segunda-feira, 29 de junho de 2020

dan2010: Mundo hostil artigo do Prof. Aldo Fornazieri

dan2010: Mundo hostil artigo do Prof. Aldo Fornazieri: Aldo Fornazieri "Mundo hostil: Por algum motivo ancestral,os finais de tarde e as noites de domingo são sempre angustiantes para mim...

Mundo hostil artigo do Prof. Aldo Fornazieri

Aldo Fornazieri
"Mundo hostil: Por algum motivo ancestral,os finais de tarde e as noites de domingo são sempre angustiantes para mim. Essa noite que recem termina foi mais angustiante ainda por saber da partida do Thales Leite, que foi nosso aluno Conheci razoavelmente bem o Thales porque brigamos algumas vezes e conversamos várias. Uma, durante uma aula. Eu estava falando do Maquiavel e não lembro por que ele se alterou. Nas outras, quando eu era diretor. Ele era um rebelde incorrigível. Ele sempre pulava as catracas e brigava com os guardas. Então eles me chamavam. Mas eu funcionava mais como bombeiro. Não me lembro se cheguei suspender ele, mas uma advertência por escrito dei com certeza. O importante é que nunca ficamos de mal um com o outro e depois que ele saiu da Fespsp, sempre que nos encontrávamos falávamos do MST e das coisas da terra, assuntos que ambos gostávamos. Uma vez ele me trouxe uma erva lá de Santa Maria...erva-mate, claro. Mas o Thales era especial, uma alma boa, linda e rebelde. Me perguntei o por que da partida dele. Penso que ele partiu porque o mundo era muito hostil a ele e a forma que ele encontrou para se defender foi ser hostil ao mundo. Eu, como diretor, era hostil a ele, assim como as catracas, os guardas etc. Como pessoas penso que não fomos hostis um ao outro. O que o Thales nos diz é que, como seres humanos, precisamos ter mais cuidado uns para com os outros. Cuidado de cuidar, de acolher, não deixar que cada um de nós morra todos os dias nas profundezas das nossas solidões."
Alfio Bogdan - Físico e Professor

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Tributo ao Dr. Annibal Augusto Gama

