domingo, 18 de agosto de 2013

Preocupa-me a interpretação dada às manifestações!

Muitas são as versões. Preocupam-me a "visão" de Genro e a "interpretação" de Chaui. 

Há que se considerar equivocada a interpretação, por parte de setores da esquerda, a respeito das consequências políticas de todo o processo de manifestações até aqui – lógico que de maioria da classe média. “O que está ocorrendo agora é um debate sobre a correlação de forças no plano da política, para a aplicação dos princípios que inspiraram a Constituição de 88”. E quem está ganhando é o “centrão”, pensa Tarso Genro (PT-RS).

“Partido Novo”, à direita do PSDB, é presidido pelo banqueiro João Amoedo – Grupo Itau -, com sede de privatizações — da Petrobras, do BB e da Caixa, dos Correios — de sobra é contra as cotas raciais e o programa social “Bolsa Família”. Declaradamente da direita, está encantando Rodrigo Constantino, o "menino maluquinho" de Veja; Amoedo tem como princípio diminuir o tamanho do “Estado brasileiro”, este que acaba de multar o Itaú em R$ 18,7 bilhões; O “Novo” já tem 360 mil fãs nas redes sociais, bem mais do que o “Rede, de Marina” ameaçado de atropelamento.

O ministro do STF, Luiz Roberto Barroso, diz que urge uma “reforma política”, uma vez que mantida como está, nada mudará - reinventa a roda. A sociedade brasileira à exaustão condena a forma como se faz política no país. Há que se atentar ao fato de que a ser mantido o “financiamento privado” de campanha, a corrupção manter-se-á intrínseca. Uma campanha comedida para a Câmara, custa em média R$ 400 mi para um salário de R$ 1 mi pelo mandato, logo vemos ai a fragilidade do interesse público e coletivo.

Ou os setores da esquerda, despojando-se das picuinhas, unem-se ao redor dos interesses da classe média e as camadas mais carentes, ou a direita levará esta e, uma vez retomado o poder, ‘destruirá’ tudo o que foi realizado e haveremos de assistir a uma privatização selvagem jamais vista e registrada. 
alfio bogdan

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