em praticamente todos os estados no Brasil em centenas de
municípios da Amazônia ao Rio Grande do Sul.
Em sua coluna "uma crise
política" você foi extremamente infeliz pois citou dados e informações que
são totalmente inverídicas que passo a citar agora.
Atualmente em cerca de 2.800
municípios não existem médicos porque os que se formam no Brasil se recusam a
trabalhar em localidades pequenas onde não existe a possibilidade de terem clínicas
privadas. Na região Amazônica e no Nordeste chegaram a receber salário dobrado
e casa para morar e ali não se fixaram.
Os médicos formados em Cuba são
treinados para a atenção médica integral no modelo de saúde da família em que o
profissional, clinico geral, exerce sua atividade obedecendo à lógica de saúde
integral de prevenção, promoção e intervenção. Nos Estados Unidos existe o
"family doctor" que trabalha nessa lógica e é o médico que quando
necessário encaminha seus pacientes aos especialistas. Esse é o modelo
preconizado no SUS, que não se aplica bem no Brasil uma vez que aqui os médicos
são formados na lógica da especialidade e da intervenção e nunca da promoção e
da prevenção.
Se você comparar os índices de
saúde, preconizados pela Organização Mundial da Saúde, pode verificar que os
números de Cuba estão nos níveis da Europa e de outros países avançados e no
Brasil os resultados são absolutamente lamentáveis pois não prevenimos nem
promovemos a saúde. Esperamos as pessoas adoecerem e entrarem nas filas de
atendimento, onde por vezes morrem, o que infelizmente assistimos diariamente
nos telejornais do Brasil.
Se você tiver a curiosidade de
verificar os indicadores de saúde dos municípios onde esse médicos vem
trabalhando poderá constatar a melhoria significativa nos níveis de saúde
daquelas populações.
Se você não sabe, a Organização
Pan Americana de Saúde que é a gestora do convênio Brasil Cuba é uma
instituição extremamente séria e jamais aceitaria colocar médicos "em
trabalho escravo" ou médicos sem formação adequada em um de seus
programas. Seria bom que você procurasse essa instituição antes de afirmar, aos
seus leitores mais esclarecidos as mentiras do seu texto.
Lamento que você, um membro da
ABL, que para mim tinha alguma credibilidade, se preste a escrever um texto
totalmente sem fundamento, com conclusões erradas. Sugiro que em suas próximas
colunas, sobre temas que você não tem o conhecimento básico, procure se
informar melhor e escute especialistas da área e não, como neste caso um
ortopedista e médico do esporte, de um hospital de emergência da Zona Sul do
Rio de Janeiro.
Eduardo Vieira Martins -DSC FIOCRUZ tem
graduação em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal de Minas Gerais
(1973), especialização em Saúde Pública (ENSP) e Tecnologia Farmacêutica
(U.Gent, Bélgica) mestrado e doutorado em Ciência da Informação pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é tecnologista III da Fundação Oswaldo
Cruz. Possui experiência nas áreas de Saúde Coletiva, produção e inovação em
medicamentos e vacinas.
Alfio Bogdan – Físico e Professor – nalista em acidente de
trânsito.
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
dan2010: Previa o avanço da Extrema Direita na política Nac...
dan2010: Previa o avanço da Extrema Direita na política Nac...: Entrevista de Haddad à Monica Bergamo da FSP. SÃO PAULO Candidato a presidente derrotado nas eleições, Fernando Haddad (PT-SP)...
Previa o avanço da Extrema Direita na política Nacional
Entrevista de Haddad à Monica Bergamo da FSP.
SÃO PAULO
Candidato a presidente derrotado nas eleições, Fernando Haddad (PT-SP) diz que há dois anos
previa que a “extrema direita” teria espaço na política nacional. Afirma que
errou em uma previsão: a de que João Doria (PSDB-SP) lideraria esse campo como
um “PSDB bolsonarizado”.
