“Aos olhos das classes
dominantes, antigas e modernas, o povo nada mais é que reles manifestação
social. Seu destino e suas aspirações não lhes interessam, porque o povo, a
gente comum, os trabalhadores, são tidos como
uma mera força de trabalho - um carvão humano - a ser desgastada na
produção. É preciso ter coragem de ver este fato porque só a partir dele,
podemos romper nossa condenação ao atraso e à pobreza, decorrentes de um
subdesenvolvimento de caráter autoperpetuante”. (Antropólogo Darcy
Ribeiro!).
Por ocasião do 10º aniversário do
Bolsa-Família há uma desenfreada busca de lugares sob as luzes dos holofotes.
No ensejo dizer-se defensor do instrumento social ancorado em 2003 pelo então
Presidente Lula, apesar de a oposição destratar o instrumento pois, em sua
opinião criará indolentes, vagabundos e outros adjetivos desairosos aos
usuários deste beneficio. Querer analisar de modo pejorativo o governo popular
(Lula ->Lula -> Dilma) é o mesmo que ouvir o narrador de um jogo jogado
com transmissão ao vivo pela TV. Por que o narrador não se cala? Ele não está
no estádio, fica em salas confortáveis diante de uma gigantesca telona. É como
se estivesse ao vivo nos estádios.
Estamos vendo assim como ele, não
precisamos de narração do que está acontecendo sob nossos olhares. A realidade
brasileira é outra, é “maneira”, é significativa. Basta olharmos, p.e., os
podadores de árvores com seu material atualizado e movido a gasolina e o resto
da poda sendo acomodada na carroceria de suas caminhonetes ou nos engates atrelados
em seus veículos. Quando víamos isto? Vemos agora! E isto deve ser motivo de regozijo.
Alfio Bogdan.
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