terça-feira, 1 de outubro de 2013

Às crianças o que são delas...

O Brasil como um todo
Olhando os rincões do “Brasil ainda miserável” com os olhos do Sudeste, havemos de concordar em parte com o texto forte, corajoso de Luciano Alvarenga, porém permito-me afirmar que tal acontecimento é decorrente do mundo atualizado, desgraçadamente subjugado pela globalização, com a família (aqui a Globo tem culpa!) subordinada às mazelas do consumismo que exerce forte reflexo em sua desestruturação e este é seguramente o mal do capitalismo implacável na região Sudeste, mesmo porque, na prática, o Estado e a sociedade falham clamorosamente ao garantir que o Estatuto da Criança e do Adolescente ou mesmo a Constituição Federal de 1988 sejam cumpridos. 

Facilitação
Muitas vezes entregamos (não generalizo) nossas crianças e adolescentes à sua própria sorte – sejam filhos de famílias pobres ou ricas. Porque encher o filho de brinquedos e fazer todas as suas vontades para compensar a ausência por conta de uma “roda viva” que, infelizmente, vai “nos devorando”. Vejamos o que se passa no “país sonho do capital”, EUA, hoje no limite de levar o mundo, já à beira, ao abismo econômico, principalmente aos países emergentes. 

Aqui e lá
Concordamos timidamente com a pedofilia generalizada, eis que por aqui, no Sudeste, o texto há que ser implacavelmente distinto daqueles rincões, onde se sabe que a baixa renda familiar, desumanamente estimulada pela industria da miséria, flagram-se crianças em trabalhos entre as atividades mais complicadas de se debelar entre os quais estão o trabalho infantil doméstico, nos lixões, na agricultura familiar, no comércio informal urbano, na produção familiar dentro do próprio domicílio, na exploração sexual comercial de crianças e adolescentes, no narcotráfico. 

Exploração infantil
Denúncias mostram a perda de digitais de crianças trabalhando na industria da castanha de caju. Virgindade de meninas são negociadas no “turismo sexual”. Mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça paraense contra Claci Fátima Morais da Silva, indiciada em inquérito policial sob acusação de recrutar meninas da região Sul do Brasil para exploração sexual nas cidades de Altamira e Vitória do Xingu, sudoeste do Pará, às proximidades das obras de construção da hidrelétrica de Belo Monte. 

Conclusão
Concluindo, entendo que por necessidade individual e incapacidade coletiva de garantir que essa preparação ocorra de forma protegida, muita gente acaba empurrada para abraçar responsabilidades e emularem uma maturidade que elas não têm. Enfim, tornam-se adultos sem ter base e preparadas para isso.

Alfio Bogdan - 
Fontes: (ECA, Sakamoto)

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