Parabéns a Folha Ribeirão pela belíssima matéria com DR. ANNIBAL AUGUSTO GAMA:
Literatura do anonimato
Quase desconhecido, escritor de Ribeirão que estreou na literatura aos 76 anos já ganhou elogios de críticos importantes; também artista plástico, tem cerca de 200 quadros em sua casa.
LUIS FERNANDO WILTEMBURG
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
A recepção na casa de Annibal Augusto Gama já denota a erudição do anfitrião. A sala tem uma TV de tela grande que se perde em meio a centenas de livros e dezenas de quadros dele próprio.
Volumes e mais volumes se multiplicam nas estantes das salas de visita e de jantar.
Aos poucos, os livros começam a se empilhar na mesa de centro, à medida que são exibidos, aos poucos, pelo dono da casa, um senhor elegante, de cabeça e fala afiadas, com quase 89 anos --a serem completados em dezembro. São cerca de 5.000 em sua biblioteca, dos quais mais de 3.000 são literatura e o restante, da área jurídica.
Promotor aposentado com atuação importante em Ribeirão, Annibal é também escritor com sete livros publicados pela editora Funpec e artista plástico --embora não se considere um-- com cerca de 200 quadros pintados.
Também ilustra os próprios livros e outros, de amigos que lhe pedem o favor.
Em sua produção literária há romances, contos e poesias. Ainda tem, diz, pelo menos 30 outros livros prontos para serem publicados. Em breve, deve publicar o romance "Damião Damião".
O homem modesto, de conversa deliciosa, quase sempre com um cigarro nos dedos --fuma dois maços por dia--, já recebeu, pelos poucos livros que publicou, elogios em análises literárias feitas por críticos consagrados.
Um dos apreciadores é o escritor e crítico Affonso Romano de Sant'Anna, convidados da Feira do Livro de Ribeirão neste ano.
"Gama é um caso raro na literatura brasileira, porque começou tarde e nasceu pronto." De acordo com o crítico, em geral as pessoas começam a publicar ainda jovens, "quebrando a cara". Alguns se arrependem e, na maturidade, renegam sua obra.
"É uma pessoa que tem a consciência do que está fazendo, tanto na poesia, que é muito significativa, como nos contos", diz Sant'Anna.
Outros grandes veículos de comunicação foram além nos louros. Crítica de "O Estado de S. Paulo" escreveu que ele "mereceria estar entre os maiores nomes de nossa poesia do [fim do] século 20".
FORA DOS HOLOFOTES
Ainda assim, Gama segue praticamente no anonimato, que ele justifica com a falta do hábito de leitura do brasileiro e distribuição de livros deficitária pelas editoras.
Dos outros 30 prontos, pretende publicar mais algum? "Ah, não. Não vale a pena, ninguém lê", lamenta.
A opinião diverge da do neto. Eduardo Gama, 35, planeja o lançamento de "Damião Damião". Quer cuidar da diagramação à divulgação e logística, até em Curitiba.
Também gostaria de publicar outros títulos arquivados do avô, com quem mora, como o "Manual para Pentear Macacos" e o "Manual para Dirigir no Trânsito". Segundo Eduardo, são títulos divertidos e gostosos de ler. "Ideais para uma viagem."
NOVELISTA PRECOCE
A vasta obra de Gama foi acumulada durante toda a vida. O primeiro publicado, "Manual para Aprendiz de Fantasma", só saiu em 2001. Mas o primeiro que ele escreveu, recorda, data de quando tinha oito ou nove anos.
Foi um romance policial de cerca de 200 páginas, escritas a mão e à luz de lampião. Chamava-se "Vítimas de Satã" e se passava em Londres.
As novelas policiais, aliás, trazidas pelo pai à fazenda Rio Branco, em Rifaina, onde moravam, inspiraram o interesse do menino. Mais tarde, estudando em Franca, começa a publicar textos na imprensa local. E a paixão pelas letras nunca mais acabou --hoje é colunista do jornal de Ribeirão "A Cidade".
Gama estudou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da USP, em São Paulo. Como promotor, atuou em São Paulo e mais dez cidades da região, para onde resolveu se mudar.
"A Promotoria me deu oportunidade de conhecer muita gente, muitos tipos engraçados e outros, esquisitos", recorda. Ainda assim, diz que a inspiração não vem dos casos investigados pelo Ministério Público do Estado. Surge de qualquer coisa. Até uma simples palavra pode acender a imaginação.
Sua carreira profissional rendeu destaque no documentário "Texto & Testa", do também promotor Marcelo Pedroso Goulart.
Como leitor, idolatra, no Brasil, Machado de Assis e Eça de Queiroz. Do exterior, prefere os ingleses e franceses.
Seu interesse pelas artes plásticas surgiu quando estudava em São Paulo. A influência mais forte em seus traços são de Di Cavalcanti, com quem conviveu. "Era um tremendo gozador", afirma.
Brinca ao dizer que começou a pintar por necessidade, porque ia a exposições de arte e não tinha dinheiro para adquirir as obras. "Imagine se eu tivesse comprado um ou dois quadros do Di [Cavalcanti]. Imagina o quanto valeriam hoje?"
SENTIDO DA VIDA
Os quadros, assim como sua biblioteca, cobrem as paredes dos corredores e de seu escritório, na parte superior da casa. Nas pinturas, fica evidente seu primeiro grande amor, Jaçanan Silva Gama, a Nanãn. Os dois começaram a namorar quando ele tinha 18 anos. Casaram-se antes de ele concluir a faculdade. Só se separaram há seis anos, quando ela morreu.
Os quadros retratam a passagem dos anos da companheira. "A mulher é a família. Quando ela morre, a família se dispersa."
Annibal confessa que está "sem rumo" até hoje, depois da morte da mulher com quem viveu 70 anos.
"A vida perdeu o sentido para mim", afirma, com os olhos discretamente marejados, ao lembrar da mulher. A saudade provocada pela distância é amainada pela religiosidade. Católico, crê que a vida continua após a morte.
"Essa questão de crer ou não crer em Deus é insolúvel. Todos têm seus momentos de dúvida. Mas, pensar que morreu, acabou, é um absurdo", diz, mais exaltado. "Que sentido teria a vida? Posso pensar que minha mulher acabou?", questiona, novamente com o choro contido.
Depois, mais tranquilo, segurando o copo de uísque que toma todos os finais de tarde, fala com desenvoltura sobre autores, a necessidade de educação e dos políticos brasileiros --"não gosto de nenhum deles".
Em tom jocoso, mas com brilho nos olhos, se diz com vontade de lançar um jornal de oposição --"contra tudo".
Alfio Bogdan - Físico e Professor 

