quinta-feira, 23 de agosto de 2012

As eleições aproximam-se e ouvimos os candidatos


Luciane Pinheiro:— Bem, vamos lá...desabafo. Ano eleitoral, a mesma Mer$# de sempre: inauguração de obras, beijinhos em criancinhas, idosos, senhoras, mocinhas, enfim em quem der ibope, passeios em feiras livres, favelas, bairros pobres promessas, promessas, promessas...cansei, gente, acorda, sempre é a mesma coisa, a mesma esperança de que tudo vai mudar, que outra pessoa será diferente, odeio política, mas tenho que estar atenta, pois muitas pessoas dependem dela (...), aprendam, político não é um Semi-Deus, posar ao lado dele em fotos não te fará nem mais rico, nem mais pobre, pode sim no futuro ser uma vergonha... precisamos aprender que estas pessoas nada mais são que empregados do povo, precisam de nós para manter-se no emprego, quando em nossos trabalhos temos um empregado que não corresponde, é simples nós o demitimos, temos que parar de tratar estas pessoas como especiais, elas não o são, se fizerem aquilo que está na lei já ta bom demais, afinal quem quer laqueadura de graça, toma anticoncepcional que já é de graça, quanto às dentaduras, se escolhêssemos melhor quem nos representa, talvez não precisássemos de dentaduras... meio cansada de promessa, de sorrisos falsos, de gente que quer se encostar, política não é emprego, deveria ser um ideal, viver do seu suor, do seu sustento, e não do status da função... Sofro em acreditar que milhares de pessoas podem ser manipuladas por alguns.... gente! Nós não sabemos a força que temos quando unidos.... não para algazarras e manifestações bizarras, temos inteligência suficiente, para sabermos como podemos virar o jogo...  fica exposto o seguinte para se pensar: cinco milhões de judeus foram exterminados, milhares seguiam para a câmara de gás sob a mira de poucos soldados, apesar de minados pela fome, frio e tortura... eles eram a maioria, sei que é fácil falar e opinar do que não se viveu, eu não vivi, não vi, somente assisti documentários de gravações,  mas eu digo alguns morreriam, mas a maioria, iria dominar o campo, assim estamos nós, aceitando que uns poucos nos dominem, nos levem a crer que tudo está uma maravilha, que tudo é assim mesmo, acreditem não é, cabe a nós fazermos a diferença...

Alfio Bogdan:-- Luciane Pinheiro, boa tarde.
Sua narrativa é de uma veracidade inconteste, resgatando coisas que trazemos em nossas memórias, pelo menos àqueles que sempre se propuseram pela verdade e pela consciência nas coisas do Município, do Estado e da União. Em 64 veio o golpe que tinha como propósito silenciar as consciências e seguir a orientação vinda de Washington.
Tanto o foi que a educação, primordialmente, de orientação européia submeteu-se ao ensaio Mec-Usaid. O efeito sobre o ensino no brasileiro foi um desastre, uma lástima. Nosso povo desaprendeu a aprender e a individualização tomou conta da sociedade dificultando a agregação o conjunto a união, a unidade cada dia mais difícil. Quando vc clama pela união dos seres  (o fez muito bem sobre a maioria submeter-se aos poucos soldados dominantes) é coisa que clamávamos quando da necessidade de união entres as pessoas. Individualidade levou o cidadão a submeter-se à corrupção ativa e passiva. Fabio Konder Comparato numa proposta lúcida levou ao Congresso via OAB o que veio a ser PL 4.718 cuja aprovação traria resultados benéficos uma vez que viveríamos, se aprovado, a democracia participativa que é uma das alternativas em poder virar o jogo. Enviar-lhe-ei cópia pelo e-mail que me emprestou. Luciana, com pesar digo que ainda não será esta vez que haveremos de virar o jogo, infelizmente. Leia o texto do PL 4.718 e depois nos falaremos. Bom, muito bom conhecê-la.

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