[Inicialmente publicado em Brasil
247 ] em 8/1/2016
O
ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal,
autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB/RJ), de sua mulher, Cláudia Cruz, de sua filha, Danielle
Dytz da Cunha. Outras três empresas ligadas à família também foram atingidas
pela medida.
O
período de análise será de 2005 a 2014. Eles são investigados por manter contas
secretas no exterior que teriam sido abastecidas com propina de negócios da
Petrobras na África.
A
Receita Federal identificou um patrimônio injustificado da família de Cunha que
totaliza R$1,8 milhão.
Leia
a seguir a reportagem sobre o assunto.
STF
AUTORIZA QUEBRA DE SIGILO DE EDUARDO CUNHA
Márcio Falcão e Aguirre Talento, via Folha online em 8/1/2016
O
STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal
do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), de sua mulher, Cláudia Cruz,
de sua filha, Danielle Dytz da Cunha, além de pelo menos três empresas ligadas
à família.
A
decisão foi do ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, e atendeu
a um pedido da Procuradoria-Geral da República. O período de análise será de
2005 a 2014.
O
deputado, a mulher e a filha são investigados no Supremo por suspeita de terem
mantido contas secretas no exterior que teriam sido abastecidas com recursos
desviados de negócios da Petrobras na África.
Parte
dos dados fiscais já foram enviados pela Receita Federal aos procuradores que
atuam na Lava-Jato e embasaram o pedido de busca e apreensão na residência
oficial da Câmara e endereços relacionados ao peemedebista, realizada em
dezembro com autorização do Supremo.
A Folha revelou
na quinta-feira, dia 7/1, que a Receita identificou indícios de aumento
patrimonial incompatível com os rendimentos da família de Cunha que totalizam
R$1,8 milhão entre 2011 e 2014. O deputado nega.
Com
a quebra, os investigadores querem obter detalhes da movimentação financeira do
presidente da Câmara e do possível uso irregular de suas empresas na área de
comunicação, além de avaliar a relação do deputado com pessoas próximas, como o
corretor de valores Lúcio Funaro.
Entre
os alvos da quebra estão as empresas Jesus.com, C3 Produções e Rádio Satélite.
Investigadores suspeitam que contas mantidas em um banco suíço teriam repassado
valores para uma das empresas.
A
Procuradoria aponta ainda que, direta ou indiretamente, Funaro pagou veículos
no valor de pelo menos R$180 mil em favor de empresa de Eduardo Cunha.
Na
busca realizada na casa de Cunha no Rio, segundo a Procuradoria, foram
encontrados diversos documentos de origem bancário-financeira (recibo, contrato
de mútuo e contrato de fomento mercantil) relacionados ao corretor de valores,
além de recibo no valor de R$720 mil relacionado a uma empresa de Funaro.
Alfio Bogdan - Físico e Professor
Márcio Falcão e Aguirre Talento, via Folha online em 8/1/2016
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