terça-feira, 11 de outubro de 2011

A ameaça da Terceirização

A terceirização, fantasma na precarização da mão-de-obra uma vez fortemente direcionada à atividade-fim. Citamos como exemplo inicial o caso dos trabalhadores da indústria calçadistas que, na opinião da Abicalçados,  sendo “altamente agregados”, decidiu-se pela “exportaçãodo meio de produção para Nicarágua e República Dominicana na busca da mão-de-obra muito mais barata e têm os USA como vizinhos, fortes consumidores.

Vemos ai uma simbiose entre os interesses das indústrias e do TST – Dalasen afirmou que “É necessária a regulamentação da terceirização mesmo porque há, no tribunal, cerca de 5 mil processos denunciando sumula 331”, artigos 3º e 9º da CLT e a grande queixa da indústria contra a concorrência da importação.

O representante dos trabalhadores no setor elétrico indica que o número de acidentes dos terceirizados, em 2009 foi 13 vezes maior que os do quadro próprio. Que de 1995 a 2010, contra uma inflação de 156%, a evolução da tarifa atingiu 293,6% e o índice de reclamação atingiu 134%.

Outros fatores escandalosos, no setor elétrico,  ficaram por conta de que as empresas terceirizadas pagam salários 67,5% menores que as contratantes, 72,5% delas não oferecem benefícios e 32% não oferecem equipamentos de segurança individual.

Como podemos observar, a terceirização caminha fortemente para uma escravidão oficializada onde o escravo obriga-se a se sustentar e à sua família inclusive com recolhimento do INSS e plano de saúde. Em contra partida, à época da escravidão, do Brasil de outrora, tudo corria por conta do sinhozinho. 

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