segunda-feira, 22 de junho de 2020

dan2010: Diferença!!!

dan2010: Diferença!!!: Diferença. ( me foi enviado pela amabilíssima  Colombrera Mirtes ) Às vezes me sinto obrigado a cogitar. Pelo menos para poder dizer qu...

Diferença!!!

Diferença. ( me foi enviado pela amabilíssima  Colombrera Mirtes )
Às vezes me sinto obrigado a cogitar. Pelo menos para poder dizer que existo. Pensava, então, em algo apaixonante: no amor! Já escrevi ser o amor o desejo de possuir. Aí as coisas começam a se complicar: o que é desejo e o que é posse! O melhor do pensar é que o pensamento nos leva onde quer que queiramos. Levei o meu pensamento para um campo fascinante. Campo fertilíssimo para produzir prazeres. Mas não nos esqueçamos que em campos férteis grassam, também os matos. Mato é o nome de plantas indesejáveis em local e momento impróprios. Aqui, também, surgem os desprazeres. Amor e ódio! Cheguei a pensar que amo a todos que conheço, mas o mais importante: descobri que não odeio ninguém! Claro que não foi sempre assim. Amo meus amigos, particularmente as amigas! Em priscas eras dizer amar um amigo era imperdoável, coisa de ”viado”. Era assim que se falava! Definições nos ajudam a entender a vida e a viver! Amar é desejar estar com uma pessoa, ou animal, ou qualquer ser, ou objeto. Como disse Renato Corte Real, ótimo humorista do meu tempo: “Bom mesmo é Moliére, referindo-se ao Teatro. Perceberam, certamente, que estou entrando em outro campo, talvez mais fértil, o de comparações. Ou de diferenças. Cheguei ao tema! Alvíssaras!
De um amigo, querido, Nivaldo recebi uma piada sobre diferença. Embora machista tem sua realidade e sua graça. Casal conversando, na cozinha. Sobre o casamento, claro. Disse ele a ela: casamento se assemelha muito à guerra. Aliás, só há uma diferença: na guerra você não tem que comer o inimigo! Perdoem-me as amadas amigas.
O que me levou a pensar foi algo que ocorreu ontem. Ouvia, sossegadamente música boa. Mais específicamente música clássica. Ouvia Camilo Saint Säens e sua, maravilhosa “Dança Macabra”. Gosto tanto que decidi ouvir diferentes interpretações. Todas belíssimas. Como soe acontecer em tais situações me empolgo e quero repartir o prazer com amigos que sei gostarem de Música. Dali passei a Bach, mais especificamente “Tocata e fuga”. Encontrei uma versão para violão (Edson Lopes) que não conhecia, sensacional! Também uma em órgão, grandiosa! Enviei-as a vários amigos, inclusiva para Maria Alba minha amada amiga de infância, exímia Pianista brazopolense, que em seus primeiros recitais no Clube Wenceslau Braz, dedicava-me, com um olhar, “Rapsódia húngara” nº 2 de Franz Liszt. Música renomada no Brasil por sua habilidade e, talento e “tesão” pela música, sua arte! Recebi em resposta pequena grande aula sobre Bach, música Barroca e interpretação. Aprendi a diferença entre gostar, e, mesmo Amar, música e Saber Música!
Ontem, por volta das duas horas argüi Mirtes sobre o almoço. Disse-me ela: não estou disposta! Vire-se! Claro que não é verdade, embora algumas vezes deve pensar assim. Disse, isso sim, que não queria comer nada e se eu me “virava”. Claro que me virei. Sou mineiro de “Brazópis”, uai! Pensei um pouco e decidi: vou comer Torresmo! Repararam o T maiúsculo? Proposital! Um belo pedaço de panceta, daquelas de “Diretoria” como diria Miécio. O melhor corte de carnes de Piracicaba, nos anos setentas. Esperei que descongelasse, cortei-a em pedaços generosos e temperei-os. Separei x ml de óleo, coloquei na panela, aqueci-o a t graus Celsius. Coloquei cuidadosamente os pedaços de panceta, temperados com sal, até o último. Cobertos pelo x ml de óleo fervente. Seria necessário que ficassem bem passados, mas, sem queimá-los. Onde está a “diferença”? Evitar queimaduras. Para não receber gotículas de óleo fervente basta fechar a panela! Só que ela deve ser “de pressão”, mas, sem a borracha de vedação. Então por que panela de pressão? Porque ela evita a emissão de borrifos ferventes! Você não se queima e pode abri-la a qualquer momento para acompanhar a fritura! Resultado: com uma garrafa de Heineken foi meu almoço como se estivesse no melhor "buteco" de "Belzonte"!

