domingo, 1 de novembro de 2015

Carta Aberta ao companheiro Gilberto Carvalho

Companheiro Gilberto, 

“Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer”
(Chico Buarque, 1977)
A luta pela transformação social por meio da construção da democracia – com a ampliação de direitos a todas e todos os cidadãos, a construção de instituições republicanas, a liberdade de expressão, conforme a Constituição Cidadã de 1988 –, sempre teve em Gilberto Carvalho um de seus maiores militantes. Temos orgulho, portanto, de sermos companheiras e companheiros de Gilberto nesta luta.
Em 12 anos, tanto na chefia de gabinete do presidente Lula, quanto no ministério da presidenta Dilma, manteve-se referência dos movimentos sociais, procurando intermediar as pautas construídas nos espaços públicos e na discussão com toda a sociedade, fortalecendo os instrumentos para o debate democrático nacional. Tem trajetória irretocável, desde a década de 1970, nas Comunidades Eclesiais de Base, enquanto militante em defesa dos direitos humanos, olhando especialmente os/as desvalidos/as, historicamente discriminados/as, racializados/as e excluídos/as. Pobres, sem-terra, negras/os, mulheres, LGBTs, indígenas que apesar dos muitos avanços desde a Constituição de 1988 ainda sofrem com o desrespeito aos seus direitos fundamentais – cotidianamente afrontados pelo dispositivo midiático empresarial, pela direita oposicionista (no parlamento e na sociedade civil) e parte do sistema de justiça. Gilberto Carvalho sempre se colocou como um aliado destes segmentos marginalizados e de suas organizações.
Constitui-se em ameaça ao Estado Democrático e de Direito, neste sentido, que este conhecido militante da democracia sofra da violência política, promovida ou com a anuência de agentes públicos (setores do Ministério Público, Polícia Federal e Judiciário). Tais setores procuram atingi-lo até a partir da intimidação de sua família (diretamente seus filhos e filha adultos), com base em pedido de investigação sem fundamento na realidade, antes sim em notícias das empresas de mídia sabidamente partidárias, que incentivam diuturnamente o ódio político, disfarçado de “combate à corrupção”. Expõem sua família, antes de tudo, ao tribunal midiático, à violência moral. Tudo isso, mais uma vez, para atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff, mas também para tentar desmoralizar um militante da transformação social, para que sirva de exemplo aos demais. Assim querem nos dizer: “não se insurjam contra a injustiça e a desigualdade, pois pagarão caro”. Não baixamos a cabeça para a tentativa de manchar a dignidade de Gilberto e sua família e respondemos: não passarão!

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Alfio Bogdan - Físico e Professor 

#EuApoioGilberto

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