sábado, 25 de maio de 2019

Lamentamos as declarações de Ciro Gomes atacando o PT e nosso Presidente de Honra.

Da Comissão Executiva Nacional do PT.
1) O Partido dos Trabalhadores é parte de uma construção coletiva, liderada pelo ex-presidente Lula. Nascemos para mudar o Brasil e foi o que fizemos e continuamos fazendo ao longo de 39 anos: na luta pela democracia, na atuação na Constituinte, nas prefeituras e governos estaduais, na oposição ao projeto neoliberal, no apoio aos movimentos sociais e nos quatro mandatos presidenciais consecutivos conquistados pelo voto popular.
2) Em muitos desses momentos tivemos a companhia do PDT, partido pelo qual sempre nutrimos profundo respeito assim como às suas lideranças, a começar pelo o inesquecível Leonel Brizola.
3) Por isso mesmo, lamentamos profundamente as declarações dadas nesta segunda-feira (11/5) ao Jornal Valor Econômico pelo ex-candidato a presidente pelo PDT, Ciro Gomes. Ao atacar o PT,  Lula e nossa presidenta Gleisi Hoffmann, Ciro se alia aos que atacam a democracia, os direitos sociais e a esquerda brasileira.
4) O PT se orgulha do legado de Lula que o povo brasileiro já reconheceu por tantas vezes assim como o de nossa Presidenta Gleisi, de sua direção e de sua militância, e cobrará posicionamento do PDT sobre essas declarações que rompem com qualquer padrão de respeito e convivência.
5) O PT continuará defendendo a unidade das forças progressistas e democráticas do país para enfrentar o obscurantismo e a agenda de entrega do patrimônio nacional levada a cabo por Bolsonaro. É isso que o povo brasileiro espera de nós.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

dan2010: Compromisso na Paulista: Educar Bolsonaro

dan2010: Compromisso na Paulista: Educar Bolsonaro: "Temos que assumir um compromisso aqui: vamos educar o Bolsonaro. Ele precisa ser educado, precisa conhecer o Brasil. Vamos em nossa ...

Compromisso na Paulista: Educar Bolsonaro


"Temos que assumir um compromisso aqui: vamos educar o Bolsonaro. Ele precisa ser educado, precisa conhecer o Brasil. Vamos em nossa missão até que ele aprende alguma coisa", afirmou o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) para um público estimado em 120 mil pessoas na Avenida Paulista, na região central de São Paulo. Esta é a maior onda de protestos que o governo enfrentou, após anunciar cortes na educação.

Além dos cortes – de 30% no orçamento das universidades federais –, Jair Bolsonaro agrediu os que lutam por melhorias no setor. Chegou a chamar os manifestantes de "idiotas úteis", enquanto seu ministro da pasta, Abraham Weintraub, disse que as universidades brasileiras "promovem balbúrdia".
Haddad lamentou a postura do governo. "Precisamos de respeito para que as pessoas possam estudar em paz e se desenvolverem como cidadãos, membros da nossa comunidade política. Na hora que ele reunir a informação do que está acontecendo no Brasil, ele vai ficar muito apavorado. Belo Horizonte está cheio, Porto Alegre, Campinas, Recife, Fortaleza", disse. Mais de 40 cidades registraram grandes atos.

Dimitri Dimoulis, de 53 anos, foi para a Avenida Paulista com seu filho Hector, de 15. "Viemos protestar contra o desmonte do pouco que existe na educação pública. Está na Constituição que a educação é dever do Estado", disse Dimitri. Seu filho concordou: "Como cidadão, tenho direito de ter uma boa educação gratuita. Está na lei", disse.

Já a estudante da Universidade de São Paulo (USP) Jade Resende falou sobre os ataques do governo. "Os cortes na educação afetam muito o país todo. Para nós, que estamos na universidade pública, é um impacto muito grande. Estamos lá todo dia e vemos a importância. Sabemos que não é bagunça como o governo fala. Sabemos que sai muita coisa boa e fundamental par ao país. Esses cortes, sabemos que são prejudiciais."

