sábado, 5 de novembro de 2011

A Comissão da Verdade e suas consequências

Comissão da verdade
 O obscuro episódio vivido pelo povo brasileiro virá à tona sob a égide da Comissão da Verdade, tão esperada oportunidade de se obter, conhecimento do tudo que aconteceu durante o regime militar que nos foi imposto desde 64 a 85.
 Tendo como relator o senador Aloysio Nunes Ferreira, ex-militante de esquerda que durante a ditadura atuou na luta armada, a Comissão da Verdade foi aprovada à unanimidade dos senadores em sessão presidida pela senadora Marta Suplicy.
A Presidente Dilma recebeu a alvissareira notícia, desde os USA, embora distante, acompanhava tudo com especial atenção e interesse e, além de dar a “benção” à aprovação, manifestou-se feliz pela oportunidade de oferecer ao mundo, mais este exemplo de transparência nos assuntos do Brasil da época de chumbo e sancionará tão logo chegue ao Brasil.
As ações da Comissão são aguardadas, com total e irrestrita expectativa, principalmente quanto aos esclarecimentos da “Operação Condor”, talvez a mais cruenta das perseguições articuladas pelos regimes militares da América do Sul. Quando perseguiam, o fariam até à morte. 
Ainda agora, numa entrevista bombástica o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ) informa que deixará o País com a família e o fará a convite da Anistia Internacional. O pecado de Freixo foi o de presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias, na Assembleia Legislativa do Rio, que, promoveu o indiciamento de duas centenas de pessoas, entre políticos, policiais com algumas prisões. O dep. Freixo sem destino divulgado e lá ficará sob sigilo.
Embora sofrera ameaças de morte desde a época da CPI, as viu intensificarem e chegarem a números absurdos. Sete ameaças de morte num só mês.
"As ameaças estão se tornando mais fortes e há um retorno muito pequeno da Secretaria de Segurança. Ou seja, se estão ou não investigando. Tenho uma segurança, mas tem sido necessária a ampliação dela. Então, estou esperando algumas medidas", disse. O deputado não informou quanto tempo ficará na Europa. "Não posso dizer (nem) o tempo nem o local (onde ficarei)”.
Segundo Freixo, as ameaças não devem ser encaradas como um problema pessoal, mas sim como de toda a sociedade. Mencionou o assassinato da juíza Patrícia Acioli, morta por policiais militares integrantes de milícias que atuam no Grande Rio. "- Esse é um problema de todo o Rio de Janeiro. Aliás, é um problema nacional. Até que ponto nossas autoridades vão continuar empurrando com a barriga? Ou a gente enfrenta e faz agora esse dever de casa contra as milícias ou, como mataram a juíza, matarão mais um deputado, outros promotores e jornalistas. E, se esses grupos criminosos são capazes de matar uma juíza e ameaçar um deputado, o que eles não fazem com a população que vive na área em que eles dominam?", disse.
Segundo Freixo, apesar das dezenas de prisões feitas depois da CPI das Milícias, esses grupos criminosos estão cada vez mais fortes e dominam várias comunidades do Estado, onde extorquem dinheiro de moradores e de comerciantes e controlam atividades como transporte alternativo, venda de gás e de ligações clandestinas de TV a cabo. Ai está demonstrado  a existência do crime organizado e domínio do Estado paralelo.

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