quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

11.jan.2011

Pois é, “temos nosso dia 11”. O Brasil manterá, na memória, os horrores do dia 11 de janeiro contabilizando, desgraçadamente, as mortes por afogamento e soterramento. Ainda que fosse uma só pessoa teríamos o luto imperdoável, mas, muitas são as vidas ceifadas pela incompreensão dos deslizamentos nas enxurradas de lama decorrente da ocupação desordenada das encostas.
Não tendo opção onde morar, face ao parco ganho, penduram suas casas como num equilibrismo macabro. Ainda assim, solidarizo-me com o povo sofrido deixando de assistir a apresentação de Ronaldinho aos torcedores do Flamengo – tremendo “mau gosto” e contrassenso -, eis que um esporte de massa. Não se justifica o registro da benquerença àquele que receberá R$ 1 milhão mensalmente ao tempo das imagens dos horrores na contabilização maldita.
Mortes por afogamento, desaparecimento, casas e carros totalmente destruídos pelos enxurros de lama formando a papa assassina levando tudo à sua frente. A natureza é implacável, não perdoa nunca. Numa manifestação macabra a mãe natureza castiga seus filhos equilibristas e aqueles que chegaram de longe impondo a ruptura brutal na linha da vida.

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