quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O julgamento do Mensalão no STF


       
|—>O ineditismo do evento, com a Corte constitucional a brigar sobre um processo penal em que os numerosos réus são figuras notórias; a atenção da imprensa, a TV e a pressão da chamada "opinião pública"; as ramificações político-partidárias e a conexão com questões de psicologia coletiva e com preconceitos vários; ou, quem sabe, a dor nas costas do ministro relator...

|—> "O mensalão só foi possível em decorrência de uma espécie de desvio ideológico, a arrogância produzida por certa autoimagem ideologicamente condicionada, que levou à desqualificação dos outros participantes do jogo parlamentar, considerados burgueses, e à ideia de que o melhor a se fazer era comprar sua lealdade",

|—> Na primeira, observam-se juízes israelenses a deliberar sobre pedidos de liberdade condicional - e suas decisões vão de 65% a favor após as refeições, com a barriga cheia, até perto de zero ao aproximar-se a refeição seguinte.

|—> "O que você vê é tudo o que existe": O que conta para o decisor, sob efeito de "âncoras" espúrias (sujeitos a condições espúrias), é o conteúdo da informação e não a confiabilidade da informação.  [O julgador forma seu convencimento sobre o conteúdo daquilo que lhe informado e não sobre a confiabilidade da informação.

Cientistas políticos têm advertido contra a "teoria política" do STF, — adesão do nosso Judiciário a um modelo convencional e analiticamente tosco de "política ideológica"—, que tem produzido decisões inconsistentes ou até absurdas sobre a organização e as relações dos partidos.

[Fonte: Fábio Wanderley Reis]

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