Na
terça-feira (3), em artigo publicado na Folha tucana, o jurista Ives
Gandra da Silva Martins — um dos fundadores da seita fascistóide Opus Dei no
Brasil no início da década de 1960 — defendeu a abertura do processo de
impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Já nesta quarta-feira, o mesmo
jornal informa que o advogado do ex-presidente FHC pediu ao renomado direitista
um parecer jurídico sobre esta hipótese golpista. Durante a ditadura militar, o
Opus Dei cresceu na sombra dos carrascos e torturadores; já o sociólogo FHC
teve que deixar o país — há quem até hoje questione o seu “exílio”. Agora,
porém, ambos estão unidos na orquestração contra o voto popular e a democracia.
Aos 84 anos de idade, o ex-presidente joga definitivamente a sua biografia no
lixo! Só falta aderir ao chicote e à cinta de silício dos adeptos mais
fanáticos da seita gestada no franquismo da Espanha.
Em seu artigo, Ives Gandra afirma que estudou os artigos da Constituição e que,
“à luz de um raciocínio exclusivamente jurídico, há fundamentação para o pedido
de impeachment da presidente Dilma Rousseff”. Ele também revela que atendeu ao
pedido do “eminente colega José de Oliveira Costa” para elaborar um parecer
sobre o assunto. Só não explicita que o “eminente colega” é advogado de FHC.
Sarcástico, Ives Gandra ainda fustiga que “fui contratado por ele — e não por
nenhuma empreiteira”. Falso moralista, ele acha que o povo já esqueceu os
inúmeros escândalos de corrupção da gestão tucana — como a bilionária
“privataria” das estatais e a compra de votos para a reeleição de FHC, entre outros
crimes.
Para o militante do Opus Dei, Dilma Rousseff é culpada pela “destruição da
Petrobras”. Descarado, ele não diz que a estatal quase foi destruída e
privatizada no triste reinado de FHC e que, nos últimos 12 anos, passou a
figurar como uma das maiores petroleiras do mundo. Ele conclui que a
insistência da presidenta Dilma “em manter a mesma diretoria que levou à
destruição da Petrobras está a demonstrar que a improbidade por culpa fica
caracterizada, continuando de um mandato ao outro. À luz desse raciocínio,
exclusivamente jurídico, terminei o parecer afirmando haver, independentemente
das apurações dos desvios que estão sendo realizadas pela Polícia Federal e
pelo Ministério Público (hipótese de dolo), fundamentação jurídica para o
pedido de impeachment (hipótese de culpa)”. O “parecer jurídico” é uma peça
eminentemente golpista, já desnudada por outros renomados juristas.
Antes da divulgação do artigo do militante do Opus Dei e da reportagem da Folha,
o próprio FHC já havia insinuado com a possibilidade da abertura do processo de
impeachment. No artigo intitulado “Chegou a hora”, publicado no Estadão de
domingo (2), o ex-presidente utilizou sua linguagem empolada, típica do
"sociólogo da Sorbonne", para indicar o caminho que a direita nativa
deve seguir no próximo período. Segundo o "príncipe da privataria", o
governo recém-eleito "já apodreceu". Prova disto são "as fraturas
expostas na base aliada", "os esguichos da Lava-Jato", a crise
energética e a retração da economia. Egocêntrico e ressentido, FHC não esconde
a sua inveja doentia e prega abertamente a via golpista.
Para FHC, a presidenta Dilma "não tem condições para liderar" as
mudanças políticas no país. "Daí minha insistência: ou há uma regeneração
'por dentro', governo e partidos reagem e alteram o que se sabe que deve ser
alterado nas leis eleitorais e partidárias, ou a mudança virá 'de fora'. No
passado, seriam golpes militares. Não é o caso, não é desejável nem se veem
sinais. Resta, portanto, a Justiça. Que ela leve adiante a purga; que não se
ponham obstáculos insuperáveis ao juiz, aos procuradores, aos delegados ou à
mídia. Que tenham a ousadia de chegar até aos mais altos hierarcas, desde que efetivamente
culpados". A solução para a crise, prega FHC, deve ser dar via Poder
Judiciário — um típico golpe paraguaio!
Esta
trama confirma que está selada a aliança entre FHC, a oposição demotucana e a
mídia golpista com a seita fascistóide Opus Dei. Como já disse, só falta o
velhaco ex-presidente utilizar a cinta de silício dos adeptos mais fanáticos da
seita!
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