domingo, 26 de outubro de 2014

O Propalado Direito de Resposta - nem tanto...

Não li qualquer subscritor tecendo comentário ao financiamento público de campanha, à reforma política, pois vivendo sob a democracia — ainda que jovem — não serão bem recebidas as sugeridas imposições. O STF estava sob a contagem de 6 (seis) votos a 1 (um) quando Gilmar Mendes, manifestamente contrário, pediu vistas no processo de “proibição do financiamento privado” de campanha. Como cobrá-lo? Como fazê-lo trazer de volta o voto de vistas? Até quando, ó ministro abusará de nossa paciência?

Ou são inocentes ou tendenciosos os comentários sobre os processos de corrupção que nos incomodam como o material purulento vazando pelo esgarçado tecido social no Brasil. Há que se indignar, sim, quando alguém vem imputar apenas ao PT. Pois bem, o que não falar dos casos do PSDB, DEM e PSB, do Cachoeirinha, do Policarpo, do Demóstenes Torres etc.
Ainda agora o advogado de Youssef que se faz presente em todos os depoimentos deste – isto não é obrigado por lei? – acaba de se manifestar indignado: “Eu nunca ouvi nada que confirmasse isso (que Lula e Dilma sabiam do esquema de corrupção na Petrobras). Não conheço esse depoimento, não conheço o teor dele. Estou surpreso”. 


DIREITO DE RESPOSTA

Veja veicula a resposta conferida à Dilma Rousseff, para o fim de serem reparadas as informações publicadas na edição nº 2397 - ano 47 - nº 44 - de 29 de outubro de 2014.

A democracia brasileira assiste, mais uma vez, a setores que, às vésperas da manifestação da vontade soberana das urnas, tentam influenciar o processo eleitoral por meio de denúncias vazias, que não encontram qualquer respaldo na realidade, em desfavor do PT e de sua candidata.
A Coligação "Com a Força do Povo" vem a público condenar essa atitude e reiterar que o texto repete o método adotado no primeiro turno, igualmente condenado pelos sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por terem sido apresentadas acusações sem provas.

A publicação faz referência a um suposto depoimento de Alberto Youssef, no âmbito de um processo de delação premiada ainda em negociação, para tentar implicar a Presidenta Dilma Rousseff e o ex- Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ilicitudes. Ocorre que o próprio advogado do investigado, Antônio Figueiredo Basto, rechaça a veracidade desse relato, uma vez que todos os depoimentos prestados por Yousseff foram acompanhados por Basto e/ou por sua equipe, que jamais presenciaram conversas com esse teor.
Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil a respeito:
TSE concede direito de resposta a Dilma no site da revista Veja
Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga concedeu hoje (25) direito de resposta à coligação Com a Força do Povo, que apoia a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), no site da revista Veja após divulgação de matéria com acusações a Dilma e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com o título "Tudo o que você queria saber sobre o escândalo da Petrobras: Dilma e Lula sabiam”, a reportagem, publicada na noite de quinta-feira (23) na internet, cita suposto depoimento do doleiro Alberto Youssef em que ele teria dito que Dilma e Lula sabiam do esquema de corrupção na Petrobras.

Pela decisão, o direito de resposta deve ser publicado imediatamente na página da revista na internet. “Concedo a liminar para a veiculação do direito de resposta requestado e, assim, determinar à Editora Abril S.A. que insira, de imediato, independentemente de eventual recurso, no sítio eletrônico da Revista Veja na internet, no mesmo lugar e tamanho em que exibida a capa do periódico, bem como com a utilização de caracteres que permitam a ocupação de todo o espaço indicado”, decidiu o ministro.

A decisão sobre o direito de resposta não vale para a edição impressa da revista. O ministro deu prazo de 24 horas para que a Editora Abril apresente sua defesa.
Alfio Bogdan - Físico e Professor

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