Companheiro Gilberto,
“Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer”
(Chico Buarque, 1977)
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer”
(Chico Buarque, 1977)
A luta pela transformação social por meio da construção da democracia –
com a ampliação de direitos a todas e todos os cidadãos, a construção de
instituições republicanas, a liberdade de expressão, conforme a Constituição
Cidadã de 1988 –, sempre teve em Gilberto Carvalho um de seus maiores
militantes. Temos orgulho, portanto, de sermos companheiras e companheiros de
Gilberto nesta luta.
Em 12 anos, tanto na chefia de gabinete do presidente Lula, quanto no
ministério da presidenta Dilma, manteve-se referência dos movimentos sociais,
procurando intermediar as pautas construídas nos espaços públicos e na discussão
com toda a sociedade, fortalecendo os instrumentos para o debate democrático
nacional. Tem trajetória irretocável, desde a década de 1970, nas Comunidades
Eclesiais de Base, enquanto militante em defesa dos direitos humanos, olhando
especialmente os/as desvalidos/as, historicamente discriminados/as,
racializados/as e excluídos/as. Pobres, sem-terra, negras/os, mulheres, LGBTs,
indígenas que apesar dos muitos avanços desde a Constituição de 1988 ainda
sofrem com o desrespeito aos seus direitos fundamentais – cotidianamente
afrontados pelo dispositivo midiático empresarial, pela direita oposicionista
(no parlamento e na sociedade civil) e parte do sistema de justiça. Gilberto
Carvalho sempre se colocou como um aliado destes segmentos marginalizados e de
suas organizações.
Constitui-se em ameaça ao Estado Democrático e de Direito, neste sentido,
que este conhecido militante da democracia sofra da violência política, promovida
ou com a anuência de agentes públicos (setores do Ministério Público, Polícia
Federal e Judiciário). Tais setores procuram atingi-lo até a partir da
intimidação de sua família (diretamente seus filhos e filha adultos), com base
em pedido de investigação sem fundamento na realidade, antes sim em notícias
das empresas de mídia sabidamente partidárias, que incentivam diuturnamente o
ódio político, disfarçado de “combate à corrupção”. Expõem sua família, antes
de tudo, ao tribunal midiático, à violência moral. Tudo isso, mais uma vez,
para atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff,
mas também para tentar desmoralizar um militante da transformação social, para
que sirva de exemplo aos demais. Assim querem nos dizer: “não se insurjam
contra a injustiça e a desigualdade, pois pagarão caro”. Não baixamos a cabeça
para a tentativa de manchar a dignidade de Gilberto e sua família e
respondemos: não passarão!
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Alfio Bogdan - Físico e Professor
#EuApoioGilberto
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