terça-feira, 28 de julho de 2020
segunda-feira, 27 de julho de 2020
dan2010: carta dos 152 Bispos do Brasil
dan2010: carta dos 152 Bispos do Brasil: íntegra da carta Somos bispos da Igreja Católica, de várias regiões do Brasil, em profunda comunhão com o Papa Francisco e seu magistér...
carta dos 152 Bispos do Brasil
íntegra da carta
Somos bispos da Igreja
Católica, de várias regiões do Brasil, em profunda comunhão com o Papa Francisco
e seu magistério e em comunhão plena com a Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil, que no exercício de sua missão evangelizadora, sempre se coloca na
defesa dos pequeninos, da justiça e da paz. Escrevemos esta Carta ao Povo de Deus,
interpelados pela gravidade do momento em que vivemos, sensíveis ao Evangelho e
à Doutrina Social da Igreja, como um serviço a todos os que desejam ver superada
esta fase de tantas incertezas e tanto sofrimento do povo.
Evangelizar é a missão
própria da Igreja, herdada de Jesus. Ela tem consciência de que “evangelizar é
tornar o Reino de Deus presente no mundo” (Alegria do Evangelho, 176). Temos clareza
de que “a proposta do Evangelho não consiste só numa relação pessoal com Deus.
A nossa reposta de amor não deveria ser entendida como uma mera soma de
pequenos gestos pessoais a favor de alguns indivíduos necessitados […], uma
série de ações destinadas apenas a tranquilizar a própria consciência. A
proposta é o Reino de Deus […] (Lc 4,43 e Mt 6,33)” (Alegria do Evangelho,
180). Nasce daí a compreensão de que o Reino de Deus é dom, compromisso e meta.
É neste horizonte que nos
posicionamos frente à realidade atual do Brasil. Não temos interesses político-partidários,
econômicos, ideológicos ou de qualquer outra natureza. Nosso único interesse é
o Reino de Deus, presente em nossa história, na medida em que avançamos na
construção de uma sociedade estruturalmente justa, fraterna e solidária, como
uma civilização do amor.
O Brasil atravessa um dos
períodos mais difíceis de sua história, comparado a uma “tempestade perfeita”
que, dolorosamente, precisa ser atravessada. A causa dessa tempestade é a
combinação de uma crise de saúde sem precedentes, com um avassalador colapso da
economia e com a tensão que se abate sobre os fundamentos da República, provocada
em grande medida pelo Presidente da República e outros setores da sociedade,
resultando numa profunda crise política e de governança.
Este cenário de perigosos
impasses, que colocam nosso País à prova, exige de suas instituições, líderes e
organizações civis muito mais diálogo do que discursos ideológicos fechados.
Somos convocados a apresentar propostas e pactos objetivos, com vistas à
superação dos grandes desafios, em favor da vida, principalmente dos segmentos
mais vulneráveis e excluídos, nesta sociedade estruturalmente desigual, injusta
e violenta. Essa realidade não comporta indiferença.
É dever de quem se coloca
na defesa da vida posicionar-se, claramente, em relação a esse cenário. As
escolhas políticas que nos trouxeram até aqui e a narrativa que propõe a complacência
frente aos desmandos do Governo Federal, não justificam a inércia e a omissão
no combate às mazelas que se abateram sobre o povo brasileiro. Mazelas que se
abatem também sobre a Casa Comum, ameaçada constantemente pela ação
inescrupulosa de madeireiros, garimpeiros, mineradores, latifundiários e outros
defensores de um desenvolvimento que despreza os direitos humanos e os da mãe
terra. “Não podemos pretender ser saudáveis num mundo que está doente. As
feridas causadas à nossa mãe terra sangram também a nós” (Papa Francisco, Carta
ao Presidente da Colômbia por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente,
05/06/2020).
Todos, pessoas e
instituições, seremos julgados pelas ações ou omissões neste momento tão grave
e desafiador. Assistimos, sistematicamente, a discursos anticientíficos, que
tentam naturalizar ou normalizar o flagelo dos milhares de mortes pela COVID-19,
tratando-o como fruto do acaso ou do castigo divino, o caos socioeconômico que
se avizinha, com o desemprego e a carestia que são projetados para os próximos
meses, e os conchavos políticos que visam à manutenção do poder a qualquer preço.