De Porto Seguro, BA, em 21/06/2020. Em plena Pandemia.
Jairo Teixeira Mendes Abrahão Professor Titular da ESALQ-USP.
Alfio Bogdan - Físico e Professor. 

terça-feira, 9 de junho de 2020

dan2010: Há pessoas que mesmo injustiçadas realizam coisas ...

dan2010: Há pessoas que mesmo injustiçadas realizam coisas ...: Hamilton Naki nasceu em 26 de junho de 1926, de uma família negra e pobre em uma pequena aldeia do estado de Cabo do Leste, na África do Su...

Há pessoas que mesmo injustiçadas realizam coisas boas.

Hamilton Naki nasceu em 26 de junho de 1926, de uma família negra e pobre em uma pequena aldeia do estado de Cabo do Leste, na África do Sul, de nome Ngcingane. Lá, ele completou seu curso primário. Com 14 anos, foi à procura de trabalho na Cidade do Cabo, arranjando emprego de jardineiro na Universidade da Cidade do Cabo.
Poucos anos depois, passou a trabalhar cuidando dos animais cobaias do laboratório.  Curioso e com vontade de aprender, transformou-se num faz tudo da clínica cirúrgica e foi se envolvendo nos procedimentos cirúrgicos em animais, incluindo suturas, anestesias e cuidados pós-operatórios. Apesar da sua carência de estudos formais, sua técnica e capacidade foram reconhecidas por Dr. Christiaan Barnard (primeiro médico a realizar um transplante de coração bem sucedido), que o requisitou para a sua equipe. Anos depois, Barnard teria dito: “se dada oportunidade, o Sr Hamilton Naki poderia ter sido melhor cirurgião que eu”. Durante o trabalho com Dr. Barnard, Naki se converteu em técnico de laboratório de pesquisa da Faculdade de Medicina, recebendo, assim, permissão especial para continuar suas pesquisas em cirurgia experimental, incluindo transplantes. Ele ensinava os estudantes de medicina e médicos recém-formados, técnicas cirúrgicas, embora nunca pudesse ter trabalhado como médico de humanos por causa das leis racistas do apartheid.
Há controvérsia sobre sua participação no primeiro transplante de coração bem sucedido entre seres humanos, feito em 3 de dezembro de 1967, quando foi retirado o coração de Denise Darvall, doadora do coração transplantado para Louis Washanky. O transplante foi realizado no Groote Schuur Hospital, na África do Sul. Por não ter diploma, ele não poderia ter participado da cirurgia, e, por ser negro, não poderia ter contato com pacientes brancos, a não ser como “médico clandestino”. Ele também não podia aparecer nas fotografias da equipe e, quando por acaso foi fotografado, foi identificado pela direção da faculdade como um simples faxineiro. Mas, mesmo registrado nos documentos do hospital como faxineiro e jardineiro, Naki recebia salário de técnico de laboratório, o mais alto do hospital para alguém sem diploma. Vivia em casebre de um quarto numa favela da periferia sem saneamento ou energia elétrica.

