A eleição em dois
turnos foi pensada para a construção de maiorias nos colégios em condições especiais.
Porém, temos aqui a crônica da morte anunciada. Nossa democracia está ferida de
morte. Luiz Marinho, em comparação do ocorrido em São Bernardo com 612 mil
eleitores e em Curitiba com 1.289.204 eleitores nos traz a advertência.
O prefeito paulista foi
eleito em segundo turno com 213.661 votos. O que arredondado, representa em
torno de 34% dos eleitores ou 26% da população total (estimada em 817 mil). Constata-se
ser inferior aos 255 mil que não foram votar ou não votaram em nenhum dos
candidatos no segundo turno (213 < 255) em milhares.
No caso de Curitiba, o
Prefeito venceu com 461.736 votos, o que representa 35% dos 1.289.204 eleitores
de Curitiba. Quase o mesmo número daqueles que não escolheram nenhum dos dois
candidatos no segundo turno.
Temos hoje, em Rio
Preto, qualquer coisa ao redor de 318 mil eleitores inscritos, aptos a votarem.
O prefeito foi eleito em primeiro turno com exatos 113 mil votos. Isso,
arredondando, representa em torno de 36% dos eleitores ou 26% da população
total (estimada em 443 mil).
Cá entre nós, 68% dos
318 mil eleitores compareceram e validaram seus votos. Noutro giro, 32% não
deram seus votos para nenhum candidato. Absurdo, mas segue na mesma raia do
ocorrido em São Bernardo e Curitiba (32%, 35% e 36%).
Esses números
demonstram que nossa democracia representativa dá sinais de morte anunciada. Assim,
onde não se tem democracia representativa nem a democracia participativa – esta
para existir há que se regulamentar o artigo 14 da CF/88 -, impera o
autoritarismo e as aventuras. Perderemos, a curto e médio prazo, a ser mantido
este quadro, a boa política. Perde-se assim, o povo e a democracia já com
sinais de debilidade no mundo todo.
Fonte: Artigo de Luiz Marinho - Prefeito de S. Bernardo do Campo Br 247
Alfio Bogdan - Físico e Professor - analista de acidentes de trânsito
Triste realidade. Aqui tambem tem a mão do PIG! Esses eunucos jamais contribuiram com a conscientização política do povo. Sempre mostraram que política é coisa suja! Talvez possamos responsabilizar tambem a esquerda que não foi unida para ajudar o povo a compreender melhor o que é participação política. . .
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