Esse discurso não se baseia nos princípios éticos e morais, tampouco suporta
ser confrontado com a Tradição e a Doutrina Social da Igreja, no seguimento
Àquele que veio “para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo
10,10).
Analisando o cenário
político, sem paixões, percebemos claramente a incapacidade e inabilidade do
Governo Federal em enfrentar essas crises. As reformas trabalhista e
previdenciária, tidas como para melhorarem a vida dos mais pobres, mostraram-se
como armadilhas que precarizaram ainda mais a vida do povo. É verdade que o
Brasil necessita de medidas e reformas sérias, mas não como as que foram
feitas, cujos resultados pioraram a vida dos pobres, desprotegeram vulneráveis,
liberaram o uso de agrotóxicos antes proibidos, afrouxaram o controle de
desmatamentos e, por isso, não favoreceram o bem comum e a paz social. É
insustentável uma economia que insiste no neoliberalismo, que privilegia o
monopólio de pequenos grupos poderosos em detrimento da grande maioria da população.
O sistema do atual governo
não coloca no centro a pessoa humana e o bem de todos, mas a defesa intransigente
dos interesses de uma “economia que mata” (Alegria do Evangelho, 53), centrada
no mercado e no lucro a qualquer preço. Convivemos, assim, com a incapacidade e
a incompetência do Governo Federal, para coordenar suas ações, agravadas pelo
fato de ele se colocar contra a ciência, contra estados e municípios, contra
poderes da República; por se aproximar do totalitarismo e utilizar de expedientes
condenáveis, como o apoio e o estímulo a atos contra a democracia, a flexibilização
das leis de trânsito e do uso de armas de fogo pela população, e das leis do
trânsito e o recurso à prática de suspeitas ações de comunicação, como as
notícias falsas, que mobilizam uma massa de seguidores radicais.
O desprezo pela educação,
cultura, saúde e pela diplomacia também nos estarrece. Esse desprezo é visível
nas demonstrações de raiva pela educação pública; no apelo a ideias obscurantistas;
na escolha da educação como inimiga; nos sucessivos e grosseiros erros na
escolha dos ministros da educação e do meio ambiente e do secretário da
cultura; no desconhecimento e depreciação de processos pedagógicos e de importantes
pensadores do Brasil; na repugnância pela consciência crítica e pela liberdade
de pensamento e de imprensa; na desqualificação das relações diplomáticas com
vários países; na indiferença pelo fato de o Brasil ocupar um dos primeiros
lugares em número de infectados e mortos pela pandemia sem, sequer, ter um
ministro titular no Ministério da Saúde; na desnecessária tensão com os outros
entes da República na coordenação do enfrentamento da pandemia; na falta de
sensibilidade para com os familiares dos mortos pelo novo coronavírus e pelos
profissionais da saúde, que estão adoecendo nos esforços para salvar vidas.
No plano econômico, o
ministro da economia desdenha dos pequenos empresários, responsáveis pela
maioria dos empregos no País, privilegiando apenas grandes grupos econômicos,
concentradores de renda e os grupos financeiros que nada produzem. A recessão
que nos assombra pode fazer o número de desempregados ultrapassar 20 milhões de
brasileiros. Há uma brutal descontinuidade da destinação de recursos para as
políticas públicas no campo da alimentação, educação, moradia e geração de
renda.
Fechando os olhos aos
apelos de entidades nacionais e internacionais, o Governo Federal demonstra
omissão, apatia e rechaço pelos mais pobres e vulneráveis da sociedade, quais
sejam: as comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas, as populações das
periferias urbanas, dos cortiços e o povo que vive nas ruas, aos milhares, em
todo o Brasil. Estes são os mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus e,
lamentavelmente, não vislumbram medida efetiva que os levem a ter esperança de
superar as crises sanitária e econômica que lhes são impostas de forma cruel. O
Presidente da República, há poucos dias, no Plano Emergencial para
Enfrentamento à COVID-19, aprovado no legislativo federal, sob o argumento de
não haver previsão orçamentária, dentre outros pontos, vetou o acesso a água
potável, material de higiene, oferta de leitos hospitalares e de terapia intensiva,
ventiladores e máquinas de oxigenação sanguínea, nos territórios indígenas,
quilombolas e de comunidades tradicionais (Cf. Presidência da CNBB, Carta
Aberta ao Congresso Nacional, 13/07/2020).
