Não li qualquer
subscritor tecendo comentário ao financiamento público de campanha, à reforma
política, pois vivendo sob a democracia — ainda que jovem — não serão bem
recebidas as sugeridas imposições. O STF estava sob a contagem de 6 (seis)
votos a 1 (um) quando Gilmar Mendes, manifestamente contrário, pediu vistas no
processo de “proibição do financiamento privado” de campanha. Como cobrá-lo? Como
fazê-lo trazer de volta o voto de vistas? Até quando, ó ministro abusará de
nossa paciência?
Ou são inocentes ou
tendenciosos os comentários sobre os processos de corrupção que nos incomodam
como o material purulento vazando pelo esgarçado tecido social no Brasil. Há
que se indignar, sim, quando alguém vem imputar apenas ao PT. Pois bem, o que não
falar dos casos do PSDB, DEM e PSB, do Cachoeirinha, do Policarpo, do
Demóstenes Torres etc.
Ainda agora o advogado de Youssef que se faz presente em todos os depoimentos
deste – isto não é obrigado por lei? – acaba de se manifestar indignado: “Eu
nunca ouvi nada que confirmasse isso (que Lula e Dilma sabiam do esquema de
corrupção na Petrobras). Não conheço esse depoimento, não conheço o teor dele.
Estou surpreso”.
DIREITO DE RESPOSTA
Veja veicula a
resposta conferida à Dilma Rousseff, para o fim de serem reparadas as
informações publicadas na edição nº 2397 - ano 47 - nº 44 - de 29 de outubro de
2014.
A democracia
brasileira assiste, mais uma vez, a setores que, às vésperas da manifestação da
vontade soberana das urnas, tentam influenciar o processo eleitoral por meio de
denúncias vazias, que não encontram qualquer respaldo na realidade, em desfavor
do PT e de sua candidata.
A Coligação "Com
a Força do Povo" vem a público condenar essa atitude e reiterar que o
texto repete o método adotado no primeiro turno, igualmente condenado pelos
sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por terem sido
apresentadas acusações sem provas.
A publicação faz
referência a um suposto depoimento de Alberto Youssef, no âmbito de um processo
de delação premiada ainda em negociação, para tentar implicar a Presidenta
Dilma Rousseff e o ex- Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ilicitudes.
Ocorre que o próprio advogado do investigado, Antônio Figueiredo Basto, rechaça
a veracidade desse relato, uma vez que todos os depoimentos prestados por
Yousseff foram acompanhados por Basto e/ou por sua equipe, que jamais
presenciaram conversas com esse teor.
Leia, abaixo,
reportagem da Agência Brasil a respeito:
TSE concede direito
de resposta a Dilma no site da revista Veja
Luana Lourenço -
Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo
O ministro do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga concedeu hoje (25) direito de
resposta à coligação Com a Força do Povo, que apoia a candidata à reeleição
Dilma Rousseff (PT), no site da revista Veja após
divulgação de matéria com acusações a Dilma e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva.
Com o título
"Tudo o que você queria saber sobre o escândalo da Petrobras: Dilma e Lula
sabiam”, a reportagem, publicada na noite de quinta-feira (23) na internet,
cita suposto depoimento do doleiro Alberto Youssef em que ele teria dito que
Dilma e Lula sabiam do esquema de corrupção na Petrobras.
Pela decisão, o
direito de resposta deve ser publicado imediatamente na página da revista na
internet. “Concedo a liminar para a veiculação do direito de resposta
requestado e, assim, determinar à Editora Abril S.A. que insira, de imediato,
independentemente de eventual recurso, no sítio eletrônico da Revista Veja na
internet, no mesmo lugar e tamanho em que exibida a capa do periódico, bem como
com a utilização de caracteres que permitam a ocupação de todo o espaço
indicado”, decidiu o ministro.
A decisão sobre o
direito de resposta não vale para a edição impressa da revista. O ministro deu
prazo de 24 horas para que a Editora Abril apresente sua defesa.
Alfio Bogdan - Físico e Professor
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