A celeridade do processo contra Lula (Sérgio Moro decretou a prisão de Lula tão logo recebeu notificação da decisão de indeferimento do habeas corpus, mesmo sabendo que ainda era possível recorrer). Desde a denúncia à execução da pena transcorreram menos de dois anos. Contrasta de forma escandalosa com a lentidão de ações judiciais contra Temer e outros políticos da direita brasileira. Acatou-se a quebra do sigilo telefônico Temer embora tenha sido suspensa logo em seguida, a pedido da PGR. Não há como argumentar que essa inação foi bloqueada por manobras do poder político porque não se conhece igual ativismo do judiciário na denúncia dessas manobras e em procurar ultrapassá-las. Anota-se, também, o caso Eduardo Azeredo, tucano mineiro, preso já no limite da prescrição.
Mais há ainda outros questionamentos:
1º. Qual a legitimidade social e política do poder judicial para restringir direitos e liberdades fundamentais consagrados constitucionalmente?
2º. Como pode um cidadão ou a sociedade ficar à mercê de um poder que diz ter razões legais que a lei desconhece?
3º. Que confiança pode merecer um sistema judicial que cede a pressões militares ao ameaçarem com um golpe se a decisão fosse contrária à de suas preferencias?
4º. Ou sujeito às pressões estrangeiras, (já documentadas),
pelas ameaças de interferência do Departamento de Justiça, da Cia e do FBI dos EUA no sentido de agilizar a condenação e a consequente prisão de Lula?
Alfio Bogdan - Físico e Professor.
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