“Cara Taline, caro Juremir.
Queridos e
queridas ouvintes da Rádio Guaíba.
No
final de março deste ano, visitei o Rio Grande do Sul, estado que durante meu
governo recebeu mais investimentos, teve mais desenvolvimento e gerou mais
empregos do que nunca antes na história desse estado. Poucos dias depois, eu
seria preso sem nenhuma prova de qualquer crime cometido.
Na verdade,
meus adversários fizerem de mim um preso político por dois crimes que cometi. O
primeiro crime foi governar para todos, cuidando com especial carinho dos mais
necessitados, combinando crescimento econômico com justiça social. Meu segundo crime, decorrente do
primeiro, foi ser o favorito do povo brasileiro para vencer a eleição de 7 de
outubro.
Na
ocasião da visita ao estado, eu e minha caravana fomos tratados com muito
carinho pelo povo trabalhador gaúcho. Mas fomos também recebidos a pedradas e
chicotadas por alguns representantes da elite que durante 500 anos se julgou
dona deste país e que não por coincidência tratou o povo brasileiro a
chicotadas.
Importante
lembrar que tal ato de violência foi elogiado por uma senadora
gaúcha, hoje candidata a vice presidente na chapa tucana. Aliás, quando logo
depois o ônibus em que eu viajava foi atingido a tiros no Paraná, o candidato
do PSDB a presidente da República justificou o ato
terrorista dizendo: “O PT colhe o que planta”. Este é o retrato
fiel da elite brasileira.
Quando
estive aí, fiz questão de visitar São Borja, cidade onde nasceram Getúlio
Vargas e João Goulart e onde também está o túmulo do Leonel Brizola, três
gaúchos que, cada a um a seu tempo e a sua maneira, lutaram pelo povo
trabalhador brasileiro, pagando caro por isso.
Getúlio foi
levado ao suicídio. Jango foi deposto pelo golpe civil e militar de 1964 e obrigado a
deixar o Brasil. Brizola sofreu uma perseguição implacável da Globo,
perseguição que só seria superada pela sórdida campanha que essa empresa moveu
e move contra mim, a presidenta Dilma e o Partidos dos Trabalhadores. A Rede Globo
chegou ao cúmulo de censurar a minha campanha a presidente, achando que com
isso ela vai fazer o povo se esquecer de mim. A verdade é que o povo tem
memória e não se esquece de quem mais lutou pelos seus direitos e pela sua
dignidade.
Naquela
última entrevista que dei a vocês, Taline e Juremir, lembrei o que fizemos pelo
Rio Grande do Sul durante os nossos governos, que foi cuidar dos mais pobres,
da educação, da infraestrutura. Foi desenvolver a
indústria, fazer a economia crescer e gerar milhares de
empregos.
Lembrei
que o Porto de Rio Grande chegou a ter 24 mil trabalhadores, antes que o
governo ilegítimo de Temer, com apoio dos tucanos, destruísse a indústria naval
brasileira. Hoje, o Brasil está sendo desmontado e vendido a preço de banana, e
o Rio Grande do Sul não consegue sequer honrar a folha de pagamento dos
servidores.
É
por causa disso que sou candidato a presidente da República, tendo como vice o Fernando Haddad, o melhor prefeito e o melhor ministro
da Educação que este país já teve. É por causa disso que o Miguel Rossetto é candidato ao
governo e o Paulo Paim disputa um novo mandato de senador. É
porque acreditamos que o Brasil e o Rio Grande do Sul merecem ser felizes de
novo. E serão.
“Um grande abraço para todo o povo gaúcho”.
candidato a presidente
do Brasil
Alfio Bogdan - Físico e Professor
inicialmente no site do PT.
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