sábado, 22 de março de 2014

Uma visão política desde Thomas Morus a Karl Marx (A Comuna)

Pois é Thomas More (Latinizado em Morus) compôs sua Utopia em 1516 - outro dia  mesmo - a ser vivido numa ilha -, prestem atenção, hipotética, longe dos problemas de então, lógico. D longínquo 1516 a 1871 passaram-se 350 anos - um mundão de água por sob a ponte - 1516 havia uma sociedade sob o domínio do feudalismo, absolutamente distinta daquela de 1871, porém submetida ainda aos poderes da burguesia. Naquela data nascera a utopia de Thomas Morus num mundo totalmente distinto daquele vivido em 1871 quando  foi acordado, num 18 de março, com o retumbante grito: “Vive La Commune”. 

Pois bem, divulgava-se ao mundo o manifesto denominado «A Comuna» numa Paris em que fervilhava ainda fresca a Queda da Bastilha – nada mais oportuna, portanto. Os proletários da capital - dizia o Comité Central no seu manifesto de 18 de Março – “no meio das fraquezas e das traições das classes governantes, compreenderam que chegara para eles a hora de salvar a situação assumindo a direção dos assuntos públicos... O proletariado... compreendeu que era seu dever imperioso e seu direito absoluto tomar em suas mãos o seu próprio destino e assegurar o triunfo apoderando-se do poder”. À época – Belle Époque – ao Estado, cujo poder cabia planar bem acima da sociedade, era, todavia, ele próprio, o maior escândalo daquela sociedade e, ao mesmo tempo, o foco de todas as corrupções. 

Ao tempo da ditadura equivalia dizer não “fale mal do exército”, muito menos de corrupção dentro do Exército, manter-se longe dos “terrorista/assaltante de banco/guerrilheiro de então, e, principalmente, de "c"o"m"u"n"i"s"t"a". Assim tinha-se o “salvo-conduto para o bem viver sem ser importunado. Ai, nets época, foi implantado na sociedade, o vírus, e isto a ditadura soube fazer ( Golbery do Couto e Silva): impôs-se ao cidadão a individualidade exacerbada (vírus) – cada um por si – e assim que viva bem, muito bem.  

Enfim, não cabe temer a implantação do comunismo no Brasil eis que não é essa a linha central do governo progressista, pois após 11 de administração, não há em sã consciência, aquele que indica uma linha, até agora adotada que, com segurança, comprometa a política governamental em direção à implantação do comunismo no Brasil. O povo não cai mais neste tipo de conversa, basta ver o fiasco da manifestação do dia 22 de março. Aliás o que mais reuniu manifestantes foi a convocação contra o nazi-fascismo.

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