Até a religião é utilizada
para manipular sentimentos e crenças, provocar divisões, difundir o ódio, criar
tensões entre igrejas e seus líderes. Ressalte-se o quanto é perniciosa toda
associação entre religião e poder no Estado laico, especialmente a associação
entre grupos religiosos fundamentalistas e a manutenção do poder autoritário.
Como não ficarmos indignados diante do uso do nome de Deus e de sua Santa Palavra,
misturados a falas e posturas preconceituosas, que incitam ao ódio, ao invés de
pregar o amor, para legitimar práticas que não condizem com o Reino de Deus e
sua justiça?
O momento é de unidade no
respeito à pluralidade! Por isso, propomos um amplo diálogo nacional que
envolva humanistas, os comprometidos com a democracia, movimentos sociais,
homens e mulheres de boa vontade, para que seja restabelecido o respeito à
Constituição Federal e ao Estado Democrático de Direito, com ética na política,
com transparência das informações e dos gastos públicos, com uma economia que
vise ao bem comum, com justiça socioambiental, com “terra, teto e trabalho”,
com alegria e proteção da família, com educação e saúde integrais e de
qualidade para todos. Estamos comprometidos com o recente “Pacto pela vida e
pelo Brasil”, da CNBB e entidades da sociedade civil brasileira, e em sintonia
com o Papa Francisco, que convoca a humanidade para pensar um novo “Pacto
Educativo Global” e a nova “Economia de Francisco e Clara”, bem como, unimo-nos
aos movimentos eclesiais e populares que buscam novas e urgentes alternativas para
o Brasil.
Neste tempo da pandemia que
nos obriga ao distanciamento social e nos ensina um “novo normal”, estamos
redescobrindo nossas casas e famílias como nossa Igreja doméstica, um espaço do
encontro com Deus e com os irmãos e irmãs. É sobretudo nesse ambiente que deve
brilhar a luz do Evangelho que nos faz compreender que este tempo não é para a
indiferença, para egoísmos, para divisões nem para o esquecimento (cf. Papa
Francisco, Mensagem Urbi et Orbi, 12/4/20).
Despertemo-nos, portanto,
do sono que nos imobiliza e nos faz meros espectadores da realidade de milhares
de mortes e da violência que nos assolam. Com o apóstolo São Paulo, alertamos
que “a noite vai avançada e o dia se aproxima; rejeitemos as obras das trevas e
vistamos a armadura da luz” (Rm 13,12).
Alfio Bogdan – Físico e
Professor
sábado, 25 de julho de 2020
dan2010: FIOCRUZ e o coronavirus - covid19
dan2010: FIOCRUZ e o coronavirus - covid19: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (T...
FIOCRUZ e o coronavirus - covid19
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Prezado Profissional,
Você está sendo convidado a participar da pesquisa “Condições de Trabalho dos Profissionais de
Saúde no Contexto da COVID-19 no Brasil” por estar atuando, diretamente, na
assistência durante o enfrentamento da pandemia. Essa pesquisa está sendo
realizada por uma equipe de pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública
(ENSP) e Centro de Estudos Estratégicos (CEE)/Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).
Sua contribuição nos ajudará a compreender e analisar as condições de vida e do
trabalho dos profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate da
COVID-19.
Sua participação se efetivará pelo preenchimento do
questionário (formulário digital)
disponível no link anexo. Esse questionário é anônimo e todas as informações
prestadas são sigilosas e os dados/informações serão divulgados agregados, de
forma a evitar qualquer possibilidade de identificação indireta. Sua
participação não é obrigatória: você pode desistir de participar ou se recusar
a responder determinada questão, sem lhe causar prejuízos ou danos, atuais ou
futuros, com a instituição promotora e/ou executora da pesquisa, assim como os
vínculos profissionais de trabalho. O tempo estimado para o preenchimento de
todas as questões é de vinte a trinta minutos e, ao clicar no botão ENVIAR, no
final do questionário, você estará firmando seu CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO em participar voluntariamente desta pesquisa.