Em sua
primeira entrevista desde a eleição, Haddad afirma que não pretende dirigir o
PT nem sua fundação, mas que militará pela formação de frentes em defesa dos
direitos sociais e civis.
Fernando
Haddad em sua casa, em São Paulo, durante entrevista à Folha - Marlene
Bergamo/Folhapress
Para ele, a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) mostrou que o país vive num sistema híbrido, em que o
autoritarismo cresce dentro das instituições democráticas.
O resultado das eleições deste ano já foi definido
como tsunami, implosão do sistema. Qual é a sua visão, de quem foi o derrotado? [sorrindo] Antes de mim tiveram uns 12 [derrotados],
né?
O senhor personificou a derrota. Há dois anos, eu
te dei uma entrevista. E talvez tenha sido um dos primeiros a dizer: “É
muito provável que a extrema direita tenha espaço na cena política nacional”.
Eu dizia: ...
...“Existe uma onda que tem a
ver com a crise [econômica] de 2008, que é a crise do neoliberalismo, provocada
pela desregulamentação financeira de um lado e pela descentralização das
atividades industriais do Ocidente para o leste asiático”.
Os EUA estavam perdendo plantas
industriais para a China. E a resposta foi [a eleição de Donald] Trump. Isso
abriria espaço para a extrema direita no mundo. Mas a extrema direita dos EUA
não tem nada a ver com a brasileira. Trump é tão regressivo quanto o Bolsonaro.
Mas não é, do ponto de vista econômico,
neoliberal. E o chamado Trump dos trópicos [Bolsonaro] é neoliberal.
Trump apoia
Bolsonaro.
Ele
precisa que nós sejamos neoliberais para retomar o protagonismo no mundo, e
tirar a China. Está havendo, portanto, um quiproquó: os EUA negam o
neoliberalismo enquanto não nos resta outra alternativa a não ser adotá-lo.
E por quê? A
crise mundial acarretou a desaceleração do crescimento latino-americano e a
consequente crise fiscal. No continente todo houve a ascensão de governos de
direita — no caso do Brasil, de
extrema direita.
Por
que o centro político não conseguiu responder a
essa crise? Eu
imaginava [há dois anos] que o [João] Doria, que é essencialmente o Bolsonaro,
fosse ser essa figura [que se elegeria presidente]. Achava que a elite
econômica não abriria mão do verniz que sempre fez parte da história do Brasil.
As classes dirigentes nunca quiseram parecer ao mundo o que de fato são.
O quê? O Bolsonaro. Já o
Doria seria um PSDB bolsonarizado, mas com aparência tucana. Eu apostava nele.
E por
que não no Lula? Eu já fazia a ressalva: “Eu não sei o que vão fazer com o Lula”. Está
claríssimo que, se não tivessem condenado
o Lula num processo frágil, que nenhum jurista sério reconhece como robusto,
ele teria ganhado a eleição. Eu fiz 45% dos votos [no segundo turno]. Ele teria
feito mais de 50%.
Mas isso inverte todo o seu raciocínio sobre a
ascensão da direita. O
Lula tem um significado histórico profundo. Saiu das entranhas da pobreza,
chegou à Presidência e deixou o maior legado reconhecido nesse país. Ele teria
força para conter essa onda.
Eu dizia: “Tem que ver se vão
deixar o Lula concorrer e como o Ciro vai se posicionar”. O Lula foi preso e o
Ciro não soube fazer a coalizão que o levaria à vitoria, que só poderia ser uma
coalizão com o PT.
Ele diz que foi traído miseravelmente pelo partido. Ele não quis fazer
[a coalizão]. Uma das razões foi declarada pelo [filósofo Roberto] Mangabeira
[Unger, aliado de Ciro] nesta casa. Ele dizia: “Nós não queremos ser os continuadores do lulismo.
