Bastidores
do STF, "um ninho de vaidades" E O NOSSO PCS IV, CADÊ PELUSO?
Sob o título
"Data Venia, o Supremo", a revista "Piauí" do mês de agosto
pública a primeira parte de reportagem do jornalista Luiz Maklouf Carvalho revelando
bastidores e curiosidades do Supremo Tribunal Federal. "Picuinhas se
imiscuem em decisões importantes, assessores fazem o serviço de magistrados,
ministros são condenados em instâncias inferiores, um juiz furta o sapato do
outro --como funciona e o que acontece no STF", anuncia a publicação.
Eis alguns casos relatados na reportagem:
— As idas e vindas no
controvertido julgamento de ação contra os deputados federais Alceni Guerra e Fernando Giacobo, denunciados por fraude em licitação: — houve mudança de voto e a Corte, que esperou o voto de
Eros Grau, absolveu ambos quando já estavam beneficiados pela prescrição.
- A redução do poder do presidente para indicar o segundo
escalão, depois que Março Aurélio decidiu demitir todos os aposentados lotados
nos gabinetes dos ministros, e a resistência dos pares para afastar um médico,
considerado "imexível", pois era o "homem que examinava a próstata dos ministros".
A polêmica sobre a
superxposição do tribunal com a transmissão das sessões pela TV Justiça, que,
segundo um professor da FGV, não torna a Corte mais
transparente e "cria um palanque para que ministros se tornem celebridades,
em prejuízo do debate franco entre eles". — As câmeras não registraram quando Eros Grau puxou com a bengala e escondeu
um dos sapatos do então presidente Gilmar Mendes.
- A atividade dos chamados "capinhas",
auxiliares da Corte que ocupam cargo de confiança, assim chamados porque durante
as sessões usam uma capa curta; entre outras funções, cuidam e colocam as togas
nos ministros e "servem para tudo", incluindo "puxar a poltrona
quando as excelências vão levantar ou sentar".
- A troca da chefia da
segurança da Corte pelo novo presidente, ministro Cezar Peluso, que mandou restringir
a circulação em algumas áreas, depois que "um maluco subiu na tribuna dos
advogados para ameaçar os ministros".
— - A revelação
de que o ex-ministro Antonio Palocci pagou honorários de R$ 500 mil, em cinco
vezes, ao advogado José Roberto Batochio, tendo sido absolvido da acusação de
quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
—
- O fato de que os ministros
Março Aurélio e Celso de Mello, contrários à requisição de juízes auxiliares,
nunca indicaram os seus; e que a ministra Ellen Gracie reivindicou essa
"sobra", pois "queria ficar com três só para ela", pretensão
recusada em sessão administrativa.
O registro de que trabalham
no STF 1.135 servidores concursados, 1.250 terceirizados e 176 estagiários; de
que a frota da Corte tem 70 veículos, que gastam R$ 35 mil de combustível e
rodam cerca de 13 mil quilômetros por mês, sendo 19 Ômegas de luxo para os onze
ministros, dois veículos sempre à disposição do presidente; e de que todos os
juízes dispõem de segurança, inclusive na residência, por 24 horas.
- A constatação de que o
ministro Dias Toffoli recorre de sentença [condenado no Amapá a devolver R$ 420
mil aos cofres públicos por suposto contrato ilegal entre seu escritório e o
governo daquele estado] e que o ministro aposentado Eros Grau esteve cinco anos
"sub judice" como ministro do Supremo, até a reforma de sentença que
considerava ilegal parte dos contratos de seu escritório de advocacia com o
Metrô paulista.
- A afirmação do ministro
aposentado Eros Grau (chamado de "Eurograu" por alguns colegas, pela
frequência com que vai à França, onde é professor visitante de direito de
universidades), que define o Supremo como "um ninho de vaidades e de pouca
lealdade".
Fonte: Blog/Frederico
Vasconcelos
importante
a leitura disto
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