A proposta do projeto pesquisa é gerar dados e
informações que auxiliem as entidades de classe na elaboração e fundamentação
de propostas de mudanças para o nosso Sistema de Saúde, além de subsidiar o
desenvolvimento de ações estratégicas e políticas públicas, relacionadas à
gestão e melhorias das condições de trabalho dos profissionais de saúde
atuantes na linha de frente durante emergências sanitárias. Dessa forma, os
benefícios aos participantes da pesquisa poderão ser diretos – através da
conquista de melhores condições de trabalho e remuneração – e indiretos – em
termos de retorno social, com a melhoria das condições de trabalho dos
profissionais de saúde acarretando uma melhor
qualidade na assistência à saúde da população.
A pesquisa e esse questionário foram aprovados pela
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, CAAE 32351620.1.0000.5240. Se você
tiver dúvidas quanto à condução ética desse estudo, pode contatar o Comitê de
Ética em Pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca -
ENSP/FIOCRUZ, Rua Leopoldo Bulhões, 1480 – Térreo - Manguinhos - Rio de Janeiro
– RJ - CEP: 21041-
210.
Tel. do CEP/ENSP: (21) 2598-2863. E-mail: cep@ensp.fiocruz.br; http://cep.ensp.fiocruz.br. Se desejar,
consulte ainda a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). A CONEP
elabora e atualiza as diretrizes e normas para a proteção dos participantes de
pesquisa e também coordena a rede de Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) das
instituições. Tel. da CONEP: (61) 3315-5877; E-mail: conep@saude.gov.br.
Após a conclusão da pesquisa de campo, os dados serão
analisados e publicados em formato de Relatório pelo CEE/ENSP-FIOCRUZ
conjuntamente com as instituições parceiras deste estudo, com a divulgação em
eventos públicos e/ou periódicos científicos. Qualquer dúvida no preenchimento
do questionário, ou referente ao estudo, entre em contato com a Pesquisadora
Responsável pela pesquisa, a pesquisadora da ENSP/FIOCRUZ, Dra. Maria Helena
Machado, por meio do telefone: (21) 97915-2324, ou e-mails: machado@ensp.fiocruz.br/helenamachado@uol.com.br.
Endereço: Rua Leopoldo Bulhões, 1480, sala 706 - Manguinhos, Rio de Janeiro -
RJ, CEP: 21041-210.
Agradecemos
sua participação. Clique AQUI se desejar imprimir esse TCLE.
Profª.
Drª. Maria Helena Machado
Coordenadora
geral da pesquisa
segunda-feira, 13 de julho de 2020
quarta-feira, 8 de julho de 2020
domingo, 5 de julho de 2020
metro quadrado
Metro quadrado (m^2).
Metro quadrado é uma unidade de medida de área. Um metro quadrado é a área de um quadrado de um metro de lado. O terreno onde se localiza minha casa tem oitocentos metros quadrados [800 m^2]. Deixemos a Geometria de lado. [(20mx40m!?) Nunca abandonemos a geometria, pois sem ela e sem um posicionamento correto, de nada nos adianta o GPS]
Vamos tecer algumas considerações sobre Cultura. Cultura é a quantidade de conhecimentos que acumulamos, principalmente, através do Estudo. Independe, pois, da Inteligência e, depende do esforço do Estudante. Evidentemente um Estudante Inteligente pode acumular mais Conhecimentos, em menor Tempo. Certamente com menor Esforço. Mas, o que é Inteligência? É a Capacidade de se estabelecer Relações entre Conhecimentos [transferir conhecimento!?]. Pode-se, então, ser muito culto sem ser inteligente. Como se avalia a cultura? Através de testes ou provas de conhecimentos. E a inteligência, como se avalia? Por meio de problemas! Podemos dizer, então, que inteligência é a capacidade de resolver problemas correta e o mais rapidamente possível.
Deixemos as definições e os conceitos pra lá! Tudo, na vida se moderniza. Seja no bom, seja no mau sentido. Hoje existem conceitos, e não definições, diferentes de quase tudo que existia. Por exemplo: media-se a área de um terreno usando-se trenas. Para áreas muito grandes faziam-se levantamentos planialtimétricos com os incômodos teodolitos. Hoje com celulares, GPS ou, ainda, por meio de satélites!
