►Presidente
rejeitou que esteja fazendo campanha para a reeleição quando defende as ações e
os números do governo: "A troco de que eu vou fazer campanha? Tenho que
governar", afirmou à imprensa gaúcha; em discurso nesta sexta-feira
durante a inauguração de um campus universitário em Osório, Rio Grande do
Sul, Dilma Rousseff voltou a comemorar a criação de empregos em seu
governo, e comparou os números com os de FHC; ela também ressaltou que a
inflação está sob controle
Ela voltou a defender que
a taxa de desemprego no país continua baixa, apesar de estar há seis meses sem
ceder, que a inflação está sob controle e que o Brasil não é alvo da
desconfiança de investidores internacionais.
"É
escandaloso que alguém diga que o desemprego cresceu... O fato é que o Brasil
nunca teve uma taxa tão baixa de desemprego", disse a
presidente, comparando a
geração de 826 mil
novas vagas formais de emprego no primeiro semestre desse ano ao volume de empregos criados
durante o primeiro governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1998.
"Esse é o ponto, é outra situação macroeconômica
(comparada à época de FHC), somos capazes para criar 826 mil empregos (no
semestre). Em quatro anos 4,4 milhões (de novas vagas)",
argumentou.
A taxa de desemprego do
Brasil surpreendeu em junho ao subir para 6,0 por cento, marcando o sexto mês
seguido que não cede e o patamar mais alto desde abril de 2012, ao mesmo tempo
em que o rendimento da população caiu pela quarta vez seguida.
Questionada se estava com
o discurso afiado para buscar a reeleição, Dilma rejeitou que esse fosse o
objetivo da comparação.
"Não estou pronta para discurso de campanha, estou pronta
para defender o meu governo."
►"Eu
não faço campanha, porque todo o resto tem que fazer campanha porque quer o meu
lugar. Eu estou sentada neste lugar e estou exercendo o governo. A troco de que
eu vou fazer campanha? Tenho que governar", prosseguiu Dilma.
Dilma também repudiou as críticas que apontam àdesconfiança
dos investidores no Brasil e lançam dúvidas sobre o interesse nos programas de
concessão em infraestrutura, uma das apostas do governo para manter o nível de
geração de empregos e dar impulso ao crescimento econômico.
A presidente questionou
como é possível esse cenário de desconfiança diante do volume de Investimento
Externo Direto (IED) que tem ingressado no país nos últimos meses.
"Explica-me...como
permite que tenhamos 30 bilhões de dólares de investimento externo direto no Brasil
em seis meses?", questionou.
"Se repetir o primeiro semestre, vai ser 60 bilhões de
dólares. É um número excelente considerando a situação internacional",
argumentou.
O governo pretende
conceder vários trechos ferroviários e rodoviários nos próximos meses depois de
ter lançado um ambicioso programa de logística, que sofreu meses de atraso
porque o governo se recusava a aumentar as taxas de retorno dos projetos a
pedido dos investidores.
Também estão previstas
licitações de portos e aeroportos e o leilão do primeiro campo de petróleo na
camada pré-sal pelo regime de partilha.
INFLAÇÃO
Dilma também voltou a
dizer que a inflação no país está sob controle e que existe uma situação de
queda generalizada de preços.
"A inflação no Brasil está sob controle,
nós tivemos um período de dificuldades e conseguimos superá-lo. Foi feito um
esforço e essa superação ocorreu", afirmou a presidente, sem fazer
projeções para a inflação, apenas defendendo que ela ficará dentro da meta do
governo, de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para
mais ou menos.
"Eu tenho absoluta certeza que ela estará dentro da meta",
disse.
Em julho, o IPCA
registrou leve alta de 0,03 por cento, acumulando em 12 meses 6,27 por cento.
(Reportagem de Jeferson
Ribeiro)
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