O fim do apartheid ocorreu em 1994, com a eleição de Nelson Mandela para a presidência da África do Sul.  Em 2002, como reconhecimento pelo seu trabalho, Naki foi condecorado com a Ordem Nacional de Mapungubwe, mais alta honraria por contribuição à ciência médica. Em 2003, recebeu um diploma honorário em medicina pela Universidade da Cidade do Cabo.Naki se aposentou em 1991, e, após quatro décadas de trabalho na Faculdade de Medicina, passou a receber o salário de jardineiro, cerca de 280 dólares, muito inferior ao de técnico de laboratório. Ele conseguiu doações de seus ex-alunos e continuou trabalhando como cirurgião em um ônibus adaptado como clínica móvel. Na época, o Dr. Barnard disse sobre Naki: “Foi um dos maiores pesquisadores de todos os tempos no campo dos transplantes de coração”.
Com o reconhecimento adquirido após o término do apartheid, Naki se tornou famoso mundialmente, mas nunca se lastimou pelas injustiças sofridas. Em um determinado momento, em entrevista, confirmou sua participação no primeiro transplante de coração:  ele teria extraído o coração da doadora. No entanto, não há quaisquer referências e registros “oficiais” sobre o fato. A história  desse transplante pioneiro atribui a Marius Barnard (irmão de Christiaan) e Teray O’Donovan a captação do órgão da doadora.
Naki morreu em 29 de  maio de 2005, aos 78 anos, em sua casa na cidade de Langa, próximo à Cidade do Cabo.
Em 2008,  foi lançado o filme HIDDEN HEART:Hamilton Naki and Christiaan Barnard-  A verdadeira história do primeiro transplante de coração. Direção de Cristina Karrer e Werner Schweizer. (www.hidden-heart.com).
Alfio Bogdan - Físico e Professor

dan2010: Depois de um tempo do Covid...

dan2010: Depois de um tempo do Covid...: Ana Paula Bogdan Pensei que fosse só uma chuvinha, apesar de saber que nunca fora uma gripezinha, mas achei que fosse pa...

Depois de um tempo do Covid...