Vinícius Araújo, que também estuda na USP, lembrou que, inicialmente, os cortes foram anunciados em universidades federais, mas acredita que isso pode mudar, se nada for feito. "Sabemos que anunciaram o corte de 30% das federais. Tudo que podem cortar. É importante que todos se mobilizem. Mesmo quem não é das federais vai sofrer com os cortes, porque o projeto é o mesmo. A mobilização deve ser contínua. É muito bom assumir a frente, lutar sem medo de nada. Não temos limites e ninguém vai nos parar."

Já Tainá Galvão, universitária e artista, comemorou a presença em massa de estudantes e trabalhadores. "Muito importante o dia de hoje. Temos que nos organizar enquanto base, enquanto povo. Temos que fazer isso e muito mais. 

Temos que estar juntos como coletivo porque eles têm medo da gente", afirmou, contando ter conversado com pessoas mais velhas durante a manifestação. "Nós vamos mudar alguma coisa. No metrô, encontrei com duas senhoras que disseram que fizeram tanto no tempo delas e elas não acreditam que estão de novo. Temos que nos unir, largar as redes sociais e vir na carne, para a rua."
Alfio Bogdan - Físico e Professor - 

quarta-feira, 8 de maio de 2019

dan2010: O maconheiro - como diz Bolsoloide - e o coxinha!!...

dan2010: O maconheiro - como diz Bolsoloide - e o coxinha!!...: Qual é a diferença entre o maconheiro da UFRJ e o coxinha engravatadinho? Em primeiro lugar, o maconheiro conseguiu passar para a UFRJ. O...

O maconheiro - como diz Bolsoloide - e o coxinha!!!

Qual é a diferença entre o maconheiro da UFRJ e o coxinha engravatadinho?
Em primeiro lugar, o maconheiro conseguiu passar para a UFRJ. O coxinha, não. O ódio começa ai.
Mas tem mais.
O boletim universitário, por exemplo. Pode anotar: o maconheiro da UFRJ tem notas melhores. Bem melhores.
O Maconheiro da UFRJ é mais inteligente, mais engraçado (porque é mais inteligente), mais curioso, mais crítico, mais questionador.
Ué, então o Maconheiro vai ganhar melhor do que o Coxinha engravatado?
Via de regra, não.
O coxinha engravatado, por ser menos inteligente, menos curioso, menos crítico, menos questionador, é uma peça de xadrez perfeita para o sistema da grana tal qual vivemos hoje. Ele escolherá trabalhos que executará sem questionamentos, como um soldado. E será bem pago.
O Maconheiro escolherá trabalhos mais criativos, mais desafiadores, mais difíceis, menos convencionais. E, fora exceções belíssimas, não é aí onde se encontra a grana.
A grana não está no bolso de quem cria. Está no bolso de quem repete da forma mais banal.
A grana não está no bolso de quem questiona. Está no bolso de quem obedece.
O Coxinha passará a vida odiando a liberdade que o Maconheiro tem. A Sexual. A criativa. A conjugal. A profissional.
O coxinha passará a vida odiando o maconheiro porque esse nunca o admirou, nunca o viu como inspiração para nada. Ao contrário. O Maconheiro sempre desprezou o coxinha, sua mediocridade, sua irrelevância, sua situação de peão passivo no tabuleiro da vida.
O Brasil viveu uma revolução coxinha. Eles foram elevados ao grau de cidadão de bem.
E esse ódio acumulado está cobrando sua fatura. A falta de brilho, a falta de conteúdo, a falta de ideias, a falta de cor, de cultura, de música, de sexo, de tesão, de gozo, de liberdade, de contestação....a falta de beleza do coxinha se cristalizou nisso ai.
Os reprimidos estão no poder e irão destilar TODO o seu ódio por quem teve a coragem ou o desejo de brilhar.
Irão fazer da luz a escuridão. Darão as mãos às trevas. Descontarão, milimetricamente, todos os traumas em nós.
Porque foram preteridos em tudo. Porque são piores em tudo.
Não importa o legado. Já percebemos.
O gozo deles será ferir de morte o nosso frágil castelo civilizatório.
Via Tito Tite Borges Tigre
Via Mohammad Abdul Aziz Diniz

sábado, 4 de maio de 2019

dan2010: A filosofia é um esporte de combate

dan2010: A filosofia é um esporte de combate: De Vladimir Safatle 03.05.19 A universidade brasileira não será apagada ao sabor de canetadas e cortes Quando a filosofia se tornou um ...