Não queremos receber o bastão do Lula. Nós queremos correr em raia própria". Palavras dele. Eles não queriam ser
vistos como a continuidade do que julgavam decadente. Apostavam que, com Lula
preso, o PT não teria voto a transferir. Aconteceu exatamente o oposto.
Mas o
Lula estava disposto a passar o bastão? Sempre depende dos termos da conversa, que não aconteceu.
Ciro diz que sim e que até foi convidado para
fazer o papel lamentável que o senhor fez. Não houve uma reunião entre o Ciro e o Lula. No final, [quando
ficou claro que Lula não poderia concorrer], ele foi sondado por mim e por
todos os governadores do PT. Eu sou amigo, gosto do Ciro. Mas ele errou no
diagnóstico. E pode voltar a errar se entender que isolar o PT é a solução para
o seu projeto pessoal.
O PT elegeu uma bancada expressiva,
quatro governadores, fez 45% dos votos no segundo turno, 29% no primeiro. É até
hoje o partido de centro-esquerda mais importante da história do país.
Outras
legendas repetem que o PT não abre mão da hegemonia. O PT é um player no
sentido pleno da palavra. É um jogador de alta patente, que sabe fazer
política. Sabe entrar em campo e defender o seu legado.
O
senhor disse em 2016 que o PT não teria mais a hegemonia da esquerda. O próprio Lula
considerava o [então governador de PE] Eduardo Campos candidato natural para
receber apoio do PT em 2018, se tivesse aceitado ser vice da Dilma [em 2014].
Todos dizem que não confiam no PT. Política é feita de confiança. E de risco,
né?
O PT é o mais forte partido de
centro-esquerda. Ao mesmo tempo, sofre rejeição que daria a ele pouca
perspectiva de vitória. Aí
entramos nas questões circunstanciais da eleição, com episódios importantes. O
atentado [contra Bolsonaro] deu
a ele uma visibilidade maior do que a soma de todos os outros
candidatos.
Houve efetivamente intensa
mobilização de recursos não contabilizados para [financiar] o disparo
de notícias falsas sobre mim. Houve a
ausência do Bolsonaro nos debates. E eu penso que teria sido importante que
os democratas tivessem se unido no segundo turno.
O que
aconteceu? Olha,
eu não consegui falar com o Ciro até hoje. Sobre ele e o Fernando Henrique
Cardoso [que também se recusou a dar apoio ao PT], eu diria, a favor deles: os
dois tinham três governadores [em seus próprios partidos] disputando a eleição
fazendo campanha para o Bolsonaro. O PDT [de Ciro] é um partido de esquerda,
“pero no mucho”.
E a
partir de agora? Eu já tentei falar com o Cid [Gomes, irmão de Ciro]. Falei com o PDT,
com o PC do B e o PSB. É obrigação nossa conversar. Entendo que devemos
trabalhar em duas frentes: uma de defesa de direitos sociais, que pode agregar
personalidades que vão defender o SUS, o investimento em educação, a proteção
dos mais pobres. A outra, em defesa dos direitos civis, da escola pública
laica, das questões ambientais.
O PT dificilmente poderia liderar essas
frentes. Não é uma
questão de liderar. O PT tem que ajudar a organizar.
No Brasil está sendo gestado o que
eu chamo de neoliberalismo regressivo, decorrente da crise econômica. É uma
onda diferente da dos anos 1990. Ela chega a ser obscurantista em determinados
momentos, contra as artes, a escola laica, os direitos civis.
É um complemento necessário para
manter a agenda econômica do Bolsonaro, que é a agenda [do presidente Michel]
Temer radicalizada.
Essa agenda não passa no teste da
desigualdade. Tem baixa capacidade de sustentação. Mas, acoplada à agenda
cultural regressiva, pode ter uma vida mais longa. Pode ter voto. Teve voto.
