domingo, 28 de julho de 2013

O que se vai ver na mídia?

A jornal, Dilma  defende Mantega no cargo e nega redução de ministérios

Presidente afirmou que corte de ministérios não reduz custos.
Dilma também disse que Lula 'não vai voltar' em 2014 porque 'ele não foi'.
Do G1, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff afirmou, em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo” publicada na edição deste domingo (28), que não haverá redução no número de ministérios. Ela defendeu ainda a presença de Guido Mantega no Ministério da Fazenda. O governo Dilma tem 39 ministérios.
Ao ser questionada sobre o fato de o PMDB, partido da base aliada, ter engrossado o coro da oposição ao defender publicamente o enxugamento de ministérios, a presidente afirmou não cogitar essa possibilidade porque “vão querer” cortar pastas responsáveis pelas minorias.
Não estou cogitando isso. Não acho que reduza custos. As medidas de redução de custeio, nós tomamos. Todas. E sabe o que acontece? Vão querer cortar os de [Direitos Humanos], [Igualdade Racial], [Política para as Mulheres]. São pastas sem a máquina de outros. Mas são fundamentais. Política de cotas, por exemplo: só fizemos porque tem gente que fica ali, ó, exigindo”, disse a presidente ao jornal.

Dilma ainda afirmou que sabe falar o nome de seus 39 ministros porque mantém contato com eles “o tempo inteirinho”.
“De todos. E todos eles ficam atrás de mim [risos]. Eu acho fantástico vocês [jornalistas] acharem que, nesse mundo de mídias, o despacho seja apenas presencial. Os ministros passam o tempo inteirinho me mandando e-mail, telefonando, conversando”, afirmou.
(►>Ao ser questionada se o ministro da Fazenda, Guido Mantega, permanece no cargo, Dilma afirmou que ele "está onde sempre esteve". èMantega está sendo alvo de críticas por conta da condução da política econômica do governo. No último dia (26/7), durante audiência pública na  Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, o ministro afirmou a deputados que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) "caminha para algo como 3%" neste ano. A previsão do mercado financeiro, porém, é de uma expansão de 2,4% para a economia brasileira em 2013.<

Lula
Após um questionamento sobre sua queda em pesquisas, como a divulgada na última quinta-feira pela CNI que mostrou a avaliação positiva do governo cair de 54,2% para 31,3%, a presidente afirmou "que tudo que sobe desce, e tudo o que desce sobe" e disse que a repercussão negativa não fez ressurgir o movimento "Volta, Lula" em 2014.
èPara Dilma, Lula não vai voltar porque "ele não foi”.  "Eu e o Lula somos indissociáveis. Então esse tipo de coisa, entre nós, não gruda, não cola. Agora, falar volta Lula e tal... Eu acho que o Lula não vai voltar porque ele não foi. Ele não saiu. Ele disse outro dia: 'Vou morrer fazendo política. Podem fazer o que quiser. Vou estar velhinho e fazendo política'", disse Dilma ao jornal.
A presidente não quis responder se Lula voltaria à presidência e nem discutir a sucessão em 2014. Dilma voltou a dizer que o fato de usarem Lula para criticá-la não a incomoda.
"Querida [para a colunista], não me incomoda nem um pouquinho. Eu tenho uma relação com o Lula que tá por cima de todas essas pessoas. Não passa por elas, entendeu? Eu tô misturada com o governo dele total. Nós ficamos juntos todos os santos dias, do dia 21 de junho de 2005 [quando ela assumiu a Casa Civil] até ele sair do governo.◄— Temos uma relação de compreensão imediata sobre uma porção de coisas", afirmou.

Protestos
Sobre as manifestações que começaram em junho deste ano, Dilma disse não ter ficado assustada e afirmou que “democracia gera mais democracia”.
No discurso que fiz na comemoração dos dez anos do PT, em SP [em maio], eu já dizia que ninguém, ninguém, quando conquista direitos, quer voltar para trás. Democracia gera desejo de mais democracia. Inclusão social exige mais inclusão. Quando a gente, nesses dez anos [de governo do PT], cria condições para milhões de brasileiros ascenderem, eles vão exigir mais. Tivemos uma inclusão quantitativa. Esta aceleração não se deu na qualidade dos serviços públicos. Agora temos de responder também aceleradamente a essas questões.
No entanto, mesmo se não fosse presidente, Dilma disse ao jornal que não teria ido a passeatas.
Com 65 anos, eu não iria [risos]. Fui a muita passeata, até os 30, 40 anos. èDepois disso, você olha o mundo de outro jeito. Sabe que manifestações são muito importantes, mas cada um dá a sua contribuição onde é mais capaz.
Brasil247

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