terça-feira, 3 de setembro de 2013

Seis razões para acreditar ou não...


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1). Pelo visto, o PSDB prefere ver a pobreza morrer doente a ter médico cubano atendendo nas áreas mais carentes do país. Lembro que tal partido liderou a luta pela extinção da CPMF o que tirou R$ 300 bi da saúde pública. Agora, resolveu inviabilizar a assistência emergencial para ali, onde nossos médicos não querem ir.

2). No Congresso, há um sentimento de baixa representatividade da política em geral (fulano não me representa) o que não pode ser ignorado. Seja feita a reforma política com aplicação já a partir de 2014. Se for para valer a partir de 2016 ou 2018, que seja aguardada a legitimidade em promovê-la, ou seja, o Congresso a ser votado em 2014. Ou fazemos para valer já a partir de 2014 ou calemo-nos. Tempo há!

3). Noutro giro, não vejo a razão para prolongar as audiências públicas, as conferências, os debates... “Tudo isso é bonito, mas já foi feito” (Miro Teixeira). [O problema é que falta decisão política ao Congresso]. Não podemos fingir estar fazendo alguma coisa, quando o real objetivo é não mudar nada.

4). O editorial de 'O Globo' que manifesta o arrependimento da corporação pelo apoio ao golpe militar expressa conveniência de uma nova reconversão da empresa – em crise econômica, de audiência e com credibilidade zero. Não por acaso, ao mesmo tempo, os filhos do fundador foram visitar o Lula, depois de tripudiar contra ele durante mais de 10 anos.

Muitos parlamentares ficaram aterrorizados com a situação de Natan Donadon (Sem partido-RO) porque viram a si próprios em sua pele. Foi mais do que simples corporativismo. Diante das marcas das algemas em seus pulsos, pareciam ouvir vozes aterrorizantes: "eu sou você amanhã".

5). O livro “O Príncipe da Privataria”, de Palmério Dória, lançado na semana passada, tem a qualidade de ser memória. Dez anos passados do final dos governos de Fernando Henrique Cardoso, um processo do chamado Mensalão que tomou oito anos de generosos espaços da mídia tradicional e uma viuvez inconsolável da elite brasileira – alijada do principal poder institucional, o Executivo, por falta de votos populares –, jogaram para debaixo do tapete a memória do que foi o processo de privatização brasileira e a violenta concentração de riqueza nacional que disso resultou

6). Com 26 anos de prática médica, uma especialização, três mestrados e um doutoramento recém-iniciado, Garcia trabalhou no Brasil de 2002 a 2005 e, agora, está de volta. Em Conceição do Araguaia, no sul do Pará, atuou no “Programa de Saúde da Família-(PSF)”. Orgulha-se de ter melhorado a qualidade de vida de muitos idosos. “Tenho muitas saudades dos meus velhinhos de lá”, disse à reportagem de Carta Maior, com lágrimas escorrendo pela face. “Me apaixonei pelo povo brasileiro. E por isso voltei”.▲

alfio bogdan

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