Essa pauta mobiliza as pessoas
criando inclusive ficções. Eu permaneci à frente do MEC por oito anos. As
expressões “ideologia
de gênero” e “escola
sem partido” não existiam. Era uma agenda de ninguém. Ela foi criada,
ou importada, como um espantalho para mobilizar mentes e corações.
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
dan2010: Guerra ao fundamentalismo religioso - Prof. Anton...
dan2010: Guerra ao fundamentalismo religioso - Prof. Anton...: Por Antonio Celso Purita Ferreira (Historiador, Cientista e Professor) "Devemos declarar guerra ao fundamentalismo religioso no Bras...
Guerra ao fundamentalismo religioso - Prof. Antonio Celso Purita Ferreira
Por Antonio Celso Purita Ferreira (Historiador, Cientista e Professor)
"Devemos declarar guerra ao fundamentalismo religioso no Brasil.
Desde a República, proclamada por militares positivistas, o Estado brasileiro se tornou Laico.
Como garantidoras da integridade do nosso território, as Forças Armadas tem o dever imperioso de assegurar a laicidade da República Federativa do Brasil, impedindo o avanço teocrático no país que poderá levar até à quebra da hierarquia militar.
Confio no general Villas Bôas e no Alto Comando Militar, que herdeiros dos princípios laicos da República e do Tenentismo, não aceitarão esse retrocesso medieval em nosso país.
Que Villas Bôas e o Alto Comando monitorem Bolsonaro de perto e, se necessário o afastem do governo, seja por métodos legais ou extra-legais!
É hora da nação brasileira se unir para deter a escalada evangélica, conspiração sionista internacional que reúne as seitas cristãs de direita nos Eua (Olavo de Carvalho é parte disso), sionistas colonos judeus e evangélicos brasileiros ligados a esses grupos que tem interesses em tomar nossas terras, água e recursos energéticos.
Estamos sob ataque de uma força terrorista perigosa e insolente.
Antes que seja tarde demais, precisamos nos unir em torno da defesa intransigente do Estado Laico, do Ensino Laico, da Ciência e da Cultura, ameaçados por bandos criminosos e conspiradores que usam da religião para seus propósitos de conquista e submissão dos povos e das culturas.
É preciso lutar para a retirada das concessões públicas de TV a igrejas - de todas as orientações -, fazer uma devassa nos templos e na vida dos pastores, quase todos ligados ao Narcotráfico.
Devemos exigir a prisão de Edir Macedo (conspirador perigoso), Silas Malafaia, RR Soares, charlatães que exploram economicamente a população pobre e ignorante.
É preciso fechar e lacrar o Templo de Salomão, não somos a Palestina, aqui não é lugar para salvar sionistas delirantes. Não queremos invasores sionistas em nossa terra. Brasil não é a Terra Santa mítica, lendária e a-histórica dos judeus.
É preciso fazer uma devassa no Judiciário, atualmente ocupado por juízes fundamentalistas, participantes do complô de destruição do Brasil.
É preciso impedir a presença de fundamentalistas religiosos nas escolas e universidades. Que eles abram suas próprias escolas. O ensino público é incompatível com qualquer tipo de orientação doutrinária.
Neopentecostalistas fundamentalistas são inimigos do povo brasileiro e devem ser combatidos com vigor, assegurando-lhes liberdade de culto e canais religiosos pagos, não abertos, e ao mesmo coibindo o roubo do dízimo dos fiéis.
Grande parte do povo brasileiro é cristã, mas nosso cristianismo é sincrético e tolerante. Não à intolerância fundamentalista evangélica. ===>Somos uma nação de crenças e rituais afro-indígenas, de católicos, de agnósticos, espíritas, budistas, muçulmanos e ateus. Não queremos ser controlados por pastores obtusos. Fora, pastores oportunistas e picaretas! <===
Sem o enfrentamento dos evangélicos sionistas, o Brasil será invadido, fragmentado e destruído. Diz ainda mais o professor:
Quando Israel voar pelos ares, sob bombardeio árabe, é para cá que os sionistas nazistas, invasores da Palestina, querem vir e tomar nossas riquezas.
