terça-feira, 30 de julho de 2019

dan2010: O Fim do Conhecimento - [pensar o pensamento pensa...

dan2010: O Fim do Conhecimento - [pensar o pensamento pensa...: O Fim do Conhecimento Luiz Roberto Benatti & Elko Perissinotti Luiz Roberto Benatti & Elko Perissinotti  Luiz Ro...

O Fim do Conhecimento - [pensar o pensamento pensado]


O Fim do Conhecimento

Luiz Roberto Benatti & Elko Perissinotti

Luiz Roberto Benatti & Elko Perissinotti 


Luiz Roberto Benatti & Elko Perissinotti
Zenão de Eléia, apontado por Aristóteles como o criador da Dialética, pensava por paradoxos, não com o propósito de  desmentir idéias que se veiculavam naqueles dias, mas com a intenção de mostrar como nelas se embutiam absurdos de toda ordem. Se Zenão e Aristóteles tivessem conhecido Carlos Drummond de Andrade e o teorema da Incompletude de Kurt Gödel, saberiam muito mais desses absurdos e de suas respectivas relatividades, posto que, obrigatoriamente, não há caminho entre as idéias, sem uma pedra no meio! E ainda: no “final” do caminho, veriam que o mesmo encontrava-se “incompleto”. Certamente, e ainda no campo do Conhecimento/Dialética, Zenão e Aristóteles ficariam atarantados ao se defrontar com expressões como: “a presença da ausência e a ausência da presença”; “o fazer saber e o saber fazer”; “o penso onde não sou, e sou onde não penso”; “digo sempre a verdade, porém, não toda…”; “é fundamental repensar-se o pensamento, continuamente”. Mas ainda naqueles dias tão longínquos de Zenão, ao refletir sobre Zeus como criador dos mundos, ele afirmou que sua manifestação ou presentificação nas coisas era comprovada pela forma esférica, porque somente essa era capaz de abarcar o existente. Nos dias que correm em nosso País, a defesa da forma plana para o nosso pequeno mundo, feita em nome do anti-agnosticismo , opõe-se ao pensamento de Zenão, ao afirmar que no achatamento das coisas, portanto numa certa quadratura, manifesta-se o divino. Com o divino, tudo o que foi dito fica destruído por uma verdade absoluta, única e, sobretudo, intangível; não há mais  pedra  nem  caminho entre as idéias (Dialética). Aristóteles havia nos lembrado que a Dialética era esse caminho entre as idéias e que por suas veredas alcançaríamos o Conhecimento, que se assenta na contraposição, de modo tal, que, a uma dada tese, o interlocutor respondesse com sua antítese, até alcançarmos a síntese, a partir de cujo ponto outras antíteses seriam lembradas como elemento de contradição. Da Discussão nasce a (sempre incompleta!) Sabedoria! Dito isso, e lembrados das idéias circulantes na mídia, nas redes sociais ou nas proposições de governo, teremos de distinguir contraposição dialética de absurdos ou desarrazoados gritados em favor da desconstrução do Conhecimento: se a escola é via universal de transmissão de conhecimento, não podemos desorganizá-la; se a aposentadoria é o coroamento duma vida dedicada ao trabalho, não deveremos dramatizar (leia-se, ficar histérico com) o merecido ócio com a expectativa de um dia-a-dia precário. Kant e Bacon negaram à Dialética a certeza de que ela poderia conduzir-nos ao conhecimento, ao afirmar que, por sua subjetividade, ela nos levaria de fato a um tipo de ilusão sobre a vida. Kant, Bacon e Descartes deixaram escapar os conceitos de Incompletude e da eterna presença de “uma falta”, sempre. Passa a valer somente o método e não mais o objeto da ciência. Kant teme o Conhecimento (um saber de si) — temor não sabido. Com Kant já não há mais aquele cosmo bondoso e harmonioso conjugado à natureza-mãe  provedora. Perde-se um pouco a busca do “para onde vou?!”, substituída por “o quê faço aqui?!”. Além disso, fica implícito que ninguém é bom porque quer… a autonomia sofre inúmeras distorções endógenas e exógenas. Como todo grande gênio, o psicanalista francês Jacques Lacan juntou Kant e Sade, o marquês, em seus estudos (Kant com Sade), mostrando que o avesso de Kant é nada mais nada menos que o próprio Sade, ou seja, não há imaculados! Do mesmo modo, Kant era a imagem especular de Lacan; um espelho (poderia refletir algo semelhante a”O Médico e o Monstro”) trancado a sete chaves.


