Atrevemo-nos a uma viagem no mundo a filosofia. Fomos à Grécia de Sócrates, Platão e Aristóteles... Mais moderna viagem chegados a Norberto Bobbio. Haverá que se escrever muito mais do que o que aqui delineio, mas creio o início de uma longa viagem... Venha comigo!
“A
atividade política é a mais importante das atividades
humanas” (Ayres Brito).
Na vida de todos nós, viventes, tudo se resume na
política em sua concepção mais ampla. “Os fins da política são tantos quantas
forem as metas a que um grupo organizado se propõe, segundo os tempos e as
circunstâncias”. Porém, “um fim mínimo à política (enquanto poder de força) é a
manutenção da ordem pública e a defesa da integridade nacional” (Bobbio). A
Democracia empresta a mais ampla parcela de sua significação à prática
política.
Abatido pela "pós-verdade" (a sociedade
preferiu os boatos aos fatos), brasileiro não enxerga avanços institucionais e
perde a crença na política, avalia diretor do Diap ao lembrar a “crônica da
tragédia anunciada”: ≪Desqualificação da política≫.
O analista é conhecedor profundo dos bastidores do
Congresso Nacional, Toninho, onde convive diariamente com as articulações
políticas e legislativas há quase 40 anos, nos traz que o país avançou nos
últimos anos na adoção de mecanismos de controle e transparência dos gastos
públicos, porém, perdeu a capacidade de discutir e buscar saídas convergentes
para temas que interferem de maneira impactante na sociedade, como as crises
política, econômica e a corrupção.
Para Toninho, o enfrentamento dessas questões
depende, inicialmente, de investimento em educação política e cívica. “O
brasileiro perdeu a capacidade de relativizar, foi completamente envolvido por
essas artimanhas do período pós-verdade, em que os fatos, os argumentos e a
verdade ficam em segundo plano, frente a outras formas de provocar reações, os
comportamentos mais primitivos do ser humano”.
Não me cabe buscar a reflexão eis que
cada qual tem a sua. Trago estas palavras para aplica-las a Léo Pinheiro cujo
passado não longínquo inocentou Lula e teve sua delação desqualificada. Sim,
ninguém disse a razão, mas ficou mais que “na cara”. Entre aquela delação e a de agora, decorrido
tempo suficiente para arquitetar o “canal” para sua liberdade — aceitou alguma
sugestão? Doido, eu? Mas ao vilão, verme diria eu, não restam dúvidas, mas quão
difícil é entrarem no Reino de Deus “aqueles que põem a sua confiança nas
riquezas”! Na sequência, vem a sentença: “É mais fácil o camelo passar pelo
fundo de uma agulha do que o rico entrar no Reino de Deus”. É isto mesmo, sem
dúvida alguma, Léo, nem em pensamento, disporá de seu patrimônio e dá-lo-á aos
pobres. Dono de grande fortuna lançou ao espaço o pensamento mais esdrúxulo,
estúpido: ≪Lula orientou-me(!?) a destruir todos os documentos
sobre as negociatas, balbuciou≫. Fosse verdade já não teria dito
naquela outrora delação desqualificada? Não creio que Moro ira se estribar
sobre esta frágil e estapafúrdia afirmação de Léo, nem creio que Fachin venha
aceita-la de tão inacreditável e mirabolante.
Alfio Bogdan - Físico e Professor - Analista em acidente de transito.
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