E, para medir e comparar culturas? Terão surgidos novos processos? Certamente sim. Mas surgiu um método, novo, mas horroroso! A Cultura, hoje, parece ser mais bem medida por metros quadrados! Trocando em miúdos ( Ah! Chico, se não fosse você!) quanto mais metros quadrados tiverem suas estantes, de livros, maior sua cultura! [como ficaria Sócrates neste conceito? Nada escreveu e nada consultava.] Há pouco, vendo uma “live” (Grrrrrrrr!) com um cidadão, aliás muito culto e competente, não sei se foi seu desejo ou de quem armou o cenário, a câmera foi, adrede, localizada, “de esgueio” (Ah! Cecílio e seu Dicionário Caipiracicabano!)[esguelho?] para “pegar” toda a estante, que não caberia “de frente”! Já notaram que a grande maioria dos “cenários” dos postes é uma estante? Cheia de volumes de livros e que tais? Será que foram lidos ou vistos? [Não são das exatas!!] [Minha página tem na abertura uma gigantesca estante de livros]. Qual a razão de os comentaristas nas redes sociais se postarem tendo ao fundo uma bela estante de livros? [Mostrar cultura? Inteligência é que não é!]
De Porto Seguro, BA. Em 05/06/2020.
Jairo Teixeira Mendes Abrahão Professor Titular da ESALQ-USP.
Alfio Bogdan - Físico e Professor - analista em acidentes automobilísticos. OBS: devemos sempre estabelecer um referencial em relação ao qual os fenômenos, são definidos.
(Publicado com a anuência do autor).
quarta-feira, 1 de julho de 2020
dan2010: Que nos reservam os 80 anos!!!
dan2010: Que nos reservam os 80 anos!!!: Passei bonito pelos 18 anos, 30 anos, 40... e agora, “andar com fé eu vou”/ “Que a fé não costuma faiá, rumo aos 80 anos, quem sabe...!!! ...
Que nos reservam os 80 anos!!!
Passei
bonito pelos 18 anos, 30 anos, 40... e agora, “andar com fé eu vou”/ “Que a fé
não costuma faiá, rumo aos 80 anos, quem sabe...!!!
Gozado!
Nunca antes, em minha vida, me imaginava aos 80 anos. Tal como todo mundo, também
parti para minha empreitada — que é a vida —, e não tive tempo de me imaginar
tão longe. Embora tenha o conceito de que o “tempo é questão de prioridade”,
somente agora, às vésperas de chegar lá, tomo consciência de tratar-se de um
marco importante. Agora que estou próximo de abraçar a condição de “homem 8.0”,
vejo tudo que passei, com quem passei, por quem passei, para quem passei, resta-me
caminhar o trecho da estrada da vida muito menor do que o já caminhado e ponho-me
a pensar: Vive-se cada dia, aprendendo mais do que ensinando, com acertos e
erros que muitas vezes se reprisa — eis que erros com novas roupagens. Hoje, quando
ao desnudá-los, (os erros) percebo tê-los cometidos, seguramente, por carência
do estabelecimento das prioridades temporais. Apenas hoje percebo que entreguei
parte de minha vida para adquirir coisas que em nada me afetariam se não as
tivesse adquirido. Penso agora: vou fincar o pé, controlar o fôlego segurar o
ritmo das passadas — embora bem mais lentas — porque a faixa de chegada está à
vista. Quanto ao demais fica para a decisão “Do Criador”. Mas no trecho que tenho à frente não
me é dado direito a errar para retomar o caminho. Na melhor das hipóteses, tenho
que encontrar atalho eficiente. Lembro-me de um amigo de mais de 40 anos, Dr.
Said Issa Hallah, advogado de Ribeirão Preto — para o qual desenvolvi belos
trabalhos de análises de acidentes de trânsito —, quando da entrega de mais um
deles, ele exclamou: Alfio, disse-me com o seu vozeirão: «Siamo vecchi!!!»
Alfio Bogdan - Físico e Professor.
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