Qual é, enfim, o perigo do Conhecimento? O que este esconde de tão “ruim” para o ser humano? Resposta: o horror. Algo eternamente misterioso, não sabido, incompleto, sempre com a presença terrível de uma falta. Anulando-se magicamente tudo isso (a ultra-extrema-direita é perfeita nessa arte), resta o Divino com a nossa forte presença de “Tementes a Deus”, e não a de “Amigos de Deus” e, assim, a presença do desconhecido perigo mortal: a dispensa do sofrimento de se pensar o pensamento.
Alfio Bogdan - Físico e Professor 

segunda-feira, 29 de julho de 2019

dan2010: Vocês realmente mudaram os rumos desse país.

dan2010: Vocês realmente mudaram os rumos desse país.: No começo eu acreditava que era um mau militar. Afinal, deram um jeito de tirá-lo da corporação alegando isso. Depois passei a achar que era...

Vocês realmente mudaram os rumos desse país.

No começo eu acreditava que era um mau militar. Afinal, deram um jeito de tirá-lo da corporação alegando isso.
Depois passei a achar que era apenas um político ruim. Deputado por quase 30 anos, nunca fez nada pelo seu Estado além de ajeitar a carreira política dos três filhos e empregar um monte de laranjas nos seus gabinetes.
Enfim, passei a pensar que era um oportunista. Girando em torno do impeachment de Dilma após apoiar todos os governos anteriores, inclusive o de Lula. Gritando em favor de Ustra e pegando carona no ódio que despertou com esse "mise-en-scène".
Evolui imaginando que era um fascista. Daqueles que odeiam as minorias. Negros, LGBTs, mulheres, nordestinos, estrangeiros etc.
Mais adiante ainda, com base nos seus “pronunciamentos” passei a crer piamente que era um estúpido. Despreparado intelectual. Que deu um jeito de fugir dos debates antes que alguém comprovasse isso.
Por fim, ganhou as eleições. Então me decidi. É apenas um bobo útil. Um cara “tonto” utilizado pelas forças que comandam de verdade, para realizar as reformas, entregas, desmantelamentos de que elas precisavam. E fazer isso sem questionar e sem cobrar muito caro, aceitando apenas os holofotes do poder como paga.
Mas agora estou convencido que não. Não é nada disso. É apenas mais um espertalhão. Alguém que usa todas as situações acima como “cortina de fumaça” para esconder suas verdadeiras intenções. Seu verdadeiro papel.
Enquanto fala asneiras e faz e desfaz "cagadas", se cercando do que há de pior em termos de pessoal, na verdade chama a atenção com suas loucuras. Ficamos cegos, achamos divertido, nos distraímos e deixamos o país afundar. 
Sobem todos os índices negativos (desemprego, mortalidade, envenenamento, desmatamento, violência etc.) e nossa nação vai se demonstrando sem muito questionamento. Sem nenhum embate.
Isso é preocupante. Alarmante. Um perigo.
Temo pelas futuras gerações. Temo pelos contrários. Temo pela democracia.
Pois trata-se sim, de um grande, terrível e bem arquitetado projeto.
Sem guerras, sem armas, sem gastar nada... sugam o país diariamente respaldado pelas instituições nacionais. 
Nos transformam numa republiqueta enquanto uma família se delicia com o “poder” que não possui, mas adora exibir.
Parabéns eleitorado 17. Vocês realmente mudaram os rumos desse país.
Autor: Carlos Alexandre
Alfio Bogdan - Físico e Professor -  

sexta-feira, 19 de julho de 2019

dan2010: Carta de Gleisi por ocasião do lançamento do 7º Co...

dan2010: Carta de Gleisi por ocasião do lançamento do 7º Co...: Leia a carta da Presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmman por ocasião do lançamento do 7º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores ...

Carta de Gleisi por ocasião do lançamento do 7º Congresso Nacional do PT

Leia a carta da Presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmman por ocasião do lançamento do 7º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores na cidade de São Paulo. 
Companheiras e companheiros,
O Partido dos Trabalhadores ainda não completou 40 anos desde sua fundação, mas já escreveu seu nome na história como protagonista dos mais importantes processos de transformação do Brasil. O PT será sempre lembrado como o primeiro partido de esquerda nascido da base, do chã o das fábricas, dos assentamentos e ocupações, das lutas populares, e que pela via democrática chegou ao governo para mudar o país e a vida de nossa gente.