A filosofia é um esporte de combate


De Vladimir Safatle
03.05.19
A universidade brasileira não será apagada ao sabor de canetadas e cortes
Quando a filosofia se tornou um dos alvos prediletos do desmonte do desgoverno Bolsonaro, alguns acharam por bem adotar a estratégia da sensibilização para o lugar da filosofia na formação de profissionais eticamente mais orientados e com capacidade de análise crítica.
Ou seja, contra a acusação de sua inutilidade seria o caso de expor, ao contrário, sua pretensa grande utilidade para a reprodução otimizada das estruturas de nossas formas de vida. Como se este desgoverno atual fosse composto de pessoas incapazes de compreender a formação necessária e desejada para o estágio atual de nossas demandas de gerenciamento social.
No entanto, gostaria de dizer que o sr. Bolsonaro acerta quando elege a filosofia e a sociologia como seus alvos privilegiados contra a educação nacional.
Pois, enquanto existir neste país um departamento de filosofia e um departamento de sociologia, nossos alunos serão ensinados, todos os dias, a desprezar governos como este que assumiu recentemente.
Desses departamentos virão levas de jovens que farão de tudo para que este governo caia.
Não é necessário filmar aulas ou procurar outras formas de indícios. Mesmo não falando diretamente das decisões políticas e intervenções atuais, mesmo sem chamar de gato um gato, nossos alunos estão a todo momento sendo formados para desprezar e lutar continuamente contra quem governa um país da maneira com este país está a ser governado.
Quando eles aprendem a filosofia de John Locke, descobrem como, desde o século 17, a filosofia política defende o tiranicídio, ou seja, o direito de a população assassinar os tiranos que procuram submetê-la a golpes de Estado —como o que conhecemos em 1964 e tão louvado por alguns atualmente.
Quando eles abrem os livros de Spinoza, descobrem a potência da crítica às construções teológico-políticas como essas que o evangelo-fascismo de setores que tomaram de assalto o governo tenta impor à sociedade brasileira.
Quando ensinamos Rousseau aos nossos alunos, eles entendem melhor o caráter inegociável da soberania popular, com sua recusa à transferência de poder para figuras autárquicas que se julgam no direito de decidir até conteúdo de propaganda de banco.
Quando eles leem Hegel, compreendem a força de exigências de reconhecimento social das singularidades, de como a invisibilidade social é a forma suprema da inexistência.
Quando é Nietzsche o eixo do debate, fica mais claro o tipo de miséria embutida nos "valores" morais e religiosos que este desgoverno se vê no direito de empurrar goela abaixo da sociedade brasileira.
Como vocês veem, não foi necessário nem sequer falar sobre Marx, Foucault, a desconstrução, a Escola de Frankfurt e tantos outros que causam pânico no Planalto atualmente.
Como vocês veem, não é necessário falar de forma explícita sobre a política atual para que todas as consequências sejam imediatamente compreendidas pela inteligência de nossos alunos.
Ou seja, a história da filosofia é um grande combate contra aquilo que tentam fazer com a sociedade brasileira. A única maneira de parar esse combate seria, exatamente, eliminando-nos, como este governo sonha fazer.
No entanto, a universidade brasileira é composta de gerações e gerações de debates e ideias que não são apagadas ao sabor de canetadas e cortes ministeriais.
Enquanto houver um jovem com livros de Spinoza, Rousseau, Hegel, Adorno, Nietzsche, Deleuze, Lucrécio, Platão (se quiserem saber de onde veio o comunismo, leiam "A República") esta batalha já está ganha.
Não será a gritaria de um ministro da Educação piromaníaco e irrelevante que fará alguma diferença.
Vladimir Safatle
Professor de filosofia da USP, autor de “O Circuito dos Afetos: Corpos Políticos, Desamparo e o Fim do Indivíduo”.