Prestem atenção no Inimigo. Esse é o mais pernicioso. Acorda, esquerda sonolenta e míope que não consegue enxergar um palmo adiante no nariz!
Os sinais estão nítidos."
Alfio Bogdan - Físico e Professor, analista em acidente de trânsito.
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
dan2010: Movimento Brasil LIVRE E SOBERANO
dan2010: Movimento Brasil LIVRE E SOBERANO: Nós vamos ter um embate em muito pouco tempo. Ele terá como chefe uma pessoa que não tem ideia formada sobre nada. O presidente é folclóri...
Movimento Brasil LIVRE E SOBERANO
Nós
vamos ter um embate em muito pouco tempo. Ele terá como chefe uma pessoa que
não tem ideia formada sobre nada. O presidente é folclórico, nunca deve ter
lido um livro, não tem um plano de segurança nacional, não tem nada, o
presidente é feito de pequenas expressões que chocam, mas que agradaram um
eleitorado carente com essa ideia de corrupção, antipetista e tal”.
“Ele é
um péssimo juiz. Mas um homem competente, o que é diferente. É um homem que
hoje, do meu ponto de vista, ao sair de Curitiba e assumir o ministério da Justiça
de um presidente que ele ajudou a eleger, é um homem que usou o judiciário”.
“Nós
vamos ter um embate em muito pouco tempo. Ele terá como chefe uma pessoa que
não tem ideia formada sobre nada. O presidente é folclórico, nunca deve ter
lido um livro, não tem um plano de segurança nacional, não tem nada, o
presidente é feito de pequenas expressões que chocam mas que agradaram um
eleitorado carente com essa ideia de corrupção, antipetista e tal”.
“Assumir
o ministério no governo do Bolsonaro, sendo que ele foi talvez um dos
principais atores se não o principal ator, na pré-campanha e na campanha, como
um juiz atuando politicamente com prisões, com manifestações, com vazamento de
informações, foi um tapa na cara no judiciário”.
“Falar
por eufemismo que o cargo é técnico e não político, como Moro falou, é
desmerecer a inteligência de todo brasileiro. O ministério da Justiça é
político por excelência”.
“Moro
perdeu credibilidade, perdeu legitimidade e endossou essa ideia de que ele
sempre foi passional, e agora até pode se dizer partidário – mesmo que ele não
seja, essa decisão dele reforça uma ideia de partidarismo. Foi um tiro no pé”.
“Nós
estamos num momento tão dramático da vida nacional, que o Moro passou a ser um
fator positivo no governo do Bolsonaro. Então hoje o que nós temos é a visão de
que o elemento digamos de “esquerda” e garantista no governo, é o Moro. Não sei
nem em que país nós estamos.
Você
imagine um homem que condenou e prejulgou sem prova dezenas de pessoas, ele
agora vai ter como companheiro de ministério esse Onyx, vai ter talvez o Magno
Malta. Pra imagem dele é lastimável”.
“Eu acho
que ele deveria ser exonerado imediatamente, ou então o CNJ deveria tomar uma
providência. É porque nós temos um poder judiciário muito corporativo. É um
acinte ao judiciário ele dar uma entrevista como ministro da Justiça sendo juiz
somente afastado e não exonerado”.
“É um
homem com uma formação de direita, ele não tem nada de humanista. A visão do
processo penal dele é a mais retrógrada que nós podemos ver. É uma volta a um
autoritarismo penal. Ele é o atraso do atraso. É a direita penal”.
“Os
juízes das instâncias superiores estão estupefatos. Eu conversei com alguns
ministros, todos sem exceção me disseram, ‘olha, fique certo de que o poder
judiciário e o Supremo Federal resistirá. Nós não permitiremos nenhum tipo de
retrocesso’”.