Pensei que fosse só uma chuvinha, apesar de saber que nunca fora uma gripezinha, mas achei que fosse passar. Pensei que era o finzinho, mas estava só começando, que era o pico e ele ainda nem chegou! Pensei que o Brasil era quente o suficiente para que esse vírus não fosse tão resistente e que aqui nessa cidade, nem fosse chegar. E chegou! Pensei que não íamos encher os quartos que foram criados, que nem precisaríamos das equipes de plantão, mas não!
Sabia porém que as pessoas em sua maioria não iriam colaborar, que muitos nem iam acreditar e muito menos ajudar, infelizmente acertei! Achei que nosso governo não saberia lidar com isso e meteria os pés pelas mãos e se esse vírus chegasse aqui, seria uma situação calamitosa por falta de capacidade nas lideranças e aí quem fosse sério não ia aguentar e ia se mandar! E não foi?
Imaginei que pessoas mais humildes fossem escapar dessa, que o vírus trazido de fora ficaria nas elites, mas não! Ele chega nas casas onde sequer se consegue água para lavar as mãos.
E hoje, ainda nada sabemos. O pouco que já temos, são informações novas demais para confiar, mas a únicas que temos para usar. Temos que ser atentos e perceber qualquer saída que possa ajudar, não fazer besteira, não dizer asneiras para em vez de atrapalhar, ajudar.
Alguns projetos deram em nada, outros seguem a todo vapor e a medicina ainda sem verdades exatas, tenta errar menos e acertar mais, até que tudo possa ficar mais claro para todos nós.
Enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, faxineiros, todos seguem ajudando incansavelmente sem parar. Professores se desdobrando para não deixar a educação parar. Todos estamos lutando, mas tem alguns que ainda insistem em conturbar o processo e prejudicar ainda mais o que não tem mais como piorar.
E num mundo de pandemia, com mortes e muita família perdida, tem espaço para o racismo, o desprezo, e a parte ruim da polícia que quando a gente chama, em vez de proteger, vem matar.Tem gente que não respeita as vidas de outras gentes e as obrigam a trabalhar. Porque ninguém quer pegar no batente, fazer sua vida totalmente diferente, mas não explorar quem trabalha com medo, só para manter o seu emprego e para a comida não faltar.
Mudou para todo mundo, ninguém está seguro ou protegido de tudo, todo mundo tem que mudar os seu hábitos, arregaçar as mangas, limpar sua casa, lavar, passar, cozinhar, fazer o que precisar. Não é justo que alguns se refestelem em casas de campo, enquanto outros tem que ir junto para trabalhar para o outro descansar!
Tem cara de fim, mas parece um começo. Uma nova era que tem tudo para melhorar. Porque antigos preconceitos e conceitos ultrapassados vão ter que mudar. Porque para viver no mundo que virá, não terá espaço para tanta futilidade nem para tanta inutilidade. Teremos que ser mais humanos dos que os humanos que hoje há! Teremos que ser mais gente e respeitar mais os nossos iguais e também os animais, para haver harmonia nessa casa que é para todo mundo morar. E quem tem fome ou sede, vai ter que ser visto e passar a ter o que comer. Teremos que nos unificar, porque depois de tudo isso, quem não tiver consciência não terá mais como se encaixar.
Depois de toda tempestade vem a bonança e ainda que demore ela deve chegar! Então façamos cada um a nossa parte, porque o mundo é grande demais e tem muita gente precisando de ajuda e muita gente que pode ajudar. Para que quando essa nova terra chegar, estejamos prontos, à postos para servir, sorrir e festejar!
Que passe logo!
Maktub! 
Alfio Bogdan - Físico e Professor ( pai da autora) 

domingo, 7 de junho de 2020

dan2010: Painel Coronavírus já!!!

dan2010: Painel Coronavírus já!!!: A DPU pede ainda que a pasta adicione novamente ao Painel Coronavírus os dados apagados na sexta-feira Da AE, no  Correio do Povo A Def...

Painel Coronavírus já!!!

A DPU pede ainda que a pasta adicione novamente ao Painel Coronavírus os dados apagados na sexta-feira
Da AE, no Correio do Povo
A Defensoria Pública da União (DPU) entrou, neste sábado, com um pedido de liminar no plantão da Justiça Federal de São Paulo para obrigar o Ministério da Saúde a divulgar atualizações diárias e integrais do avanço dos casos e mortes de Covid-19 no País. A DPU pede ainda que a pasta adicione novamente ao Painel Coronavírus os dados apagados na sexta-feira.
O defensor João Paulo Dorini afirma que é dever do poder público informar correta e adequadamente à população todos os atos adotados no combate à disseminação da doença no Brasil.
“Não pode qualquer chefe do poder executivo, federal, estadual ou municipal, escolher ou não tomar providências de enfrentamento ao coronavírus. Isto é um dever do administrador público. Do mesmo modo que é um dever informar correta e adequadamente à população não só sobre as medidas que as pessoas devem adotar para evitar sua contaminação e a dos demais, mas também todos os atos adotados pelo poder público no combate à disseminação da doença”, diz o pedido da DPU.
Governo substitui portal sobre Covid-19 por site com informações básicas
Depois de retirar do ar por um dia o site que mantinha sobre informações detalhadas a respeito a Covid-19, o Ministério da Saúde atualizou a página na internet com informações básicas. O site traz apenas as informações sobre os casos de pessoas recuperadas da doença, os casos de novas contaminações e os óbitos. 

