Nas terras de Cambahyba a Usina dos Terrores
Claudio Guerra em seu livro “Memória de uma Guerra Suja” documenta uma
das mais terríveis experiências nazista praticada pela ditadura militar nas
décadas de 60, 70 e 80 nos dez fornos, com pesadas portas de ferro que resistem
ao tempo como que a guardarem atos tão macabros, ora rememorados pelo MST.
Cada forno, com não mais de 5 metros quadrados, nos quais, possivelmente,
jazem com seus segredos, os corpos de Ana Rosa Kucinski, David Capistrano,
Eduardo Coleia Filho, Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira, João Batista Rita,
João Massena Melo, Joaquim Pires Cerveira, José Roman, Luiz Ignácio Maranhão
Filho e Wilson Silva incinerados que foram sob providências de Heli Ribeiro 'proprietário' das terras de Cambahyba.
Amado Sergio, nasceu na
cercania de Cambahyba de onde, inicialmente, saiu para servir o exército. À
época vivia-se uma ditadura militar, mas nada lhe cabia à consciência—hoje se
fez professor de história. No batalhão que serviu, ouviu gritos de soldados torturados
por delitos praticados. “Se soldados eram torturados, imaginava o que haveria
de ser daqueles que lutavam contra a ditadura”?
O
MST, além da homenagem, invadiu as terras de ‘propriedade’ de Heli Ribeiro, sob
processo de execução de grande dívida tributável, penhoras e até pela prática
de trabalhado em condições de quase escravidão e, assim, acelerar o
processo da posse pela Lei da reforma agrária.
Fonte: Carta Maior
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