quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Lula sai a campo e defende companheiros do PT

Ex-presidente da República e líder de seu partido, o PT, Luiz Inácio Lulada Silva fez uma defesa veemente da legenda e de líderes como o ex-ministro José Dirceu e os ex-deputados José Genoino e João Paulo Cunha, presos por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), após o julgamento conhecido como ‘mensalão’, segundo a mídia conservadora, ou ‘mentirão’, conforme alcunha conferida pela colunista Hildegard Angel. Acompanhado do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, Lula deixou de lado a parcimônia com que sempre tratou o assunto.
– O nosso partido está sofrendo. Temos companheiros presos, somos solidários e queremos justiça.
Lula não os citou, nominalmente, mas não poupou críticas aos ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, do STF, por eles terem feitos declarações públicas sobre o processo após a condenação dos réus. Em relação a Mendes, que declarou que doações feitas para o pagamento de multas de petistas condenados e presos poderiam ser fruto de lavagem de dinheiro, Lula disse que “o grande papel do ministro da Suprema Corte é falar nos autos do processo e não falar para a televisão o que ele pensa”.
– Se quer fazer política, que entre para um partido – recomendou o líder petista.
Lula participou do lançamento da Caravana Horizonte Paulista, que marcou o início da pré-campanha do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha ao governo de São Paulo. Lula também criticou o presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, quem ele próprio indicou ao STF.
– Quando você indica alguém, você está dando um emprego vitalício e o cidadão, quando quer fazer política, diga (…) não aceito ser ministro, vou ser deputado, entrar para um partido político e mostrar a cara – bateu.
Lula cobrou julgamento justo, pediu que os eventuais culpados pagassem, “desde que haja provas”, e garantiu que “foi nosso partido que não deixou sujeira embaixo do tapete”. O ex-presidente lembrou até mesmo do ex-presidente da República e ex-prefeito de São Paulo Jânio Quadros, que tinha como símbolo uma vassoura.
– São Paulo já teve candidato que andava com vassourinha para jogar sujeira embaixo do tapete, mas nós escancaramos a transparência no país – afirmou.
O ex-presidente também rebateu as críticas da oposição e de analistas à política econômica e ao crescimento da dívida bruta do país.
– Querem o aumento do desemprego para baixar a inflação e agora falam em dívida bruta, que nunca foi utilizada no discurso. Estão incomodados porque o governo colocou dinheiro do tesouro do BNDES na Caixa Econômica e no Banco do Brasil. No dia que o PT governar o Brasil e o Estado de São Paulo, a gente vai fazer muito mais que a gente já fez – prometeu.
O líder petista afirmou, ainda, que o PT é “um dos maiores partidos de esquerda do mundo, sem dogmas”, cujo compromisso, segundo ele, é ser ético e querer lutar para que as pessoas mais humildes conquistem cidadania.
– Não fizemos tudo que poderíamos ter feito, mas vamos fazer ainda mais. Entendemos mais de povo que os tucanos e ninguém fez mais por esse país do que o Partido dos Trabalhadores – afirmou.
Fonte: Correio do Brasil - CdB

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