“Fui julgado e condenado por um
tribunal representativo. Ainda que minha condenação seja uma interpretação
errada, ela vem de uma corte legitima
e deve ser obedecida. Se os homens bons
não respeitarem as leis más, os homens maus não respeitarão as leis boas”. Em nome da democracia que ajudou
a edificar a forma de governo, Sócrates foi por seus (dela) princípios, condenado à
morte.
Lembro
deste exemplo radical para, numa tentativa contínua, demover as pessoas de
criticarem a democracia ou a ela implantarem adjetivos contrários àquele realmente
significado: “governo do povo, para o povo e pelo povo” que inspirou o
artigo 1º de nossa Carta Política: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos
termos desta Constituição”. “O individuo não
deve impor sua vontade à comunidade, e esta não deve interferir nos assuntos
privados de seus cidadãos” (Tzvetan Todorov)
Vivemos o momento de extrema
liberdade de expressão e pensamento com o “Marco
Civil da Internet” (Lei 12.965/23/4/14), porém não há adjetivar a DEMOCRACIA como vemos uma vez ou outra
neste democrático espaço. Não há legitimidade nestes tratamentos — democracia isso,
democracia aquilo. Debitem à burocracia os possíveis e elencados desmandos e
não à “democracia que nos mantém o ar para respirar a vida”.
Alfio Bogdan – 29-4-2014
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