“A
delação nada mais é do que o início de uma investigação. O Moro inverteu tudo,
ele patrocinava as delações, prendia as pessoas, dava publicidade para aquilo
que estava nas delações, fazia pré-julgamentos. Ele foi um juiz carrasco”.
Obrigado Elza Arroyo
Alfio Bogdan - Físico e Professor
terça-feira, 6 de novembro de 2018
dan2010: Moro se assemelhou a Giovanni Falcone. Nem fu!
dan2010: Moro se assemelhou a Giovanni Falcone. Nem fu!: Originalmente no DCM. O jornalista italiano Francesco Guerra desossou no site Next a analogia que Moro fez entre ele e o juiz italiano...
Moro se assemelhou a Giovanni Falcone. Nem fu!
Originalmente no DCM.
O jornalista italiano Francesco Guerra desossou no site Next a
analogia que Moro fez entre ele e o juiz italiano Giovanni Falcone.
Moro enviou mensagem à Ajufe (Associação dos Juízes
Federais do Brasil) sobre sua decisão de integrar o ministério de Jair
Bolsonaro.
“Lembrei-me do juiz Falcone, muito melhor do que
eu, que depois dos sucessos em romper a impunidade da Cosa Nostra, decidiu
trocar Palermo por Roma, deixou a toga e assumiu o cargo de Diretor de Assuntos
Penais no Ministério da Justiça, onde fez grande diferença mesmo em pouco
tempo”, escreveu.
Falcone morreu assassinado em 1992 por
Giovanni Brusca, a mando do mafioso Salvatore Riina.
Guerra criticou “o suposto legado de Giovanni
Falcone” reclamado por Sergio Moro.
Alguns trechos*:
A notícia é daquelas de tremer na base. Ontem,
durante uma de minhas muitas andanças pela internet, acabei lendo uma epístola
aos colegas e magistrados brasileiros do novo Superministro da Justiça Sergio
Fernando Moro, o juiz-herói da Lava Jato. (…)
Com base no que Moro se compara a
Giovanni Falcone é, realmente, um mistério. Entre as hipóteses: a) ter sido mal
aconselhado por alguém que conhece a história recente da Itália como eu a
história de Uganda, b) foi traído por uma tradução equivocada do Google
Translator, c) seu ego desmesurado.
Infelizmente para Moro, no
entanto, a comparação faz a água por todos os lados. É certamente verdade que
Falcone perseguiu com sucesso a Cosa Nostra, uma vez que ele, juntamente com
outros componentes do pool anti-máfia de Palermo, instruiu o julgamento da
maior máfia da história. (…)
Mas
Falcone atraiu mais inveja, calúnias e venenos de todos os tipos do que os
reconhecimentos ou celebrações públicos de Moro. (…)
Abandonar
o Judiciário não foi, portanto, uma manobra para irromper na política (…), mas
uma escolha extremamente dolorosa (…)
Um
magistrado não deve ser apenas honesto, mas também parecer honesto. Houve até
quem acusou Falcone, de maneira totalmente infundada, de defender os políticos,
mantendo os documentos sobre os chamados crimes políticos de Palermo encerrados
em gavetas. (…)
Sergio
Moro e sua gestão da Lava Jato, o chamado kit Lava Jato, para usar uma
expressão do advogado Rodrigo Tacla Durán, investigação essencialmente política
iniciada sistema judicial em 2014 pelo juiz de Curitiba ficam a uma distância
abismal do magistrado italiano.
Em suma, o super-ministro Moro,
bem como seus numerosos vassalos, devem ter a graça de deixar em paz Giovanni
Falcone, olhando possivelmente outros modelos de inspiração. Não é tão difícil
quanto parece, basta mover o olhar um pouco mais para o norte, de Palermo a
Milão ou, talvez, na direção de Montenero di Bisaccia.
*Tradução
de Miguel Enriquez
Alfio Bogdan - Físico e Professor - analista em acidente de trânsito.
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