Uma fantasia
Mas o sindicalismo não é o único alvo do reacionarismo
doentio do jornal da família Mesquita. Nos últimos anos, o MST virou o
principal saco de pancada do jornal que sempre defendeu os interesses dos
latifundiários – hoje modernos barões do agronegócio. Num de seus incontáveis
editoriais contra o movimento dos trabalhadores rurais sem-terra, obrado em
março, o jornal rosnou: “Como
organização ilegal que é, o MST sempre fez das ações criminosas a principal
ferramenta para manifestar sua pauta de reivindicações. Mas agora, desfrutando
como nunca da cumplicidade do governo petista, chega a anunciar com
antecedência a agenda de invasões e bloqueios de estradas”.
Quando da homenagem a João Pedro Stédile, membro da
coordenação nacional do MST que recebeu a Medalha da Inconfidência do
governador Fernando Pimentel (PT-MG), em 21 de abril, o Estadão sublevou-se.
Para o jornal, Stédile, embora esteve com o Papa Francisco no Vaticano, é “líder
de uma organização criminosa” e “chefe de uma milícia armada” [onde já se
viu...]. Outra que babou de raiva – lógico – foi a “Veja” que usou o twitter
para atacar: “Pimentel desconstrói a obra de Aécio condecorando baderneiro do
MST” – que coisa terrível. Há que se observar a diferença comportamental entre
Stédile e Raul Castro face ao Papa Francisco.
MTST e UNE também são alvos
O MTST, que cuja mobilização na luta por moradia, desorienta
a direita e, segundo o estadão, passou a fazer parte dos inimigos que usa dos
editoriais na tentativa de criminalizá-lo [o MTST]. Diz o editorial: “Depois de
tudo que o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto vem aprontando há tanto tempo,
ninguém mais pode alegar surpresa com os abusos de todo tipo a que ele se
entrega e que cada vez mais têm menos a ver com o problema da moradia” – o estadão.
O que esperam as autoridades para aplicarem exemplarmente a lei? Que se reprimam
as ocupações de terrenos e prédios.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) está a cada dia
tornando-se “uma organização a serviço apenas ao lulopetismo. Como diz Manuel Castell, “o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dizia que o
Brasil não era pobre, mas, sim, injusto e junta-se a um grupo de classe média que está descontente porque se
tira deles alguns recursos para redistribuir”. Haja espaço para
tanto ódio. [fonte Altamiro e estadão]
Alfio Bogdan - Físico e Professor.
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