O PT nasceu com a ousadia de enfrentar a repressão da ditadura e construir, ao mesmo tempo, uma proposta socialista, popular e democrática para o país. Crescemos adotando novas práticas políticas, tanto na vida partidária quanto na relação com a sociedade. Aprendemos a combinar a presença nas ruas com a intervenção nas instituições.
Democratizamos as formas de governar em todos os níveis, chamando a sociedade a participar da definição e implantação de políticas públicas.
Essa construção coletiva, que recolheu a contribuição de tantos militantes populares, religiosos e intelectuais, se fez também de muitos momentos simbólicos. E o mais significativo foi, certamente, quando pela primeira vez um líder originário da classe trabalhadora foi eleito presidente da República e abriu para o povo as portas do Palácio do Planalto. Cinco séculos de luta contra a opressão, a injustiça
e a desigualdade; cinco séculos de vitórias e revezes, de sonhos desfeitos e sempre renovados encarnavam-se na figura humana daquele presidente: Luiz Iná cio Lula da Silva.
Lula é o outro nome do PT e tornou-se o outro nome de um Brasil melhor e mais justo, um país soberano que seu governo mostrou ser possível, contra tudo que tentaram nos impor como verdades imutáveis. Lula é o outro nome de  milhões de brasileiras e brasileiros que junto com ele deram os primeiros passos em direção à cidadania e conquistaram as primeiras oportunidades sempre negadas à grande maioria excluída de nossa população. Lula é o nome da esperança que persiste, teimosamente, apesar dos golpes desferidos contra a democracia e os direitos do povo nos últimos anos.
A prisão de Lula, ilegal e injusta, numa farsa judicial que impediu o país de eleger outra vez seu melhor presidente, é a síntese dos retrocessos que golpeiam simultaneamente a democracia, o estado de direito, a soberania nacional e o projeto de desenvolvimento do país com justiça social. A candidatura de Lula em 2018 era o maior obstáculo ao projeto de poder neoliberal que acabou se impondo em sua versão mais autoritária, submetendo o país à selvageria do mercado e a retrocessos civilizatórios.
Foi prisão ilegal de Lula que abriu o caminho para este governo que aí está . A tragédia política, social e econômica do país foi amarrada à injustiça e ao sacrifício pessoal de nossa maior liderança política. E se não há as saídas para a profunda crise brasileira fora da vigência plena do processo democrático, também não se pode falar em democracia, estado de direito e liberdade no Brasil enquanto não for revogada a sentença injusta, enquanto for negado ao cidadã o Luiz Inácio Lula da Silva o direito de provar sua inocência num julgamento justo.
O Brasil que construímos juntos foi reconhecido e admirado internacionalmente porque iniciamos um
processo de desenvolvimento sustentado com inclusão social sem precedentes, porque criamos milhões de empregos formais e porque vencemos a fome num ambiente de aprofundamento da democracia e ampliação dos direitos.
Lula é o brasileiro que representa, aos olhos do mundo, aquele Brasil que havia finalmente encontrado seu futuro. 
Sua condição de preso político é hoje denunciada nos quatro cantos do mundo, como estigma de um país que perdeu o respeito na comunidade das nações.

É a este líder e companheiro que prestamos homenagem no lançamento do 7º. Congresso Nacional do Partidos dos Trabalhadores Lula Livre. Mais do que um gesto de solidariedade e reconhecimento ao fundador e presidente de honra do PT, é uma demonstração do compromisso e da centralidade que conferimos à bandeira Lula Livre.
A prisão ilegal o impede de estar fisicamente conosco, como esteve em todos os momentos na história do Partido dos Trabalhadores, mas não vai aprisionar jamais seu exemplo de luta contra a injustiça e a desigualdade. Nó s continuaremos falando por ele, sonhando por ele, lutando por ele junto com o povo brasileiro, que tem Lula presente na memória e no coração. 
Não vamos nos calar, não vamos desistir de lutar enquanto não libertamos Lula.
Somos o maior partido de esquerda do Brasil e da América Latina, forjado na luta e na resistência, que jamais vai se curvar, porque somos o resultado da luta de homens e mulheres e do sonho de Luiz Inácio Lula da Silva Por nossos sonhos de justiça, por um país soberano, pela democracia, pelos direitos do povo, o Partido dos Trabalhadores conclama para a construção do 7º.  Congresso Nacional Lula Livre!
Viva o Partido dos Trabalhadores!