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro declarou que não teria mais dados em tempo de serem divulgados pelo Jornal Nacional, da TV Globo, às 20h30min. Desde a sexta-feira, 5, o governo tem sido criticado pela falta de transparência na manipulação dos dados. Lideranças políticas, instituições e representantes do Judiciário e Legislativo reagiram à decisão de reduzir a publicidade das informações.
Alfio Bogdan - Físico e Professor. 

quarta-feira, 3 de junho de 2020

dan2010: Carta de Gleisi sobre o Lula não ter assinado o ma...

dan2010: Carta de Gleisi sobre o Lula não ter assinado o ma...: Originalmente no 247. Leia a íntegra da carta de Gleisi Hoffman: "FHC maquinou com Aécio o golpe contra Dilma. Defendeu, repeti...

Carta de Gleisi sobre o Lula não ter assinado o manifesto


Originalmente no 247.
Leia a íntegra da carta de Gleisi Hoffman:

"FHC maquinou com Aécio o golpe contra Dilma. Defendeu, repetiu, deu vida ao argumento das pedaladas fiscais como crime de responsabilidade, mesmo sabendo que não era. Não vacilou em jogar o país na instabilidade. Defendeu, divulgou entusiasticamente a Lava Jato, que tinha por objetivo destruir o PT e suas lideranças, em especial Lula. Foram inúmeras vezes em que FCH disse que Lula não era um preso político, e sim um político preso", escreveu.
"Depois [FHC] apoiou entusiasticamente a ponte para o futuro [programa de governo] de Temer, cujo objetivo era a destruição de um estado de bem-estar social que começava a ser construído. A emenda constitucional 95 [que estabelece um teto para os gastos públicos] é a desestruturação de políticas públicas protetivas como SUS, educação, assistência social, além de impedir o Estado como indutor de desenvolvimento ao impor redução dos investimentos. Ambos [FHC e Temer] atentaram contra os trabalhadores ao proporem e apoiarem a reforma trabalhista, uma das ações legislativas mais perversas contra a classe trabalhadora, cujos efeitos estamos sentindo agora.
FHC nada disse sobre as Fake News contra PT, Lula e Haddad. Sabia quem era Bolsonaro e se calou diante de sua eleição, poque apoiava a pauta econômica neoliberal que vinha com o candidato e não foi discutida na campanha.
FHC e Temer não são vítimas das divulgações das Fake News e das maquinações da perseguição judicial. Muito pelo contrário, articularam e operaram situações para que elas prosperassem. FHC, principalmente, foi condutor ativo do processo que desembocou no que estamos vivendo.
Não vi nem ouvi em nenhum momento FHC reconhecer isso. Pousa de príncipe a ser conquistado, requerido, apoiado na defesa de uma causa nobre, a democracia, que ele ajudou a desidratar.
Resumir tudo isso a mágoa é reduzir Lula, simplificar, mais do que isso, desconhecer, desconsiderar o papel ativo que tiveram Temer e, principalmente, FHC, para as coisas chegarem onde estão.
Não atuaram desavisadamente, não foram levados pela conjuntura, operaram para que ela acontecesse. Isso faz muuuuita diferença
Sem problema assinar um manifesto em conjunto mesmo com tudo isso. Mas onde está o povo e seus direitos na democracia que está sendo defendida ali? Nenhuma palavra.
Se for para limpar currículo dos golpistas conscientes, pelo menos que os direitos do povo, a democracia concreta, seja defendida e desembarquemos todos dessa pauta neoliberal nefasta.
Quem te reduziu à magoa do Lula não tem dimensão política para fazer uma leitura crítica do processo, ou é Poliana ou tem má fé."
Alfio Bogdan - Físico e Professor - analista em acidentes de trânsito.