A história não se repete, mas saltam aos
olhos as semelhanças entre o ódio vítreo que se construiu contra Vargas e JK e
este que a imprensa brasileira, quase em uníssono, destila, alimenta e propaga
contra o ex-presidente Lula, açulando, não mais as Forças Armadas como antes,
mas agora agentes policiais sem comando, procuradores sem limites e juiz na
presidência de inédita jurisdição nacional.
A história não se repete. Mas o
ex-presidente Lula já foi chamado a depor, na Polícia Federal, umas duas ou
três vezes, e agora é intimado, com a mulher, a depor em inquérito aberto pelo
Ministério Público paulista. Precisa explicar porque desistiu da compra de um
tríplex em Guarujá e porque visitava um sítio em Atibaia, e porque incentivou a
indústria automobilística quando o País precisava criar empregos.
Condenado sem sursis como corrupto pela
imprensa – como Vargas e JK –, exposto à execração pública, decaído em seu
prestígio, como agora, Lula – e eis o que se pretende – estará afastado das
eleições de 2018, seja como candidato, seja como grande eleitor.
Condenação decretada, pena anunciada,
procura-se uma narrativa: eis o propósito, a finalidade dos inquéritos abertos
e a serem abertos. Trata-se de destruir o último grande líder popular
brasileiro. E isso vale, aos olhos de seus algozes, todo e qualquer preço.
O poder da direita é muito menor do que
parece. Sem o Movimento Passe Livre, o PSOL, o PSTU e alguns
“intelectuais” cretinos, hoje o Brasil estaria avançando, redistribuindo renda,
crescendo, reduzindo a pobreza.
Infelizmente, mudar a rota do ódio em que
atiraram o Brasil será bem mais difícil do que enfrentar os tucanos e sua
mídia. O ódio é resiliente. Veja, leitor, o que acontece no Oriente Médio, por
exemplo.
O que fundamenta incontáveis guerras é a
resiliência do ódio. E o ódio que plantaram no Brasil irá germinar por décadas.
Conseguiram envenenar este país como não haviam conseguido nem durante a
ditadura. Desintoxicá-lo é que serão elas.
A burguesia regurgita o sapo barbudo que as
massas a fizeram engolir nas últimas eleições.
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